sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Um violino não sei onde


O editorial desta semana de Paulo Barriga no Diário do Alentejo é sobre uma ‘provocação’ do jornal Washington Post (WP). Propôs este jornal americano que um virtuoso intérprete de violino fosse tocar, anonimamente, numa estação de metro da capital dos EUA em plena hora de ponta. Resultado, como seria de esperar, apenas 7 (sete) pessoas se detiveram vagamente para ouvir a sua récita. Récita, que não rendeu mais que uns míseros 32 dólares. Dez dias depois, esse mesmo violinista atuou em Boston com lotação esgotada e bilhetes a mais de 100 dólares.
Serviu esta “provocação”, segundo os editores do WP, para perceber “se somos ou não capazes de reconhecer a beleza das coisas em ambientes aparentemente incomuns e a horas supostamente inapropriadas ou se conseguimos identificar o verdadeiro talento em contextos inesperados”. E, remata Paulo Barriga, “Se não temos vagar para apreciar a interpretação de alguns dos mais belos trechos musicais alguma vez concebidos pelas mãos de um dos melhores músicos da atualidade, imagine-se a quantidade de coisas verdadeiramente extraordinárias que todos os dias nos passam ao lado sem que delas sequer nos apercebamos”.
São efetivamente muitas as coisas que nos passam ao lado, que não vemos ou fechamos os olhos para as não ver.
Quando estamos em grupo (quer de amigos, quer de desconhecidos) o nosso comportamento altera-se radicalmente e agimos, por norma (ou anormalmente!), sem raciocinar. É o que em psicologia se chama ‘efeito manada’.
E, por favor, ninguém atire pedras, porque telhado de vidro todos temos…

 

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Semear ventos


Todos sabemos que quem os semeia colhe tempestades.
Há quem tenha fascínio por trovoadas, outros há por dias calmos. Donald Trump adora tempestades (quanto maiores, melhor), é uma tara que tem.
Dispenso-me a outros comentários e aqui Vos deixo os cartoons publicados hoje no The Times e no The Guardian.