sábado, 29 de dezembro de 2012

Ora toma!

 
Festa dos enfarinhados em Ibi, Alicante, Espanha.
Há mais de 200 anos que anualmente a 28 de dezembro se celebra nesta cidade espanhola o Dia dos Santos Inocentes.
Esta tradição simboliza, para uns, a guerra pela tomada do poder da cidade de Ibi.
Celebra-se atirando ovos e farinha uns aos outros e arrecadam dinheiro para instituições sociais.

 
Photo: European Pressphoto Agency
 

sábado, 22 de dezembro de 2012

Sombras

 
Uma forma diferente de ver sombras.
Na passada quinta-feira Kyung-Hoon fotografou transeuntes que passavam junto à sede do Banco do Japão em Tóquio.

 
Photo: Kim Kyung-Hoon / Reuters

 

sábado, 15 de dezembro de 2012

O sagrado e o profano

 
O Natal é uma data sagrada que se institucionalizou celebrar a 25 de dezembro. Celebra (para os mais distraídos) o nascimento de Jesus.
Há várias formas de comemorar este acontecimento tão importante na vida dos cristãos, entre elas, a oração, o arrependimento, a caridade. Para se ser um bom cristão, um verdadeiro cristão, não podemos praticar estes atos apenas por ocasião do Natal, mas SEMPRE! Todos os dias.
Uma forma de celebrar o Natal é, também, a construção do Presépio. Modesto ou mais artístico fica sempre bem no lar de um cristão. Mas substitui-lo pela árvore de natal é que não! A árvore de natal, tal como o pai natal são símbolos tipicamente profanos. Não são símbolos anticristo, mas não substituem nunca o Presépio.
É sobre esta temática, Presépio versus árvore de natal, que transcrevemos a nota do senhor diácono José Rosa Costa publicada no último número do boletim paroquial de Quintos «O Sino»:
 
Presépio

O Presépio é em cada Natal o símbolo da gruta onde nasceu o Menino Jesus, constituído pelas três figuras principais, Jesus, Maria e José.
Contudo, tem-se vindo a verificar que nalguns lares cristãos o Presépio é substituído pela figura do pai natal e a árvore de natal. Afinal como pode ser celebrada uma festa de anos sem que esteja presente a figura do aniversariante?!
Na casa do cristão pode haver árvore e pai natal, mas que acima de tudo e em lugar destacado, esteja o Presépio, sem o qual o Natal não está simbolizado.
Deixamos a sugestão aos lares cristãos da aldeia: «faça o Presépio em sua casa, lembre-se que se Jesus não tivesse nascido não havia Natal. Ele, e só Ele, é o grande motivo do nosso Natal».

Diácono José Rosa Costa, in «O Sino» dezembro 2012

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

O Espírito do Natal

 
O Natal aproxima-se. Apesar da crise económica que atravessamos continuamos a apostar mais nos bens materiais que nos espirituais. Está-se a gastar menos, é evidente, não por sermos mais responsáveis, mas apenas porque o dinheiro está a escassear... Para a maioria.
Natal não é sinónimo de despesismo, de correria às lojas para comprar aquelas prendinhas para dar a familiares, a amigos e conhecidos. Transformámos o Natal numa feira de vaidades e esquecemos que nesse dia se celebra o nascimento de Jesus Cristo.
O boletim paroquial de Quintos O Sino publica na página 3 da sua edição deste mês, um artigo de autoria do senhor diácono José Rosa Costa sobre esta matéria, que, com a devida vénia, transcrevemos:
 
O Espírito do Natal

O verdadeiro significado do Natal tem de estar bem presente na nossa lembrança. Sem a ternura desta recordação, toda a comemoração perde o seu valor para tornar-se uma mera celebração material. A troca de presentes, a alegria das visitas e das ceias de Natal são positivas na medida em que refletem a alegria espiritual desta lembrança da vida e obra de Jesus. Porém, é necessário muito cuidado para que a comemoração não oculte o objetivo principal desta data, para que o júbilo e a alegria tenham raízes no espírito e não na matéria.
É preciso lembrar que o Natal comemora o nascimento de uma Revelação de Deus à humanidade, na pessoa de Jesus. A celebração deve ser por causa desta dádiva, pelos ensinamentos que chegaram aos homens e que podem encher a vida de significado e o mundo de paz.
Se o Natal for motivo de uma real introspeção e verdadeiro espírito de fé, então o seu significado irá iluminar o mundo. Mas se as palavras de paz e fraternidade, de amor e equidade não forem postas em prática, na vida de cada um de nós e na sociedade, então estará diluído o espírito do Natal e será motivo de não o vivermos segundo a vontade de Deus.
Então, que o amor de Deus seja a celebração do Natal. Que o renascer da fé seja o seu fruto. É neste contexto que tem de ser vivido, particularmente pelos cristãos e, de um modo especial, nos seus lares.
 
Feliz e Santo Natal, e abençoado Ano Novo, são os votos sinceros do pároco e do diácono para todos os paroquianos.
 
Diácono José Rosa Costa, O Sino de dezembro de 2012
 

domingo, 9 de dezembro de 2012

Exterminar! É a ordem

 
Exterminar é a palavra de ordem de Israel. Há que exterminá-los (os palestinianos) e vão conseguindo, suavemente.
Na fotografia vê-se um homem palestiniano a recuperar livros dos escombros de uma mesquita na passada terça-feira. A mesquita, situada em Yatta, perto de Hebron, Cisjordânia (em território da Palestina) foi destruída por tratores do exército israelita. Segundo os media de Israel o motivo para a destruição é que a mesquita tinha sido construída sem licença (de Israel).
Mais palavras para quê...
 
Photo: Abed al Hashlamoun / European Pressphoto Agency
 

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Flamejantes

 
Zachary Key e seu pai, Jimmy Key, aguardavam no passado domingo pelo jogo de futebol entre a sua equipa, Tennessee Titans, e os Houston Texans, em Nashville. Os texanos venceram por 24-10.
 
Photo: Harrison McClary / Reuters
 

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Crise, a quanto obrigas

 
É só miséria. Tadinhos!
Terça-feira, Castelo de Windsor, Inglaterra. A rainha Elisabeth II discursa durante um banquete em honra de Sheikh Sabah Al-Ahmad Al-Jaber Al-Sabah do Kuwait.
 

Photo: Getty Images

 

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Azeitonas demasiado amargas

Azulejo: Oficina Cerâmica
 
Noticiava ontem o jornal Público que o deputado do PCP eleito por Beja «questiona Governo sobre alegadas situações de “exploração laboral” de imigrantes em Beja».
Segundo o deputado João Ramos, adianta o Público, foram descritas ao Grupo Parlamentar do PCP «várias situações de imigrantes literalmente amontoados nos locais de residência», havendo grupos de «dezenas de pessoas a partilhar instalações sem as mínimas condições de segurança, privacidade e conforto».
Esta situação é do conhecimento de todos. É recorrente.
Há anos que a zona de Beja é "invadida" por imigrantes sazonais no tempo da apanha da azeitona. Já no ano passado se registou um aumento significativo dessa vinda de imigrantes. Este ano, ao que consta, foi um boom!
Em Quintos são mais de uma dezena os que vivem há mais de um mês numa única habitação na Rua da Sociedade. Homens, mulheres e crianças. Há cerca de duas ou três semanas um grupo de novos imigrantes "ocupou" o Monte do Outeiro, próximo da antiga estação do caminho-de-ferro, onde vivem (?) num casão antigamente destinado a armazenar palha. Desde ontem novo grupo - cerca de 15 pessoas - alugou um armazém no Monte dos Pisões onde dormem sabe-se lá em que condições.
Esta situação não é secreta. É do conhecimento de toda a gente, autoridades incluídas.
Em Salvada e Baleizão a situação não é melhor, pelo contrário. Nestas duas últimas aldeias existe posto da GNR. Será que a GNR está ao corrente desta situação? Talvez ande distraída.
É indiscutível que anda gente a ganhar com esta situação e aqueles que menos ganham são, obviamente, os que andam a apanhar azeitona. Para estes - a maioria - a azeitona é demasiado amarga.
 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Tsunami, simulacro

 
Cerca das 09H30 do dia 1 de novembro de 1755, Lisboa, assim como toda a zona costeira de Portugal, foi sacudida por um forte sismo (há geólogos que afirmam que poderá ter atingido a magnitude 9 na escala de Ritcher) seguido de maremoto - tsunami - com ondas que atingiram os 20 metros de altura. A juntar a tudo isto seguiram-se múltiplos incêndios um pouco por toda a cidade de Lisboa. Lisboa ficou irreconhecível e milhares de pessoas perderam a vida.
Amanhã e depois - 26 e 27 de novembro - irá ser realizado um exercício de tsunami à escala do Atlântico Nordeste e do Mediterrâneo (NEAMWAVE12).
Esta informação difundida pelo Instituto de Meteorologia de Portugal no seu site e que, com a devida vénia, transcrevemos:
Tsunami no Japão em março de 2011.
Photo: Euronews
«Este exercício, que envolve a participação de 19 países e se insere nas atividades do Sistema de Alerta de Tsunami para o Atlântico Nordeste, Mediterrâneo e Mares Conexos (NEAMTWS), em fase de implementação sob coordenação da Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO, tem por objetivos fundamentais testar as comunicações entre os candidatos a centro regional de alerta (NOA/Grécia, KOERI/Turquia, CENALT/França e IPMA/Portugal) e as entidades reponsáveis pela gestão das emergências em cada país, e a capacidade destas últimas em lidar com a ameaça de tsunami.
Vão ser utilizados quatro cenários de tsunami, um dos quais para o Atlântico Nordeste, o qual será gerido pelo IPMA na qualidade de candidato a centro regional de alerta para esta área do globo. Este cenário procura reproduzir o tsunami desencadeado pelo grande terramoto de 1755, com origem a SW do Cabo de S. Vicente e com uma magnitude estimada em 8.7 (magnitude momento sísmico).»
 

domingo, 25 de novembro de 2012

A subsidiodependência

 
Terminou hoje a Semana Social da Diocese do Porto.
O professor catedrático da UCP, Joaquim Azevedo, foi o seu coordenador.
Em entrevista à Agência Ecclesia Joaquim Azevedo disse que a Doutrina Social da Igreja é uma «lâmpada e fonte inspiradora muito importante, sobretudo neste contexto de crise».
Segundo Joaquim Azevedo as manifestações populares realizadas nos últimos tempos são um «sinal da insatisfação e, essa vontade de vir para a rua, é também um sinal da disponibilidade para participar».
A sociedade portuguesa tem «de evoluir mais» e a ação da administração pública «devia provocar não o clientelismo – é o que ela sabe fazer muito bem e cada vez melhor -, mas a autonomia e a responsabilidade das pessoas e das instituições que o Estado apoia».
Em Portugal «alimentou-se, até hoje, um clientelismo baseado na subsidiodependência» e acrescenta: «Quem alimentou a subsidiodependência foi o Estado para perpetuar a sua lógica clientelar».
 

sábado, 24 de novembro de 2012

Trabalho sujo


Polícia francês antimotim limpa a viseira suja de cal nos confrontos com manifestantes que se opõem à construção do novo aeroporto em Notre-Dame-des-Landes, ontem.
O jornalista titulou esta imagem como "Terra limpa, uniforme sujo".
   

Photo: Stephane Mahe / Reuters


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Não se vende

 
Wenling, província de Zhejiang, China.
O proprietário desta casa, pessoa já idosa, recusou a indemnização proposta pela sua demolição, segundo a imprensa local.
Com a sua recusa, ficou esta situação caricata.
Ontem, 22 de novembro, data da fotografia, a casa ainda por lá se encontrava. De pé.

 

Photo: Associated Press

  

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O lado negro da luta

 
Luta-se com toda a justiça contra os invasores.
Luta-se com honra e dignidade em defesa da Pátria, mesmo com o sacrifício da própria vida.
Mas, numa luta onde proliferam os dignos e honrados, há sempre ovelhas ranhosas.
São essas ovelhas ranhosas que mancham uma luta digna e honesta, mas não a vencem. Só a verdade vencerá!
E a verdade, contra a vontade de muitos, não está do lado israelita. Mesmo com a ajuda destes criminosos da foto.

 
Cidade de Gaza, 20 de novembro.
Um grupo de criminosos arrasta o corpo de um homem a quem acusaram de colaborar com Israel.
Photo: Suhaib Salem / Reuters
 

sábado, 17 de novembro de 2012

A loucura

 
Só podem estar loucos, os israelitas.
Ocupam terras que não são nem nunca foram suas.
Ultrapassam as suas fronteiras e vão construir casas em território do vizinho.
Não têm respeito nem consideração por ninguém, a não ser por eles próprios.
Violam os princípios mais básicos do relacionamento que deve haver entre países e depois querem que o Estado da Palestina se ajoelhe perante Israel.
É de mais.
Na foto, Tarifas Sadallah, de 11 anos, chorando junto à sua casa danificada por ataque aéreo israelita em Beit Lahia no norte da Faixa de Gaza, ontem.

 
Photo: Mohamed Abed / Agence France-Presse / Getty Images

 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Todos juntos

  
Uns anonimamente, outros dando a cara, foram unânimes a dizer basta!
Basta de saque!
Basta de assaltar sempre os mesmos!
Foi isto que alguns disseram à senhora Angela Merkle ontem.
Será isto que muitos dirão amanhã na greve geral. Não tantos quantos gostariam de gritar bem alto BASTA!
O medo grita mais alto.
E vivemos em democracia, dizem...
 
Centro Cultural de Belém em Lisboa, ontem.
Photo: André Kosters / European Pressphoto Agency
 

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Pescando

 
Ontem, aproveitando umas tréguas da neve, alguns moradores da zona ribeirinha de Krasnoyarsk na Sibéria, dedicaram-se à pesca no rio Yenisei que banha a sua cidade.
 
Photo: Ilya Naymushin / Reuters
 

 

domingo, 11 de novembro de 2012

Ai Jonet, Jonet...

 
Apetece-me fazer um trocadilho com o seu nome, mas não faço apesar de ela merecer.
Não se pode dizer que foi um deslize já que é reincidente. Pior que a reincidência é vir reafirmar tudo de novo num artigo de opinião para a rádio Sim.
Isabel Jonet é presidente do Banco Alimentar Contra a Fome mas parece mais defensora de um banco a favor da fome. Mais fome e mais pobreza parece ser o seu lema.
«Os pobres, para além de serem pobres, deveriam estar descalços para poderem ser calçados pelos donos; estar rotos para vestirem camisas velhas que se salvavam de ir para esfregões; estar doentes para receberem uma embalagem de aspirinas...» escreveu António Lobo Antunes no seu Livro de Crónicas. Parece ser este o pensamento de Isabel Jonet.

 

domingo, 4 de novembro de 2012

Ano da Fé

 
O Boletim Paroquial de Quintos «O Sino», do corrente mês, publica um artigo do senhor diácono José Rosa Costa que, com a devida vénia, transcrevemos na íntegra.

Ano da Fé

Ao invocar o 50º Aniversário do Concílio Vaticano II e o 20º do Catecismo da Igreja Católica, o Santo Padre proclamou o Ano da Fé, com início a 11 de outubro e términos a 24 de novembro de 2013, domingo de Cristo Rei.
Pela sua carta apostólica "Porta da Fé" o Papa lança as ideias força que, durante este período, devem dinamizar a Igreja universal.
A "Porta da Fé" lembra-nos a nossa condição de batizados, impelindo-nos a uma vida de comunhão com Deus, como membros da Igreja.
Neste "Ano da Fé" somos convidados a viver mais intensamente a caridade e o amor, a valorizar muito mais o dom da fé, reavivando-a e alimentando-a com a Palavra de Deus e os Sacramentos postos gratuitamente à nossa disposição na Igreja e, sem os quais, o cristão não pode viver. Por isso, o "Ano da Fé" é também tempo de reflexão para o despertar de uma vida cristã mais responsável, mais a sério.
Saibamos aproveitar este tempo posto providencialmente à nossa disposição, como uma dádiva a não perder.

Diácono José Rosa Costa in «O Sino», novembro de 2012
 

sábado, 3 de novembro de 2012

Beja, terra prometida

 
Promete-se fazer melhor.
Promete-se fazer mais com menos.
Promete-se... O período das promessas autárquicas aproxima-se. A melhor coisa que um político faz é prometer. Também, em abono da verdade se diga, quando não há vergonha na cara é a coisa mais fácil da vida.
Hoje, 3 de novembro, foi apresentado em Beja um movimento independente que «visa fomentar a cidadania ativa e apoiar possíveis candidaturas aos órgãos autárquicos, elegendo como inimigos o atraso e a estagnação do concelho, e como adversários a abstenção e a acomodação das pessoas».
Por Beja Com Todos é o nome deste projeto.
Por Beja e por Todos espero que as suas palavras não sejam em vão e que não fiquem apenas por isso mesmo.
Beja merece!
Oxalá o Vosso projeto seja uma pedrada no charco, mas para isso há que convencer as pessoas e isso, acredito, não é tarefa fácil.

 

Salvador da Pátria

 
Vasco Pulido Valente, com a ironia que o caracteriza, escreve hoje no Público o artigo de opinião «Falta um salvador». Excertos de Eduardo Pitta no blogue Da Literatura.
Comentários para quê?!

 
«O dr. Cavaco Silva, que, segundo corre por aí, é o Presidente da República, desapareceu. Não se vê na televisão. Os jornais não falam nele. Anda calado como um rato e escondido atrás de uma cortina. A populaça supõe que o bom do homem continua em Belém a olhar para o Tejo e a contar navios. Mas não tem a certeza. Há gente, armada de binóculos, que o tenta descobrir sem o mais vago resultado. E há gente que perde o seu tempo e a sua paciência a especular sobre o que lhe sucedeu, se de facto lhe sucedeu alguma coisa. Já se demitiu sem ninguém saber? Emigrou? Caiu num poço? É um grande mistério. Por assim dizer, um mistério histórico. Um facto é certo: Portugal elegeu um senhor magrinho para resolver os sarilhos da pátria e, agora que precisa dele, ele não está cá. [...] Se alguém encontrar D. Sebastião numa manhã de nevoeiro, por favor escreva para este jornal.»
   

Regresso ao passado

 
Photo: Reuters
Perante uma catástrofe as novas tecnologias que o Homem criou caem por terra. Pelos menos algumas.
O furacão Sandy, há semelhança de muitas outras anteriores, veio provar isso mesmo.
Em Nova Iorque a maior parte das comunicações móveis colapsou e surgiu, qual fénix, o telefone público.
Muitos novaiorquinos julgavam que eles já não existiam, apesar de diariamente passarem junto a eles.
Muitos outros apesar de não terem qualquer dificuldade em utilizar o iphone ou o portátil ficavam perplexos a olhar para o telefone público sem saber como utilizá-lo.
"Já perdi um monte de moedas!" Afirmava Alison Caporimo, uma jovem de 24 anos que mora no East Village, um bairro de Manhattan, não escondendo a sua ignorância no uso do telefone público.
Tal como nos ataques terroristas de 2001 e o apagão de 2003, o Sandy expôs as limitações do telemóvel. Ele não só precisa de eletricidade para carregar, como também não funciona se uma grande tempestade derrubar a infraestrutura de telecomunicações e as antenas transmissoras de sinais.
E tem mais: a bateria do telemóvel acaba mais rápido porque ele fica constantemente à procura de sinal de rede.

Texto com base no artigo de Ben Cohen in The Wall Street Journal de 31/10/2012
   

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Indignados

 
Esta é a mensagem número quinhentos deste blogue.
Dedico-a a todos os que ainda têm forças para se indignar contra quem teima democraticamente assaltar-nos.
Esta imagem foi tirada esta tarde em frente ao Parlamento após a aprovação pela maioria de deputados do orçamento para o ano 2013.
Mais um assalto que aí vem.
O alvo do assalto é sempre o mesmo.
Até quando?
 

Photo: José Sena Goulão / European Pressphoto Agency
 

Pular a cerca

 
Esta manhã na fronteira EUA-México perto de Yuma, Arizona, a guarda de segurança à fronteira deparou-se com esta insólita situação.
Não, não se tratou de influência do furacão Sandy, ele não atingiu estas paragens.
Segundo as autoridades as suspeitas recaem sobre traficantes que estariam tentando passar por cima do muro com o auxílio de rampas, mas o Jeep Cherokee encalhou!
Ele há cada uma...

 
Photo: U.S. Customs and Border Protection / Associated Press
 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Guarda dorminhoco

 
Checkpoint de segurança do Hamas na cidade de Gaza esta manhã.
Após beber o seu chá, o segurança de serviço, encosta a sua kalashnikov e descansa um pouco.
Este guarda, de camuflado dourado, está a dar um mau exemplo e a desempenhar sem brio a sua tarefa.
Gato dorminhoco não apanha ratos.

 
Photo: Bernat Armangue / Associated Press
 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Sacrifício

 
Saída de emergência?
Não, parece entrada de emergência ou a via mais rápida para se embarcar.
Na estação ferroviária de Dhaka, Bangladesh uma mulher é ajudada a entrar - pela janela - no comboio.
Muitos moradores da capital partiram, na passada sexta-feira, para as suas terras de origem a fim de celebrarem a Eid al-Adha, a Festa do Sacrifício.
 
Photo: Abir Abdullah / European Pressphoto Agency
 
 

domingo, 28 de outubro de 2012

C130 voando baixinho

 
Quinta-feira, São Francisco, Califórnia.
Jogo entre o San Francisco Giants e o Detroit Tigers.
Venceu o Giants por 2-0.

 
Photo: Santa Rosa Press Democrat / Zuma Press

 

sábado, 27 de outubro de 2012

Vingança versus Justiça

  
Lamentável!
Nem sempre a polícia atua com proporcionalidade. Quase sempre, dirão alguns.
Concorde-se ou não com a atuação da polícia ela serve para assegurar a legalidade democrática, a segurança de pessoas e bens nos termos da Constituição e da Lei.
Ver um agente de autoridade numa situação destas é triste e lamentável. É criminoso defender este tipo de ação.
Não se pode confundir vingança com justiça.
É, em suma, uma vergonha.
O caso aqui retratado aconteceu na passada quinta-feira em Lima, Peru.

Ocorrendo em Lisboa, Paris ou Nova Iorque não é menos vergonhoso.


Photo: El Comercio / European Pressphoto Agency

 
 



sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Falhados!

 
É assim, sem papas na língua como é seu timbre, que o deputado João Galamba classifica este governo.
Oiça, se já ouviu torne a ouvir, porque há verdades que não devem ser escondidas. Nem esquecidas.

 
 
 

sábado, 13 de outubro de 2012

Cardeal desnorteado

 
Todos nós temos um dia não, de vez em quando. Há dias em que nem devíamos sair de casa!
Sexta-feira, 12 de outubro, foi um dia em que – não direi não sair de casa – mas foi seguramente um dia não para D. José Policarpo.
Photo: ionline.pt
"Até que ponto construímos saúde democrática com a rua a dizer como se deve governar?”, uma das afirmações sem norte do cardeal em Fátima presidindo à Conferência Episcopal Portuguesa, citado no ionline.
O senhor cardeal ou anda distraído ou desnorteado, o que os humilhados e ofendidos por este governo dizem, não é como o governo deve governar, mas sim como não deve governar! A diferença é abismal.
Essa ideia que o bem-estar se conquista com o silêncio, o servilismo e a resignação poderia ser compreensível em meados do século passado, hoje está completamente ultrapassada.
A bem da nação.
 
 

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

A Jihad no feminino

 
Data: quinta-feira, 4 de outubro.
Local: cidade de Gaza.
Acontecimento: ativistas palestinas participam num comício que marca o aniversário do movimento feminino da Jihad Islâmica.
 

Photo: Bernat Armangue / Associated Press
 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Oásis

 
O Lago da Lua Crescente fica situado 6 km a sul de Duhuang, na província de Gansu, República Popular da China.
Duhuang foi um local muito importante na antiga Rota da Seda.
Na passada quinta-feira, aproveitando a 'Golden Week', foram muitos os turistas que visitaram este autêntico oásis.
 
Photo: Zhang Xiaoliang / Xinhua / Zuma Press
 

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Como é que eu saio disto?!

 
Parque de estacionamento da estação ferroviária de Ghent, Bélgica, na passada terça-feira.
Uma mulher tenta estacionar a sua bicicleta neste emaranhado parque de bikes.
 

Photo: Yves Herman / Reuters
 

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Adeus República

Photo: Agência Lusa
 
Hoje foi a última vez que condignamente se festejou a implantação da república. Perdão, faz hoje precisamente um ano que condignamente se festejou pela última vez a queda da monarquia em Portugal.
Para o próximo ano e seguintes, deixa de ser feriado nacional. Passa a ser um dia como outro qualquer, um dia anónimo.
Talvez lamentando que a proibição de festejar a implantação da república a 5 de outubro não fosse já este ano, decidiram hoje fazer a comemoração à porta fechada. Escondidos. Todos os presentes nesta farsa são cúmplices, sem exceção.
Uma vergonha a juntar a tantas outras que estão a fazer ao povo português.
 

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Muita tinta!

 
Na passada sexta-feira decorreu em Londres a oitava Convenção Internacional de Tatuagem.
A «tela» aqui exposta é conhecida no meio artístico da tatuagem por "Oldies", o pintor chama-se Josh Lin.
É impressionante, quer pela quantidade quer pela qualidade.
 

Photo: Adrian Dennis / AFP / Getty Images
 

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Veneração?

 
Sim, sem dúvida.
Não à polícia, mas a Alá!
Quinta-feira passada em Banguecoque, Tailândia, um grupo de muçulmanos protestava em frente à embaixada americana contra a produção do filme anti-islão. No momento da fotografia era hora de oração a Alá.

 
Photo: Damir Sagolj / Reuters
 

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Trabalhar com brinquedos

 
Quarta-feira passada na capital do Bangladesh, Dhaka, numa fábrica onde a mão-de-obra infantil é o pão nosso de cada dia. Não apenas nesta, mas em todas do sudoeste asiático.
A criança da foto trabalha numa fábrica de balões, curiosamente para muitas crianças o balão é sinónimo de brincadeira, para esta e muitas outras é sinónimo de um parco alimento.
Bangladesh assinou em 2010 a Convenção para a Eliminação do Trabalho Infantil mas, segundo a Organização Internacional do Trabalho, cerca de 3,2 milhões de crianças ainda trabalham no Bangladesh
.
 
Photo: A.M. Ahad / Associated Press
 

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Progeria

 
Hamilton, Ontário, Canadá.
É domingo, 23 de setembro. Sentado na sua cama, Devin Scullion, 16 anos de idade, posa para a fotografia. Devin tem uma doença rara e fatal que se traduz no envelhecimento rápido que mata as crianças com uma idade média de 13 anos. Devin está a fazer uma terapia experimental para retardar a sua doença, progeria. Progeria, também conhecida como Síndrome de Huntchinson-Gilford.

  
Photo: Aaron Vincent Elkaim / WSJ
   

domingo, 30 de setembro de 2012

Air Force One

 
Na passada segunda-feira, o Air Force One projetava a sua sombra num campo de golfe quando fazia a aproximação ao JFK de Nova Iorque. A bordo, obviamente, o presidente Barack Obama que iria participar na Assembleia Geral das Nações Unidas.
 

Photo: Brendan Smialowski / Agence France-Presse / Getty Images
 

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Para pensar... E agir!

 
De Paulo Pinto, hoje, no blogue Jugular, sem mais comentários.

glosa a mote alheio

Primeiro, levaram os apoios sociais, e eu nada disse porque não sou reformado nem desempregado.
Depois, assaltaram o SNS, e eu nada fiz porque não sou doente.
Depois, rapinaram a educação, e eu deixei-me estar porque não sou estudante.
E no dia em que me sugarem a última gota, haverá ainda alguém para falar por mim?


 

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Indignadas

 
Ordeiramente, um grupo de muçulmanas expressou a sua indignação contra as caricaturas do Profeta Maomé publicadas por uma revista francesa.
Esta ação de protesto realizou-se na passada sexta-feira em Londres em frente à embaixada francesa.
 

Photo: Adrian Dennis / AFP / Getty Images
   

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A pé para a escola

 
Na povoação espanhola de Pobla de Vallbona, Valência, as crianças satirizam desta forma a suspensão determinada pelo governo do autocarro que as levava para a escola.
 
Photo: Biel Alino / European Pressphoto Agency
 

domingo, 23 de setembro de 2012

Hurricane Haren

 
Haren, pequena cidade holandesa com cerca de 18 mil habitantes, nomeado o município mais atrativo da Holanda em 2012, amanheceu este sábado como um campo de batalha. Os seus habitantes não queriam crer no que viam, lixo e mais lixo, latas e garrafas de bebidas por todo o lado. O mobiliário urbano, e sobretudo os imaculados jardins da cidade sofreram um autêntico assalto pelas quase 4.000 pessoas que na passada sexta-feira acorreram a uma falsa festa de aniversário convocada pelo Facebook.
Merthe, a adolescente aniversariante, esqueceu-se de mencionar na rede social que o convite era privado e está destroçada, tal como seus pais. Saldo final 34 detidos, 30 feridos e carga da polícia antimotim até às 3 da madrugada.
O convite de Merthe, que completou 16 anos, foi confirmado por cerca de 30.000 pessoas! Ante a ameaça que poderia ser semelhante avalancha à cidade de Haren, no norte do país, o município tomou medidas. A realidade superou as expectativas do presidente do município, Rob Bats, que admitiu o caos. "Venho de San Martín (antigas Antilhas Holandesas) onde sofremos furacões. Isto é como se aqui tivesse passado um."
À semelhança de outros convites em massa, entre os jovens que foram para Haren havia "um núcleo duro de cerca de 25 jovens que procuravam luta", segundo as autoridades. Alguns moradores de Haren perguntam porque é que as autoridades não levaram estes falsos convidados para o campo de futebol da cidade, a fim de ali efetuarem a festa. Uma gelataria italiana situada na rua onde mora Merthe, foi invadida por um grupo de bêbados que partiu e roubou montras, jogou cadeiras e garrafas ao chão. Uma sapataria do centro da cidade foi destruída e saqueada. "Parecia uma guerra, com a polícia a carregar sobre estes vândalos", afirmou o proprietário de um café que teve que fechar portas e janelas com os seus clientes lá dentro para evitar serem assaltados.
Apesar do susto, este fim de semana os moradores da Haren não se mostram amedrontados e jogaram mãos a baldes, esfregonas e pás para limpar a sujidade deixada pela passagem dos vândalos. Chamam-lhe, com bom humor, "Operação Limpeza".
 
Texto de Isabel Ferrer, publicado in El País 22/09/2012
 

sábado, 22 de setembro de 2012

A verdade, sempre!

 
Em muitas situações a verdade incomoda. Ou melhor, torna-se incómoda aos defensores da ignorância, do sigilo, do obscurantismo.
O Cardeal Martini sempre lutou contra a mentira. Foi, muitas vezes, incómodo para os arautos das trevas.
É sobre o Cardeal Carlo Martini, recentemente falecido, a pequena nota de D. António Marcelino publicada no semanário diocesano Notícias de Beja que transcrevemos, com a devida vénia:
 
Photo: Thomas Coex / AFP / Getty Images
A coragem da verdade, mesmo que incómoda
 
O Cardeal Martini, de Milão, há pouco falecido, foi um exemplo eloquente do serviço à verdade, mesmo se a sua proclamação e defesa provocam incómodos. Só a verdade liberta.
A Igreja existe para propor, defender e testemunhar a verdade. Se o sangue de cristãos é semente de novos crentes, que seja semente de coragem o testemunho de um bispo sereno, firme, lúcido e interventivo, que abanou estruturas e foi ponte para muitos que estavam fora e com ele aprenderam a olhar Cristo e a Igreja de um outro modo. Mas não é este o dever diário de quem tem, por missão, tornar vivo e presente na sociedade um Cristo Irmão e Amigo e uma Igreja fraterna, serva da verdade e defensora dos mais pobres, injustiçados e não amados?
O testemunho do Cardeal Martini vai perdurar e ser estímulo para os que o conhecerem e à sua pessoa, obra e seu modo de ser bispo e pastor conciliar, nos tempos modernos, cheios de desafios, mas também de oportunidades.
 
António Marcelino, Bispo emérito de Aveiro in Notícias de Beja 20/09/2012
 
 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Democracia

 
Democracia é o sistema político em que o poder de tomar decisões políticas é dos cidadãos (povo) direta ou indiretamente, por meio de representantes eleitos, o mais usual.
No Bahrain, tal como na Síria ou Arábia Saudita, por exemplo, democracia é uma palavra proibida. Pior que isso, o povo não tem direitos, apenas e só deveres.
É contra esse estado de coisas que algumas centenas de pessoas se manifestaram na passada sexta-feira em Al Manamah, capital do Bahrain.
No conjunto dos cartazes pode ler-se 'Democracia', que é o que pedem.
 
 
Photo: Hasan Jamali / Associated Press
 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Independência já!


Independência foi o que mais de um milhão de pessoas (estimativa policial) gritou pelas ruas de Barcelona na passada terça-feira, 11 de setembro.
Catalunha independente é o que exigem contra o desgoverno de Madrid que arrasta toda a Espanha para uma profunda crise.

   
Photo: Lluis Gene / Agence France-Presse / Getty Images
 

A Igreja num país em crise

 
Nota do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa
 
1. O momento socioeconómico que Portugal atravessa está a ser difícil para muitos portugueses. A Igreja é sensível ao sofrimento de todos, particularmente dos mais pobres e dos desempregados, independentemente da fé que professam. A Igreja faz parte da sociedade e, com a visão do homem e da vida que lhe é própria, é chamada a contribuir para o bem das pessoas e da comunidade nacional como um todo. A principal resposta da Igreja para o momento atual tem sido dada pelas suas instituições de solidariedade social, como prática ativa da caridade.

A Igreja e a comunidade política

2. Quando celebramos 50 anos do início do Concílio Vaticano II, é oportuno recordar o seu ensinamento, tantas vezes confirmado pelo Magistério posterior, sobretudo dos Papas. A Igreja é um Povo, uma comunidade estruturada e organizada, que assume como dever a procura do bem-comum de toda a sociedade. Esse é também o fim da comunidade política. “No campo que lhe é próprio, a comunidade política e a Igreja são independentes e autónomas uma da outra. Mas ambas, embora a títulos diferentes, estão ao serviço da vocação pessoal e social dos mesmos homens” (Gaudium et Spes, nº 76).
Segundo a doutrina do Magistério, a Igreja como comunidade intervém na sociedade a três níveis: os cristãos leigos, guiados pela sua consciência cristã, têm toda a liberdade de participação e intervenção política; as associações da Igreja, com particular relação à hierarquia, devem intervir tendo em conta o diálogo com os seus pastores; os sacerdotes e bispos têm como ministério anunciar o Evangelho e a doutrina da Igreja para todos, de modo que ela possa ser acolhida, nomeadamente no que diz respeito à sua doutrina social.

A Igreja e o atual momento da sociedade portuguesa

3. A doutrina social da Igreja, que temos sempre o dever de anunciar, ilumina a realidade, interpela a consciência dos intervenientes na coisa pública e sugere atitudes que exprimam valores.
- Prioridade na busca do bem-comum. Esta primazia da busca do bem-comum de toda a sociedade atinge todas as pessoas e todos os corpos sociais. É o caminho para construir uma unidade de objetivos, no respeito das diferenças: governo e oposição, partidos políticos, associações de trabalhadores e de empresários, etc. As diferenças são legítimas, mas a unidade na procura do bem-comum é sempre necessária e indispensável. A superação das legítimas divergências, num alargado consenso nacional, supõe sabedoria e generosidade lúcida.
- Direito ao trabalho. Este não deve ser concebido apenas como forma de manutenção económica, mas como meio de realização humana. O desemprego é, certamente, um dos aspetos mais graves desta crise, o que supõe um equilíbrio convergente de vários elementos: criatividade nas empresas, caminhos ousados no financiamento, diálogo social em que pessoas e grupos decidam dar as mãos, apesar das suas diferenças.
- Estabilidade política. É exigida pela própria natureza da democracia e da responsabilidade dos seus atores, requerendo a busca permanente do maior consenso social e político. Numa democracia adulta, as “crises políticas” deverão ser sempre exceção. Em momentos críticos, podem comprometer soluções e atrasar dinamismos na sua busca. Todos sabemos que, para superar as presentes dificuldades, não existem muitos caminhos de solução. Compete aos políticos escolhê-los, estudá-los e apresentá-los com sabedoria.
- Respeito pela verdade. O discurso público tem de respeitar a verdade do dinamismo das situações e da procura de soluções.
- Generosidade na honestidade. O bem da comunidade nacional exige de todos generosidade para não dar prioridade à busca de interesses particulares e a honestidade para renunciar a caminhos pouco dignos de procura desses interesses. Só com generosidade se pode alcançar um bem maior.

Renovação cultural

4. Esperamos que a presente situação faça avançar a verdadeira compreensão sobre alguns elementos decisivos do mundo económico-financeiro em que estamos inseridos:
- Os sistemas económico-financeiros. Portugal, membro da União Europeia e da Zona Euro, está inserido no quadro das economias liberais, vulgarmente designadas de capitalismo. A Igreja sempre defendeu, entre as expressões da liberdade, a liberdade económica, desde que as suas concretizações se submetam aos objetivos do bem-comum. Os próprios lucros das pessoas, das empresas e dos grupos devem orientar-se para o bem-comum de toda a sociedade.
- O equilíbrio entre finanças e economia. O Papa Bento XVI concretizou o pensamento da Igreja, salientando que as finanças devem ser um instrumento que tenha em vista a melhor produção de riqueza e o desenvolvimento. Importa que a economia e as finanças se pratiquem de modo ético a fim de criar as condições adequadas para o desenvolvimento da pessoa e dos povos.
- Os mercados. Sujeitos a uma dimensão ética de serviço à humanidade, os mercados não podem separar-se do dinamismo económico, transformando-se em fontes autónomas de lucro que não reverte, necessariamente, para o bem-comum da sociedade.
A superação da crise supõe uma renovação cultural. A Igreja quer contribuir para esta renovação com os valores que lhe são próprios: a dignidade da pessoa humana, a solidariedade como vitória sobre os diversos egoísmos, a equidade nas soluções e na distribuição dos sacrifícios, atendendo aos mais desfavorecidos, a verdade nas afirmações e análises, a coragem para aceitar que momentos difíceis podem ser a semente de novas etapas de convivência e de sentido coletivo da vida. Nós, os crentes, contamos para isso com a força de Deus e a proteção de Nossa Senhora.

Fátima, 17 de setembro de 2012
 

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Obrigado!

 
Segunda-feira, 10 de setembro, um avião da British Airways sobrevoava Londres com a mensagem 'Thank You' na fuselagem inferior, agradecendo a todos os atletas que participaram nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos.
 
Photo: Stefan Rousseau / Reuters
 
 

domingo, 16 de setembro de 2012

Olé!


 
Sábado, 8 de setembro, em Ronda (Málaga) o toiro ficou neste 'estado'.
Photo: Jon Nazca / Reuters
 

sábado, 15 de setembro de 2012

Há que abrir portas!

 
É uma reflexão muito oportuna, na qual todos devemos meditar, a que D. António Marcelino publica no jornal Notícias de Beja da semana em curso.
É uma mensagem, um alerta, a todos nós.


A porta estreita que devia ser larga

Dói ver como se põem de lado leigos que apresentam novas iniciativas apostólicas, dão sugestões em grupos e em conselhos de que são membros, mostram a sua discordância ante decisões que saem apenas de uma cabeça…
Outros são marginalizados também porque optam por trabalhar em organizações profissionais ou até partidos políticos em vez de movimentos de Igreja…
Dói, por se teimar, fora do tempo e ao arrepio do mesmo, em conservar uma Igreja fechada e sem futuro. Uma Igreja clerical. Quanto falta ainda para que o Vaticano II esteja cumprido de modo a ser, com uma Igreja renovada, sinal de esperança e de tempos novos?!

António Marcelino, Bispo emérito de Aveiro in Notícias de Beja 13/09/2012 

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Quem pintou o Yangtze?

 
Quinta-feira, 06 de setembro, em Chongqing o rio Yangtze apresentava-se assim, colorido!
As autoridades investigam o caso, mas por enquanto desconhecem a causa da cor.


Photo: Zuma Press
 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Testemunho de Fé

 
Apenas hoje chegou à minha caixa de correio eletrónico o boletim paroquial de Quintos referente ao mês transato. O Sino, assim se chama o boletim de Quintos, é da responsabilidade do senhor diácono José Rosa Costa, cuja esposa atravessa um mau momento de vida motivado pela doença que a atingiu. No entanto, desafiando todas as contrariedades, luta contra a doença com todas as suas forças não perdendo a esperança e fortalecendo a sua Fé.
É seu o testemunho publicado no último número de O Sino que aqui reproduzimos:

Testemunho

Há mais de um ano que estou a passar pela dura experiência de luta contra a doença que me surpreendeu. Numa renhida luta contra o tempo faço-lhe frente entregue à Ciência Médica, sem me ter deixado abater nem psicologicamente nem pelo medo...

Na família tenho encontrado o apoio e o carinho tão necessários nesta hora e em Deus a força para continuar a lutar cheia de esperança.

Ainda não venci esta batalha, tão pouco sei se a vencerei, mas seja qual for o resultado final há uma certeza que eu tenho e que me vai dando coragem para este momento difícil que atravesso: é a certeza de que sou muito amada por Jesus que nesta fase de dor, como em muitas outras etapas da minha vida, está sempre presente e me acompanha aliviando-me a cruz que carrego cujo “peso” só nós dois conhecemos...

Continuo cheia de esperança confiando na Medicina e entregando-me nas mão de Deus, pelo que adotei esta máxima de vida: «Estou nas mãos de Deus e dos Médicos». Todo o resto é uma incógnita, apesar de eu estar preparada para o que o futuro me reservar...
Felizmente nem tudo são maus presságios, pois tenho experimentado progressos de melhoria com a consciência de que numa batalha em que se digladiam duas forças desiguais apenas uma sairá vitoriosa.

Só Deus sabe qual será!

Maria Maximina Rosa Costa in O Sino de agosto de 2012