sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Interrupção

  
Por motivos alheios à nossa vontade, somos forçados a interromper a nossa atividade durante os próximos três meses aqui no Blogue de Quintos, assim como na nossa página do Facebook.
O nosso regresso à atividade normal está previsto para o dia 19 de maio.

 
 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Aula de anatomia

  
Estão todos atentos e preparados para assistir à desmembração de uma girafa.
É uma aula. É uma lição, triste e deprimente.
Abateram uma girafa com 2 anos de idade, saudável, para evitar a consanguinidade, dizem.
Se outra solução não conseguem arranjar é melhor que se dediquem a outra atividade (para não dizer outra coisa)...

 
Foto: Kasper Palsnov / Scanpix / Reuters
 

Ordem ou Barbárie?

  

Barbárie, é a resposta dada a esta questão por Rachel Sheherazade na Folha SP.

Eis o artigo publicado na coluna Tendências / Debates de hoje.

«O fenómeno da violência é tão antigo quanto o ser humano. Desde sua criação (ou surgimento,dependendo do ponto de vista), o homem sempre esteve dividido entre razão e instinto, paz e guerra, bem e mal.
Há quem tente explicar a violência, a opção pela criminalidade, como consequência da pobreza, da falta de oportunidades: o homem fruto de seu meio. Sem poder fazer as próprias escolhas, destituído de livre-arbítrio, o indivíduo seria condenado por sua origem humilde à condição de bandido. Mas acaso a virtude é monopólio de ricos e remediados? Creio que não.
Na propaganda institucional, a pobreza no Brasil diminuiu, o poder de compra está em alta, o desemprego praticamente desapareceu... Mas, se a violência tem relação direta coma pobreza, como explicar que a criminalidade tenha crescido em igual ou maior proporção que a renda do brasileiro? Criminalidade e pobreza não andam necessariamente demãos dadas.
Na semana passada, a violência (ou a falta de segurança) voltou ao centro dos debates. O flagrante de um jovem criminoso nu, preso a um poste por um grupo de justiceiros deu início a um turbilhão de comentários polémicos. Em meu espaço de opinião no jornal “SBT Brasil”, afirmei compreender (e não aceitar, que fique bem claro!) a atitude desesperada dos justiceiros do Rio.
Embora não respalde a violência, a legislação brasileira autoriza qualquer cidadão a prender outro em flagrante delito. Trata-se do artigo 301 do Código de Processo Penal. Além disso, o Direito ratifica a legítima defesa no artigo 23 do Código Penal.
Gravura: Herman Tacasey
Não é de hoje que o cidadão se sente desassistido pelo Estado e vulnerável à ação de bandidos. Sobra dinheiro para Cuba, para a Copa, mas faltam recursos para a saúde, a educação e, principalmente, para a segurança. Nos últimos anos, disparou o número de homicídios, roubos, sequestros, estupros... Estamos entre os 20 países mais violentos do planeta. E, apesar das estatísticas, em matéria de ações de segurança pública, estamos praticamente inertes e, pior: na contra-mão do bom senso!
Depois de desarmar os cidadãos (contrariando o plebiscito do desarmamento) e deixá-los à mercê dos criminosos, a nova estratégia do governo, por meio do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, é neutralizar a polícia, abolindo os autos de resistência.
Na prática, o policial terá que responder criminalmente por toda morte ocorrida em confronto com bandidos. Em outras palavras, é desestimular qualquer reação contra o crime. Ou será que a polícia ousará enfrentar o poder de fogo do PCC (Primeiro Comando da Capital) ou do CV (Comando Vermelho) munida apenas de apitos e cassetetes?
Outra aliada da violência nossa de cada dia é a legislação penal: filha do “coitadismo” e mãe permissiva para toda sorte de criminosos. Presos em flagrante ou criminosos confessos saem da delegacia pela porta da frente e respondem em liberdade até a última instância.
No Brasil de valores esquizofrénicos, pode-se matar um cidadão e sair impune. Mas a lei não perdoa quem destrói um ninho de papagaio. É cadeia na certa!
O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), o Estatuto da Impunidade, está sempre à serviço do menor infrator, que também encontra guarida nas asas dos direitos humanos e suas legiões de ONGs piedosas. No Brasil às avessas, o bandido é sempre vítima da sociedade. E nós não passamos de cruéis algozes desses infelizes.
Quando falta sensatez ao Estado é que ganham força outros paradoxos. Como jovens acusados pela violência que tomam para si o papel da polícia e o dever da Justiça. Um péssimo sinal de descontrole social. É na ausência de ordem que a barbárie se torna lei.»

Rachel Sheherazade, jornalista in Folha de S. Paulo, 11/02/2014
 

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Dia Mundial do Doente

  
Celebra-se amanhã o Dia Mundial do Doente.
Do Boletim Paroquial de Quintos «O Sino» do corrente mês, publicamos algumas passagens do artigo de primeira página de autoria do senhor Diácono José Rosa Costa, sob o título em epígrafe.
«O Dia Mundial do Doente coincide a 11 de fevereiro.
Este dia vem lembrar-nos de modo especial os nossos irmãos que, no domicílio ou nos hospitais, lutam com a falta de saúde, alguns dos quais acometidos de doença irreversível e ou já na fase terminal.
Nenhum ser humano, por mais poderoso que seja, pode evitar a doença, mas todos têm o direito de procurar a sua cura e ou minimizá-la se a Medicina ainda não tiver resposta para a cura absoluta.
É um dever sagrado dar toda a dignidade à nossa vida, porque é um dom de Deus e, como tal, temos de preservá-la desde a conceção até à morte natural (...).
Ao visitar um doente, tendemos dizer-lhe que “tenha paciência, que Jesus também sofreu” onde, pelo contrário, deveríamos dizer-lhe que Jesus não quer o nosso sofrimento, mas que nos ama e está sempre connosco, principalmente nos momentos de sofrimento e de dor. Procuremo-Lo, sem revolta, mas com confiança, e certamente que Ele dará a coragem que muitas vezes nos falta para enfrentar a doença.(...)
Neste Dia Mundial do Doente que a nossa oração se eleve a Deus por todos quantos, no leito de sofrimento esperam a sua cura ou que aguardam que neles se cumpra a vontade de Deus!
Tenhamos também presentes na nossa oração médicos, enfermeiros, técnicos de ação médica, sacerdotes, familiares e tantos outros que cumprem generosamente a sua missão ao serviço dos doentes!»
Diácono José Rosa Costa in «O Sino» fevereiro de 2014
  
 

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

A deriva de um pescador

  
A comunicação social foi célere na divulgação da notícia do pescador que andou 14 meses à deriva pelo Pacífico.
Aparentemente a história está mal contada. Para além da sua descrição de como se alimentou e principalmente como sobreviveu sem água doce - a história de beber urina e sangue - ser pouco convincente, o facto de 'dar à costa' sem sinais de magreza extrema e ausência de marcas escuras provocadas pelo sol, engrossam ainda mais as dúvidas.
É mais verosímil dizer que se sobreviveu 14 anos na savana africana rodeado de tigres e leões que 14 meses no mar... à deriva.


Imagem: Daniel en el Atico
 

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Se a moda pega...

  
Tem que haver imaginação, André Amaral Silva tem, e muita!
André, 41 anos, é funcionário público no Rio de Janeiro. O seu local de trabalho não tem ar condicionado e as temperaturas no Rio têm rondado ultimamente os 40ºC.
Apesar do calor insuportável e falta de ar condicionado é proibido entrar no local de trabalho em calção (bermuda) pelo que o André recorreu ao guarda-roupa da sua mulher e apresentou-se ao trabalho vestindo uma... saia. Discreta, é certo, em xadrez preta e branca, mas causou um tremendo embaraço ao porteiro do edifício do Centro Administrativo do Estado do Rio, no Centro, onde trabalha. André, que é ilustrador, argumentou que, se as mulheres podiam, ele também podia. E só conseguiu entrar porque o administrador do prédio, um ex-coronel da PM, acabou concordando. “De saia pode!”, garantiu o administrador.
Aguardam-se cenas dos próximos capítulos.

Fonte: Jornal O Globo
 
Foto: página no facebook de André A. Silva


Pedido de amizade

  
Quem tem perfil no facebook tem amigos. É normal, se assim não fosse o facebook era um deserto.
Ter 20 ou 20 mil amigos no facebook deveria diz-nos pouco ou, para ser mais realista, nada. É como ter 20 milhões no jogo monopólio...
Por cortesia respondo sempre positivamente a um pedido de amizade, tal como respondo a um cumprimento de um desconhecido, é da praxe.
Vem isto a propósito da pequena notícia que o jornal O Globo traz hoje na sua página 10, que transcrevo na íntegra:

«Bandido no Facebook
Um jovem de 19 anos foi assaltado, segunda passada, no Recreio, na Zona Oeste do Rio. Foi agredido e ficou sem o celular.
Horas depois, acredite, a vítima recebeu um pedido de amizade no Facebook. Era o larápio. O jovem levou o caso à 42ª DP.»

E esta, hein?!



terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Corrida de burros

  
Karachi, Paquistão, hoje, momentos antes da corrida de burros inserida no festival cultural Sindh.
Não vou utilizar metáforas.

  
Foto: Shahzaib Akber / European Pressphoto Agency
 

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

A luta

  
Um combate ou luta entre dois seres com o objetivo de divertir uma assistência reunida à sua volta, por mais regras que tenha, é condenável.
É a minha opinião, vale o que vale.
O duelo, como lhe chamou o editor da notícia que aqui trago, registou-se ontem Tiantou, China. Trata-se de um combate entre dois garanhões para celebrar o Ano Novo Lunar que agora começa. Este ano é o ano do cavalo. Melhor seria que fosse do político.
Publico a imagem para expressar o meu descontentamento.

  
Foto: Mark Ralston / AFP / Getty Images

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Urso polar

  
Alexander Klyukin e Vladimir Korabelnikov do clube de natação de Divnogorsk, Sibéria, nadavam na passada sexta-feira no rio Yenisei que banha a sua cidade.
A temperatura rondava os -6º, pelo que é necessário ter arcaboiço de urso polar para entrar nas gélidas águas do Yenisei.

  
Foto: Ilya Naymushin / Reuters