domingo, 26 de fevereiro de 2012

Fogueira das vaidades

 
Terça-feira, 21 de fevereiro, base militar de Bagram, norte de Cabul, Afeganistão.
Photo: Shah Marai / Agence France-Presse - Getty Images
Não sei se para festejar o carnaval, um oficial norte-americano manda queimar vários exemplares do Livro Sagrado Alcorão. Invocar ignorância ou desconhecimento não convence ninguém.
Houve clara intenção de incendiar os ânimos. Foi, salvo melhor opinião, uma ordem intencional.
Motivos?
Há vários.
Interesses, muitos mais!
Os lobbies da guerra não desarmam facilmente. Não podemos esquecer que os EUA querem terminar as missões de combate no Afeganistão já em 2013.
 

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Carnaval monocromático

 
Terça-feira, 21 de fevereiro, sambódromo do Rio de Janeiro, Brasil.
And the winner is... Unidos da Tijuca!!
Como foi bonita a tua festa, pá.
 
Photo: Vanderlei Almeida / Agence France-Presse - Getty Images
 

A seca

 
Água é vida, a falta dela é morte.
A chuva teima em não cair em Portugal continental. Estamos a caminhar para uma situação de seca que, a não serem tomadas medidas hoje, pode tornar-se catastrófica no verão.
Gráfico do Instituto de Meteorologia Português
A previsão a longo prazo do Instituto de Meteorologia indica que não haverá chuva significativa nos próximos 30 dias. Isto, a confirmar-se, não augura nada de bom para a agricultura e pecuária.
A situação económica atual é, como todos nós sentimos na pele, péssima; perante um cenário de seca desta envergadura os dias que se aproximam não serão, seguramente, férteis.
Para colmatar, ou pelo menos para minorar, os efeitos desta seca, é urgente que o governo em parceria com os representantes dos agricultores portugueses crie um plano de contingência a aplicar na situação de seca extrema que se avizinha.
Espero que não se aguarde pelo verão para nomear comissões para estudar um plano de contingência.
 

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Surreal

 
aqui o afirmei e volto a repeti-lo, em Quintos tem feito um frio dos diabos.
Mas, olhando para esta fotografia, para nós alentejanos, isto é surrealismo puro e duro.
Só pode.

Rua em Cetinje, Montenegro, na passada quinta-feira.
Photo: Risto Bozovic / Associated Press
 

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Sem direito de voto

  
Licia Ronzulli é deputada italiana no Parlamento Europeu.
Esta fotografia foi tirada na passada quarta-feira durante uma sessão em Estrasburgo, França. Licia votou com a sua filha ao colo, que também votou, mas, ao que consta, o seu voto (da filha) não contou.

Photo: Vincent Kessler / Reuters


Coerência

 
Do boletim paroquial de Quintos «O Sino» edição de fevereiro de 2012, retiramos, com a devida vénia, o artigo de primeira página intitulado “Quaresma”.
Tempo de reflexão é sempre, mais ainda neste período que agora vai começar: a Quaresma, que antecede a data mais importante da Igreja Católica, a ressurreição de Jesus Cristo.

Quaresma

No dia 22, quarta-feira de Cinzas, tem início a Quaresma que tem o seu fim na quinta-feira Santa, excluindo a Missa da Ceia do Senhor que já pertence ao Tríduo Pascal.
É o tempo do Ano Litúrgico preparatório da Páscoa, a grande celebração do mistério da Salvação pela morte e ressurreição de Jesus Cristo.
Neste tempo quaresmal são dias de jejum para os fiéis dos 18 aos 59 anos (a menos que dispensados por doença ou outra causa) a quarta-feira de Cinzas e a sexta-feira Santa.
São dias de abstinência de carnes, para fiéis depois dos 14 anos as sextas-feiras do ano, a não ser que cesse a obrigação pela coincidência com festa de preceito ou solenidade litúrgica, com possibilidade de substituição por outras práticas como a esmola.” (Enciclopédia Católica Popular – D. Manuel Falcão).
A Quaresma convida os cristãos à penitência, ao jejum, à abstinência, à oração, à caridade, à conversão, ao arrependimento.
Seja coerente com a sua fé.

Diácono José Rosa Costa in «O Sino» fevereiro 2012

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Amoral

 
Segundo o dicionário, amoral é aquele ou aquela "que não tem senso moral". É assim que adjetivo o novo cardeal português Manuel Monteiro.
Posso estar a cometer uma leviandade, é certo.
O nosso novo cardeal em entrevista ao jornal Correio da Manhã diz, entre outras coisas, que “A mulher deve poder ficar em casa, ou, se trabalhar fora, num horário reduzido, de maneira que possa aplicar-se naquilo em que a sua função é essencial, que é a educação dos filhos.”. Seria uma afirmação brilhante na século XVII ou XVIII, onde a mulher ficava em casa a cuidar de quem cuidava de seus filhos e as 'outras' iam trabalhar. No século XXI esta afirmação é, no mínimo, anacrónica. Amoral, digo e repito eu.
É triste ver um alto dignitário de uma instituição - neste caso a Igreja Católica - tratar a mulher como mero animal de criação.
Querer enclausurar a mulher é, nos dias de hoje, ridículo. Mesmo que essa clausura venha disfarçada de ideais pueris.
 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Ricas brasas!

 
Um camião descarregava, na passada terça-feira, blocos de papel comprimido que servirão de combustível para aquecer os utentes da Fundação de Ajuda ao Autismo em Miskolc, Hungria.
Mas não se trata de um papel qualquer. Eram notas (sim papel moeda!) que, por motivo de deterioração tiveram que sair da circulação. A Hungria é o único país a reciclar o seu dinheiro.


Photo: Laszlo Balogh / Reuters


domingo, 12 de fevereiro de 2012

Frio?!

 
Aqui por Quintos, à semelhança do resto do país, tem feito um frio dos diabos.
No inverno este ar siberiano congela-nos a alma.
Mas frio, frio deveria estar na passada segunda-feira em Genebra, Suíça, quando esta foto foi tirada junto ao lago de Genebra.

Photo: Salvatore Di Nolfi / European Pressphoto Agency
    

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O que é nacional é bom

 
O sobreiro já é nacional! Finalmente.
Publica o Diário da República nº 30, Série I de 10 de fevereiro de 2012 a resolução da Assembleia da República que institui o sobreiro como árvore nacional de Portugal.
Resolução da Assembleia da República n.º 15/2012
Institui o sobreiro como árvore nacional de Portugal
A Assembleia da República resolve, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, instituir o sobreiro como árvore nacional de Portugal.
Aprovada em 22 de Dezembro de 2011.
A Presidente da Assembleia da República, Maria da Assunção A. Esteves.

Deixo nas mãos de quem sabe, muito melhor que eu, uma breve explicação sobre esta magnífica árvore agora nacional. Publicou a Naturlink sob o titulo Sobreiros e Montados de autoria de Cristina Pereira o texto que abaixo transcrevo, com a devida vénia:

Sobreiros e Montados

O sobreiro (Quercus suber), surgiu no final do Miocénico no Mediterrâneo Ocidental. Com a fixação dos agregados familiares, o sobreiro passa a ser encarado pelo homem primitivo como um bem precioso, fonte de alimento, de lenha para se aquecer e de material para o revestimento e isolamento das suas casas.
No reinado de D. Dinis aparecem, nas cartas de criação das coutadas, medidas com o objetivo de proteger o sobreiro e a azinheira, que proíbem e punem práticas já na altura consideradas maléficas: caso das queimadas, do varejamento indiscriminado do fruto, da colheita abundante de rama verde para alimentação do gado e sobretudo cortes indevidos. Eram também atribuídas compensações a quem protegesse os novos chaparros. O objetivo primeiro destas medidas era a preservação dos sobreiros e azinheiras tendo em vista a conservação do ambiente propício à caça e ao desenvolvimento de animais, como ursos, corços, veados e javalis com fins cinegéticos. Desde então, uma vasta legislação relativa ao sobreiro, ao montado e à cortiça foi sendo promulgada pelos nossos reis incidindo sobre variados aspetos, desde a exploração ao comércio da cortiça.
É contudo no século XX que a legislação do sobreiro assume a sua maior expressão através de diplomas que visam não só a sua conservação mas também o seu fomento e adequada gestão.
Para isto contribuiu grandemente o facto dos sobreiros passarem a ser encarados, desde meados do século XVIII, como matéria-prima indispensável à produção de rolhas para engarrafamento de bebidas. Tal deve-se ao famoso D. Pierre Pérignon, mestre dispenseiro da abadia de Hautvillers, que adotou a cortiça como vedante das garrafas do vinho espumoso da região - o Champagne - em substituição da lascas de madeira forradas a cânhamo e embebidas em azeite.
No entanto, o tratamento e exploração sistemático dos sobreirais, visando a produção suberícola, só se generaliza, nos moldes próximos dos que ainda hoje perduram, na segunda metade do século XIX.
Em Portugal, a grande mancha suberícola localiza-se sobretudo a sul do Tejo, onde é a espécie dominante, e a norte do Tejo na região pertencente ao distrito de Santarém. A área ocupada pelo sobreiro, em povoamento puro e misto dominante corresponde a 22% da área florestal nacional, sendo apenas ultrapassado pelo pinheiro bravo.
Da área total mundial ocupada pelo sobreiro, Portugal, com 730 000 hectares é o país com maior área, seguido da Espanha e da Argélia.
A realização de cortes rasos para ocupação agrícola com cereais, as podas violentas e o abandono puro e simples a que estiveram votados os montados, contribuíram para uma acentuada degradação destes ecossistemas. Associados a estes fatores de degradação surgiram uma série de pragas e doenças, reflexo do debilitado estado sanitário a que chegaram os povoamentos.
Este processo degradativo tem uma forte influência na abundância, riqueza, diversidade e estabilidade das comunidades animais dos montados, influenciando negativamente o seu valor económico e biológico.
Alguns passos têm sido dados no sentido de alterar esta situação. O incremento da investigação científica, na tentativa de determinar as causas de enfraquecimento e morte dos sobreiros, o fomento de actividades complementares que aumentem e faseem no tempo os rendimentos provenientes da exploração corticeira dos montados, são passos importantes para que o montado ocupe um dos lugares cimeiros na floresta portuguesa.
Atualmente o montado de sobro é explorado num sistema que se designa por uso múltiplo, de complexidade variável. À utilização suberícola e cerealífera junta-se a criação de gado, a exploração cinegética, a utilização dos matos e plantas aromáticas e o fomento de um conjunto de actividades, como a observação de aves, os passeios equestres, ligadas ao turismo em espaços rurais.
A paisagem dos montados merece, pela sua beleza, biodiversidade e importância sócio-económica, continuar a ser apreciada e conservada por todos.
Cristina Pereira in Naturlink
 

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Velhas oportunidades

 
Ou melhor, a única oportunidade é trabalhar. Trabalhar sempre onde o vencimento ou a idade são fatores sem valor.
Se não trabalhar morre, mas trabalhar assim é viver?
E andamos nós preocupados com a 'obrigatoriedade' de termos que trabalhar no próximo dia de carnaval...
 
Criança vira tijolos para secarem mais rápido numa fábrica em Surkh Rod, Afeganistão. 30/01/2012.
Photo: Rahmat Gul / Associated Press
  

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Brrrr

 
Há gente capaz de tudo.
Sexta-feira, 03, rio Yenisei junto a Divnogorsk na Sibéria.
Desconheço qual a temperatura no momento em que a foto foi tirada (eram 15H40) mas não deveria andar muito longe dos 30º negativos.
 
Photo: Ilya Naymushin / Reuters