sábado, 30 de julho de 2016

O terrorista


«Todo aquele que deliberadamente faz uso de violência, mortal ou não, contra instituições ou pessoas, como forma de intimidação e tentativa de manipulação com fins políticos, ideológicos ou religiosos é considerado terrorista». Diz o dicionário, Priberam da Língua Portuguesa neste caso.
Meter neste “saco” todos os acontecimentos a que temos assistido nestes últimos meses não é paranóia, é terrorismo.
Uma parte muito significativa destes últimos acontecimentos/ataques (boate gay em Orlando nos EUA, comboio em Wurzburg na Alemanha, centro comercial em Munique na Alemanha, para não falar de outros) nada têm de “fins políticos, ideológicos ou religiosos”.
Mas o estado islâmico diz que sim.
Pudera! É um excelente meio de propaganda.
Mas a polícia também diz que sim.
Pois…

  

terça-feira, 19 de julho de 2016

Estou na Lua


«Andava eu atrás dela
Como um príncipe atrás da Cinderela
Distraído bati num lampião
Dei-lhe um pontapé e disse um palavrão
Mas porque é que eu estou aqui?
Vou mas é p'ra casa por-me a estudar
Ela nem olha p'ra mim
Ou então finge não olhar
Estou na Lua
Não me chateies que eu agora estou na Lua
E em breve vou chegar ao céu
Onde tu estás toda nua só com o véu.»
Parte da letra de "Estou na Lua" de "Os Lunáticos", antiga banda pop portuguesa.

Avião da BA ontem em aproximação à pista no aeroporto de Heathrow, Londres.
Foto: Reuters
  

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Mutilado de guerra


Uma guerra nunca traz nada de bom. Tem, por norma, efeitos devastadores nos mais fracos.
Apesar da sua corpulência o elefante é um animal fraco no meio de um conflito bélico entre homens. Tem as mesmas probabilidades de sobrevivência que uma criança.
A foto que aqui publicamos é um pequeno exemplo disso; trata-se do elefante Motola que foi vítima de uma mina anti-pessoal de uma guerra entre minorias étnicas e o exército de Myanmar que remonta décadas.

Foto: Athit Perawongmetha | Reuters


quarta-feira, 6 de julho de 2016

Levitação


Já vi – com estes que a terra há-de comer – pessoas a levitar.
- Foi em palco?
- Sim.
- Foi num programa de magia?
- Sim.
Na foto que aqui apresentamos podemos ver a levitação da duquesa de Cambridge, Kate Middleton, na passada sexta-feira, 1 de julho, nas cerimónias do 100º aniversário do início da batalha de Somme.
É, obviamente, uma ilusão ótica.
É assim a magia!



Foto: AP
  

Gosto entornado


Confesso que não tenho qualquer paixão por tornados. “Não gosto de ser sequestrado! É uma coisa que me chateia!” célebre frase de Pinheiro de Azevedo, na altura primeiro-ministro de Portugal. É assim que me sinto – não como primeira-ministra, graças a Deus! – mas sequestrada sempre que por aqui (S. Marcos, USA) há tornados. E não são poucos ao longo do ano…
A menina da foto, Elisabeth Brentano, posou para a foto perante a aproximação de um tornado no passado dia 24 de maio quando 8 (oito!) iguais ou semelhantes a este atingiram Dodge City no Kansas.
Não sei se lhe chame coragem se outra coisa. Creio que outra coisa é mais apropriado.
 
Foto: Mike Mezeul II | Caters News

 

domingo, 3 de julho de 2016

Bendita sejas tu… Entre os homens


Há mulheres assim, como que do outro mundo.
Invejo-as, eu não sou assim. Nunca fui.
Idade, 29 anos, mãe solteira de uma criança de três anos. Mineira.
Ser mãe solteira, nos dias que correm, já é uma tarefa bem pesada, demasiado árdua. Juntar a este estado a profissão de mineira (não de superfície, tipo lavadaria ou outro, mas lá nas profundezas onde poucos ousam ir) é, para mim, do outro mundo! Sinto um enorme orgulho nesta Mulher!
Prontuário de Gerúndios, assim se chama a coluna do Diário do Alentejo que esta semana trouxe, para conhecimento de todos nós, a ousadia desta Mulher, Lídia Gamito de seu nome.
Um pequeno excerto do artigo do DA:
«“Temos de estar sempre atentos aos barulhos”. Aos rumores das máquinas e às próprias contorções da terra. As minas também falam. Entender o que dizem pode fazer toda a diferença. Quanto ao resto, “entregamo-nos todos os dias nos braços de Santa Bárbara”. Principalmente eles, os jumbistas, os operadores dos poderosos engenhos mecânicos que revolvem o subsolo em busca de riquezas minerais. Na mina de Aljustrel quem disser “eles” terá que acrescentar “ela” (…) “É um mundo de homens, uma mulher até parece que está lá infiltrada”.»
Foto: Rui Cambraia | DA
   

sábado, 2 de julho de 2016

A canzoada


 Cão que ladra não morde, diz-se e com pouca razão. Andam por aí matilhas a ladrar com o único objetivo de nos desviar do caminho que queremos e a obrigarem-nos a optar por atalhos. É para isso que os açodam e, como ovelhas bem comportadas ou por medo, nós obedecemos.
Sobre este tema escreve Paulo Barriga no editorial do Diário do Alentejo de ontem.
Um pequeno excerto, com a devida vénia:
«Os jornais, as rádios e as televisões, pressionados como nunca dantes pelas audiências, vivem hoje do imediato, do direto, da ligeireza, da entretenga, do agora. A informação que hoje se reproduz, fragmentada e sem qualquer tipo de enquadramento, não passa de um osso sem carne que é abundante e repetidamente remastigado pelos diferentes membros da alcateia mediática. Cujos machos alfa, esganados, se perpetuam a todo o custo no topo da hierarquia. Nos últimos tempos tem-se assistido a um bailo que tem tanto de degradante como de revelador do estado pré-revolucionário em que persiste a imprensa pátria. Diretores de diferentes órgãos de comunicação social têm permutado de lugar, exclusivamente entre si, numa valsinha tão promíscua quanto perigosa para o que ainda resta de dignidade na imprensa portuguesa. E enquanto os líderes da canzoada vão trocando de cadeiras e disseminando a cartilha dos seus donos (sim, há outros donos disto tudo), as redações jornalísticas vão ficando reduzidas a estagiários, à precariedade laboral, à mansidão, ao silêncio. E ao medo. Que é uma bela denominação para dar hoje àquilo a que Salazar chamou censura e Caetano, até ao 25 de Abril, exame prévio.»
Foto: Imagem retirada do filme húngaro “Feher Isten” (Deus Branco)