sábado, 26 de março de 2016

A paz esteja convosco!


Com o devido respeito, transcrevemos a mensagem pascal dos Bispos de Beja D. António Vitalino e D. João Marcos, publicada hoje na página da Diocese de Beja.

«Desejamos a todos uma vivência intensa da Páscoa.
O Senhor vos abençoe e vos dê a Sua paz e a Sua alegria!
Rezai por nós.

Queridos irmãos e irmãs:
Regressado da morte e trazendo no seu corpo as chagas gloriosas, Jesus saúda os discípulos com palavras habituais entre os judeus mas que neste momento alcançam a plenitude do seu significado e da sua eficácia: “a paz esteja convosco!” Com esta saudação entrega-lhes o precioso fruto da Sua Páscoa: a paz e a alegria do perdão e da reconciliação com o Pai que têm o poder de nos recriar, de fazer de nós criaturas novas. E envia-os pelo mundo inteiro com o poder de anunciar e de dar esse mesmo perdão a todos aqueles que acreditarem no Evangelho: “assim como o Pai Me enviou também Eu vos envio a vós”. Dito isto soprou sobre eles e disse-lhes: “Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos”. (Jo.20,21-23)
Libertar as pessoas da escravidão do pecado e do medo, esta é a missão da Igreja em todos os tempos e lugares, esta é hoje a nossa missão e a maior obra de misericórdia que devemos praticar: anunciar a vitória de Cristo sobre a morte e ajudar as pessoas a encontrar-se com Ele para que recebam o perdão dos seus pecados, tenham Vida em seu nome e possam cantar connosco: é eterna a sua misericórdia!»
D. António Vitalino Dantas
D. João Marcos

  

sexta-feira, 25 de março de 2016

Quintos, na rota do Guadiana


No passado sábado 19 a Câmara Municipal de Beja fez a apresentação na Casa do Povo de Quintos de um novo percurso pedestre homologado “Azenhas e Fortins do Guadiana”.
São 7 quilómetros junto à margem direita do rio Guadiana, numa paisagem entrecortada pelo seco e o exuberante, onde o rio, umas vezes fino e lento, outras muito rápido e largo, faz grandes barragens naturais, as bacias hidrográficas, salpicadas por azenhas e fortins que outrora vigiavam as fronteiras com Espanha.
O Percurso
Começa-se no Largo da Ponte, em Quintos, e segue-se para leste, junto ao ribeiro, pela rua que se torna em caminho rural. Tomar a direcção do Monte da Gravia dos Pisões onde se vira à direita junto à fonte. Eis que estamos em pleno terreno fértil, onde o regadio impera graças à chegada por via subterrânea das águas do lago Alqueva. Cerca de mil e duzentos metros à frente, fazer uma viragem apertada à esquerda, atravessam-se as ruínas do que já foi o importante Monte da Gravia do Meio, após o qual se inicia descida do barranco da Gravia para cruzar a sua linha de água que, em alturas de chuvas, implica atravessar a vau. Sobe-se a vertente sul do barranco passando ao lado do Monte do Telheirinho para virar à esquerda e seguir pela estrada municipal 1067 pouco mais de dois quilómetros, onde se vai de novo virar à esquerda em direcção à azenha do Vau, junto ao Rio Guadiana, que está a cerca de quilómetro e meio. Neste caminho, à direita, encontra-se a fonte do Vau de Baixo. Visitar a azenha, esta e outras, com extremo cuidado para não escorregar ou cair ao rio. Volta-se ao caminho para seguir rio acima, encontrando junto a este o Forte do Vau ou de D. Isabel, uma curiosa construção defensiva, sem portas nem janelas, que serviu de controlo à travessia que aqui acontecia de barca. Um pouco mais à frente encontra-se a azenha de Quilos, segue-se rio acima (atravessa-se o barranco da Gravia, que, em alturas de chuvas intensas, é difícil passar a pé) até avistar a azenha dos Machados, virando antes desta para uma longa subida em direcção ao Monte da Gravia dos Pisões. A partir daqui fazer o mesmo troço inicial até ao local de partida.
Ficha Técnica
Nome do percurso: Azenhas e Fortins do Guadiana
Freguesia: Quintos (atual União freguesias Salvada e Quintos)
Localização geográfica: Quintos | Beja | N37°57'46" W07°42'21"
De Beja para Quintos seguir pela EM 511, virar à esquerda para EM 513 e novamente à esquerda pela EN 391, passar a ponte e entrar na povoação, estacionando logo à direita, onde pode avistar o Painel Informativo do percurso.
Tipo de percurso: Circular
Distância: 14,8 km
Duração aproximada: 4 a 5h
Tipo de piso: Caminhos naturais e rurais
Desníveis: Subida longa
Grau de dificuldade: Algo difícil
Piso: Terra batida
Ponto de partida e ponto de chegada: Quintos, aldeia
Onde estacionar: Na entrada da aldeia, à direita



terça-feira, 22 de março de 2016

Horror


Terror!
Horror!
Sinto-me sem palavras perante o cenário que as televisões transmitiram.
Bruxelas, cidade multicultural onde trabalhei várias vezes, viveu hoje momentos de terror.
É triste, arrepiante até, ver inocentes pagar por erros cometidos por quem nunca é apanhado num atentado ou numa explosão.
Até quando?

 


domingo, 20 de março de 2016

Je suis Labrego



O editorial do “Diário do Alentejo” desta semana, escrito, como é hábito, pelo seu Diretor Paulo Barriga, tem o título Labregos.
Sem entrar na campo da etimologia, digo-lhe, caro leitor, que também sou Labrego e com muito orgulho!
Mais, subscrevo na íntegra o que Paulo Barriga escreveu!
Um pequeno excerto do editorial que poderá ler na sua totalidade aqui.
«Labregos
(…) Sou freguês de uma aldeia ao redor de Beja, mas pago impostos como paga o patrício da freguesia do Parque das Nações. Pelo que não me parece nada equitativo, fundado e até legítimo que o companheiro de Lisboa desfrute de meia-dúzia de hospitais à escolha carregadinhos de médicos até aos sótãos e, às minhas filhas, nem sequer lhes seja distribuído um simples médico de família. Alabregado, como já o disse, pensava eu que havia falta de médicos em Portugal. Mas não. Não há. Há é falta de médicos no Serviço Nacional de Saúde. O setor privado está muito bem e recomenda-se. E até estamos a exportar boa matéria-prima para os países ricos do norte europeu. A abundância de médicos em Portugal é de tal ordem que, esta semana, a Associação Nacional de Estudantes de Medicina, veio reclamar ao Governo uma redução no número de alunos que anualmente tem acesso à universidade. Dizem que os estudantes e os médicos nas grandes cidades são tantos que até encalham uns nos outros em certas aulas práticas. A imagem até seria cómica, não fosse tão triste o cenário. Há gente neste País que morre por falta de assistência médica e estes lorpas a quem pagamos o curso (meio milhão de euros entre formação básica e especialidade), que estudam nas universidades públicas e que se formam em hospitais do Serviço Nacional de Saúde, sempre às nossas tenças, ainda têm a lata e o despudor de vir fazer exigências cretinas.»




quinta-feira, 17 de março de 2016

A falta de decoro

 
Um político não é um cidadão qualquer.
É - ou deveria ser - um exemplo de decoro.
Não basta ser sério, tem obrigação de parecer sério.
Este circo político-mediático a que Lula da Silva se pôs a jeito é triste, muito triste.
O Povo brasileiro merecia - e merece! - mais respeito.



sábado, 12 de março de 2016

Paz à sua alma


 
O “Livro do Desassossego” é uma obra prima de Fernando Pessoa. No entanto, há quem não goste da obra, o que é legítimo.
O livro “Alentejo Prometido” não é obra prima (dizem que é madrasta...). No entanto, há quem goste, o que é legítimo.
Escreve Alberto Franco no Diário do Alentejo de ontem que Henrique Raposo, autor do livro “Alentejo Prometido”, afirmou «Ao enviuvarem, “os alentejanos entram num infernal mundo novo, descobrem que não conseguem fazer nada sozinhos, nem cozer um ovo, e descobrem sobretudo que não confiam em ninguém no que toca à higiene pessoal, o maior melindre das pessoas idosas. Nem confiam nos filhos ou filhas para essa tarefa.».
Este Raposo tem um trauma qualquer que lhe provoca estes dislates.
Não me vou pronunciar sobre um livro que não li.
Não me irei pronunciar sobre um livro que jamais irei ler.
Ao Henrique Raposo desejo, do fundo do coração, paz à sua alma.

Foto: Observador
 

sábado, 5 de março de 2016

Nada a acrescentar


É isso mesmo, nada tenho a acrescentar àquilo que Vítor Encarnação escreve na sua crónica “nada mais havendo a acrescentar…” (que transcrevo e subscrevo) no Diário do Alentejo desta semana.
«O sol quando nasce é para mim.
Há pessoas que se acham o sol, dizia o homem sentado numa cadeira da esplanada. Há pessoas que entendem ser uma espécie de escolhidos para comandarem todos aqueles que os rodeiam. Pensam que foram enviados por um poder maior para reinarem sobre os seus súbditos, esses homens e mulheres comuns, esses pacóvios que têm a mania que podem ter opiniões diferentes das suas. Quem não é por mim é contra mim, gritam junto dos seus pajens e dos seus lacaios. São seres predestinados, mentes iluminadas, donos das verdades absolutas e caminham sobre as andas da sua altivez e da sua sede de vingança. Espalham o medo, gritam autoridade, arvoram-se em justiceiros. Medem a condição do mundo pela dimensão do seu egoísmo. Desde que elas estejam bem, o mundo pode cair, os princípios podem perecer, a moral pode ir dar uma volta, a memória pode prescrever. Eu. Eu. Eu. E depois de mim, eu. E os meus e os que me defendem. Espelho meu, espelho meu há alguém com mais direitos do que eu? Pois é meus amigos e colegas de esplanada, vocês não têm idade para saber que era gente desta que suportava a ditadura e tinha rédea solta para humilhar e para amedrontar, era gente desta que matava a dignidade. Tenham cuidado, eles andam por aí e não são poucos.»
Vítor Encarnação in DA 1767 de 04-03-2016

terça-feira, 1 de março de 2016

Carta ao meu filho…


Na revista Start&Go de janeiro-fevereiro publica Sara Cardoso a sua crónica habitual, desta feita intitulada “Carta ao meu filho...” que transcrevo e subscrevo.

«Carta ao meu filho…
Filho, não sei como escrever o sentimento que nutro por ti desde o momento em que o teu coração começou a bater em sintonia com o meu, dentro do meu ventre. AMOR é uma palavra muito pequena para descrever o que sinto.
Chega a ser aterradora esta emoção que não cabe dentro de nós e que cresce a cada dia que passa. É bom de mais ser Mãe… mas é, sem dúvida, o maior desafio que a vida nos coloca. Ser responsável por ti é uma dádiva, é acreditar que podemos fazer a diferença no Mundo, tornando-te num Bom Homem. Por isso, prometo:
Estar disponível para te ouvir e dar atenção, mesmo quando a tua voz não se manifestar e apenas os olhos falarem.
Ter os braços sempre abertos, para te abraçar e dar carinho. Serei o teu porto de abrigo, onde encontrarás a paz e a compreensão.
Ser firme e impor limites, mesmo que te sintas frustrado e que exija de mim muita paciência e persistência.
Cumprir as minhas promessas, para que possas confiar em mim, e ver-me como um ombro amigo e conselheiro.
Aceitar as tuas escolhas, por mais que elas me façam sofrer. Serei capaz de ouvir os teus argumentos sem te julgar.
Ser justa, mesmo que isso implique não estar do teu lado, e te faça assumir a responsabilidade dos teus atos.
Dizer sempre a verdade, mesmo que esta te faça sofrer ou me prejudique. A confiança é a base de qualquer relação.
Agir em conformidade com o que acredito porque aprenderás mais com as minhas ações do que com as minhas palavras.
Tentar responder a todas as tuas perguntas. Quando não souber a resposta, espero ter a humildade para te dizer que não sei e juntos iremos encontrar a solução.
Estar presente para festejar as vitórias e para te amparar nas derrotas. Quando venceres, vais sentir o quanto é bom ganhar, no entanto, serão as desilusões que te tornarão mais forte e resiliente.
Elogiar e criticar com bom senso. Irei focar-me no que é verdadeiramente fundamental, a tua felicidade.
Respeitar a tua individualidade e aceitar o teu temperamento. Amar-te-ei tal como és. Falhar, porque uma Mãe que educa erra. Acredita que darei sempre o meu melhor, e tentarei não fracassar novamente, porque tu és o melhor de mim.
Com todo o meu Amor e Dedicação.»
Sara de Sousa Cardoso
Supervisora Pedagógica da Escola de Pais
Start&Go JAN | FEV2016