segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O post do mês de janeiro

 
Este mês escolhemos um post que prima pelo humor.
Pelo bom humor, aliás como todo o blogue, a começar pelo seu nome.


Um dos momentos mais divertidos do meu dia é quando chego a casa e abro a caixa do correio. É sempre um prazer ficar a conhecer os motivos pelos quais não levo a vida com que sempre sonhei, na forma de contas da água, da luz, do gás, do canal Sexy Hot, etc., etc., etc.
Mas tenho de confessar que esta semana recebi uma carta que me fez sorrir ainda mais, ao ponto das minhas bochechas terem tocado nos lóbulos auriculares. A minha Câmara Municipal resolveu instituir, para além das taxas já existentes, a taxa municipal de utilização do subsolo. Confesso, é uma forma brilhante de nos sacar mais dinheiro e sem que possamos reclamar, pois não me estou a ver a ensacar a descarga do autoclismo e ir colocá-la no contentor de resíduos orgânicos, por exemplo.
Agora é uma questão de esperar que venha a taxa seguinte, como por exemplo a da utilização do espaço aéreo, pois há aqui uns fios que abastecem a minha casa de electricidade que cruzam o céu público, e nem me sinto bem em estar a usufruir disso gratuitamente. Claro que há o facto de já pagar esses serviços através de todas as outras taxas e impostos, mas isso são pormenores insignificantes...
No meio desta engenharia financeira destinada a chupar-nos até à medula, só tenho receio de uma coisa. É que eu sou proveniente de uma família numerosa, da qual alguns membros, infelizmente, já não se encontram entre nós. E se as câmaras se lembram de começar a cobrar dinheiro por essa ocupação de subsolo? Até já estou a ver a factura detalhada a chegar lá a casa:
- Bisavô Etelvino – 3m2 – 18 euros
- Tetravó Felisbela – 2,5 m2 – 15 euros
- Primo Fabrício – 1,3 m2 – 8 euros
É da maneira como monto uma catapulta lá em casa, ficando desde já avisados: da próxima vez que virem um objecto estranho a cruzar o céu, foi um familiar meu que quinou e não estou para ter despesas! Mas se para além de avistarem o objecto, ouvirem “mas eu estou viiiiiiiiiivooooooo”, não era um familiar meu, e sim o inventor desta nova taxa!
Até sempre,
Rafeiro Perfumado

Rosnado por Rafeiro Perfumado em 10 de janeiro de 2011
 

domingo, 30 de janeiro de 2011

E a EDIA veio-lhe à ideia

 
Diz o senhor Castro e Brito em entrevista ao Correio Alentejo que a EDIA não tem uma gestão eficaz.
Bom, vindo de quem vem a administração da EDIA deve considerar esta frase como um elogio.
Todos sabemos como este senhor tem dirigido a ACOS e agora a FAABA. Será esse modelo que gostaria de ver implantado na EDIA?!
Em vez de se candidatar a um cargo num conselho consultivo que todos sabemos o que seria, não será melhor formar e informar os agricultores do Baixo Alentejo para que se tornem competitivos num mercado em que diariamente se perde terreno?!
Defender o direito ao uso da água por todos os agricultores, sim.
Defender a redução do preço da água para uso exclusivo na agricultura, sim.
Defender incentivos e apoios na conversão de agricultura de sequeiro para regadio, sim.
Defender a ocupação de um tacho numa empresa pública ou de capitais públicos, NÃO!
 

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Vaticano adere às novas TI

 
Com o título "Papa abençoa redes sociais" retirámos daqui esta tira abençoada.

 

sábado, 22 de janeiro de 2011

A esquerda do berço de oiro

 
Sempre me fez confusão ver meninos vestidos com roupa de marca e discurso em defesa dos pobrezinhos.
Dizem-se de esquerda.
Mas vestem a melhor roupa, moram em vivendas de luxo, conduzem carros topo de gama, fazem férias no estrangeiro... Mas são de esquerda.
Não sou nem nunca fui de esquerda. Mas se fosse creio que me sentiria envergonhada ter por companhia estes meninos.
Enquanto estudante na Universidade de Coimbra – já lá vai mais de meio século – conheci alguns homens de esquerda. Não os admirava, mas respeitava-os pela coragem que demonstravam na defesa dos seus ideais. Os meninos de agora não têm nada, mas rigorosamente nada a ver com os Homens de esquerda da minha juventude. O discurso dos meninos de agora cheira a falso, a hipócrita até.
Publica hoje a TSF que Francisco Ferreira da Quercus defende que “a água deveria ser mais cara para que os consumidores lhes dêem valor”.
Será que este menino (não sei se se considera de esquerda) acha que deveríamos voltar a viver em regime totalitário para que o povo dê valor à liberdade?
Paciência precisa-se... Cada vez mais.
 

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

É preciso coragem

 
Todos nós já tivemos um momento de coragem.
Em maior ou menor grau, mas já tivemos.
Alguns desses momentos poderão não ter sido fruto de um ato voluntário, mas porque... nos empurraram.
São os chamados corajosos à força.
A foto ao lado, não parece que tenha sido empurrado, é um momento de coragem.
Muita coragem.
Foi na passada 3ª feira - 18 de janeiro - nas águas geladas do mar do Japão, em Vladivostok, Rússia.
 

domingo, 16 de janeiro de 2011

Fundo de Emergência Social

 
Do Boletim Paroquial de Quintos «O Sino» do corrente mês transcrevemos na integra o seguinte texto:

Fundo de Emergência Social

Por iniciativa do nosso Bispo, Senhor D. António Vitalino, foi criado na nossa diocese o Fundo de Emergência Social assegurado pelas dádivas feitas através da conta bancária, sediada no BPI, com a designação Caritas Beja-Fundo de Emergência Social com o NIB 0010 0000 19889390014 45.
Este fundo foi criado junto da Caritas diocesana de Beja, devido ao apelo feito pelo Senhor Bispo no Dia Diocesano, a 25 de setembro p.p. para dar resposta às inúmeras famílias e desempregados que solicitam ajuda a esta instituição.
É gerido pela Srª Presidente da Caritas e ainda pelos senhores José Quirino e Carlos Prazeres e a Técnica de S. Social, Ana Soeiro.
Quem desejar a puder ajudar o próximo, através desta conta, pode fazê-lo depositando a sua dádiva diretamente na referida conta, ou, se assim o entender, entregá-la ao Diácono Costa que a fará chegar ao seu destino.
Está na hora de cada um de nós ser solidário com as famílias que são mais pobres que nós, lembrando-nos que no seio da maioria dessas famílias existem crianças a chorar de fome e vivendo em condições sub-humanas de pobreza e indigência.
Face a esta crise que se abateu no nosso país, e principalmente na nossa diocese, motivada pelo desemprego e pela injustiça social, como cristãos e humanos que somos não podemos ficar indiferentes a esta situação e a este apelo. Não podemos dar muito, mas o pouco que podermos dar, somado a muitos poucos, farão a diferença para melhor. Cada um dá o que pode e a mais não é forçado.
Neste momento ocorre-nos um adágio popular «Quem dá aos pobres empresta a Deus». E Deus nunca deixou de corresponder, com a Sua Graça, a quem reparte com quem precisa.
O Grupo Sócio-Caritativo de Quintos, partilhando das preocupações do nosso Bispo, e conhecendo a realidade existente, deixa esta mensagem e apela à boa vontade de todos.

A resposta é vossa!

Boletim Paroquial, janeiro 2011
 

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

E tudo a água levou

 
Campo Grande, Teresópolis, Brasil. 14/01/2011
Parece que o céu lhes caiu em cima.

Diariamente nos entram em casa imagens de dor e sofrimento de uma população martirizada.

É no estado do Rio de Janeiro que a devastação mais se faz sentir.

E para não fugir à regra são os que menos têm os que mais perdem.

É sempre assim, até nos desastres naturais.

 

domingo, 9 de janeiro de 2011

Pouca terra... ou fim de linha?

 
Sem surpresa, salvo para os distraídos, o intercidades entre Beja e Lisboa chegou ao fim.
Quando a ligação foi interrompida em Maio do ano passado já se sabia que iria ser este desfecho. Há mais de 5 anos que a CP andava à procura de uma oportunidade ou uma desculpa para a machada final.
A electrificação da linha do alentejo foi o pretexto, apesar de a CP nunca ter tido a intenção de electrificar a linha para Beja. Apenas para Évora.
Nós os baixo-alentejanos já nos habituámos a estas “fugas” para Évora. Elas já têm barbas. Mas o pior não é o fim do intercidades, é a forma como nos acomodamos, como ficamos apáticos e resignados perante a espoliação que nos fazem cada vez com menos pudor.
Urge dar uma punhada na mesa antes que até a mesa nos roubem.
Não me vou pronunciar sobre o argumento de alguns inteligentes “Beja ganhou um aeroporto, para que quer o intercidades?”, porque sobre isso apetece dar murros, mas não na mesa...
 

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Ted Williams - The Voice

 
Palavras para quê?
Este homem tem uma voz deslumbrante! Encantadora!
É um dom. Divino!
No entanto, por motivos vários, nunca conseguiu tirar partido desse dom, dessa voz.
Que Deus o proteja e lhe ilumine o caminho.
Ele merece.
E nós merecemos ouvir uma voz como esta.
É divinal!


  

domingo, 2 de janeiro de 2011

Meninos de Deus

 
Não é só no hemisfério norte que há filhos de Deus.
No hemisfério sul também há. Embora não pareça.
Meninos junto a um posto de distribuição de alimentos.
Aweil, Sudão, 30/12/2010
Os meninos da foto ao lado são, tal como os meus netos, filhos de Deus.
Com um sorriso estampado no rosto, parecem felizes.
Saberão eles o que é a felicidade?
Saberão estes meninos o que é uma refeição quente?
Saberão estes meninos o que é uma refeição?
Saberão os meninos do hemisfério norte que estes meninos existem?
Que estes meninos não sabem o que é uma prenda?
Um brinquedo, um chocolate, um médico ou enfermeiro. Uma escola.
Que há quem tudo tenha, mesmo dizendo que pouco ou nada tem?
Todos nós somos filhos do mesmo Deus, seja qual for a religião em que acreditemos.
Não há filhos e enteados, mas cada vez é maior a desigualdade entre norte e sul. Por culpa nossa – só nossa – este fosso vai-se cavando cada vez mais.