quinta-feira, 30 de abril de 2009

A Luta tem que continuar!

Amanhã é o dia de Todos os Trabalhadores. Infelizmente cada vez são menos a festejar esta data. O número de desempregados não pára de aumentar e a precariedade do emprego tornou-se o pão nosso de cada dia. Este 1º de Maio não vai ser um dia de festa. Vai ser um dia de luto e, acima de tudo, um dia de Luta! Há que lutar pela defesa do direito ao trabalho. Especialmente nós – as mulheres – que continuamos a ser as primeiras a sofrer na pele os custos desta crise. É a mulher a primeira a ser dispensada do emprego. É a mulher que tem que “reinventar” o orçamento familiar com a redução de entrada de capital. É ainda à mulher que cabe a tarefa de manter a alegria e harmonia do lar. Não é fácil. Não é fácil manter os filhos naquele colégio que nós não tivemos; não é fácil dar aos filhos a alimentação rica e saudável que todas ambicionamos dar; não é fácil assistirmos impotentes ao triste e silencioso deambular pela casa do pai dos nossos filhos a quem o patrão despediu e lhe ficou com seis meses de vencimento. Neste quadro, em que todos os nossos sonhos se desmoronam como castelos de cartas, manter em casa um ambiente feliz, não é fácil ... não é mesmo nada fácil.

A Luta tem que continuar!

Amanhã é o dia de Todos os Trabalhadores. Infelizmente cada vez são menos a festejar esta data. O número de desempregados não pára de aumentar e a precariedade do emprego tornou-se o pão nosso de cada dia. Este 1º de Maio não vai ser um dia de festa. Vai ser um dia de luto e, acima de tudo, um dia de Luta! Há que lutar pela defesa do direito ao trabalho. Especialmente nós – as mulheres – que continuamos a ser as primeiras a sofrer na pele os custos desta crise. É a mulher a primeira a ser dispensada do emprego. É a mulher que tem que “reinventar” o orçamento familiar com a redução de entrada de capital. É ainda à mulher que cabe a tarefa de manter a alegria e harmonia do lar. Não é fácil. Não é fácil manter os filhos naquele colégio que nós não tivemos; não é fácil dar aos filhos a alimentação rica e saudável que todas ambicionamos dar; não é fácil assistirmos impotentes ao triste e silencioso deambular pela casa dos pais dos nossos filhos a quem o patrão despediu e lhe ficou com seis meses de vencimento. Neste quadro, em que todos os nossos sonhos se desmoronam como castelos de cartas, manter em casa um ambiente feliz, não é fácil ... não é mesmo nada fácil.

sábado, 25 de abril de 2009

A Licitude do Roubo

Enriquecer ilicitamente não é crime. Quanto muito, se for descoberto, pagará ao Estado um imposto sobre o roubo (ou aquilo que lhe queiram chamar) que poderá atingir os 60%.
Significa isto que manterá em seu poder 40% do valor inicialmente adquirido.
Eu gostava que alguém me explicasse como é que se vai determinar enriquecimento ilícito. E quem é que vai determinar que estamos perante um caso de enriquecimento ilícito. Os tribunais – já todos sabemos – não são. O PS anda com um medo algo incompreensível dos tribunais, parece-me que anda a precisar de uma terapia psicanalítica.
Ao recusar a criminalização do enriquecimento ilícito podemos dizer que a montanha pariu um rato. E argumentar que “se inverte o ónus da prova” ou “não estar disponível para suspender a democracia” é uma maneira infeliz de o Partido Socialista ver a questão. Se o enriquecimento não se deveu a um acto criminoso não pode ser taxado como se de um enriquecimento ilícito se tratasse, porque aí estaríamos perante uma ilegalidade. Não se pode taxar um contribuinte com base no palpite (palpita-me que este é ilícito …) porque nesse caso entrar-se-ia numa verdadeira guerra fiscal e jurídica.
O caricato: os irmãos Metralha assaltam o banco do Tio Patinhas. Não interessa que os Metralhas confessem o assalto (aí todo o dinheiro seria devolvido ao Tio Patinhas) o que interessa é que os Metralhas entreguem ao fisco 60% do roubo. Enfim …

A Virtude das Eleições

Foi com enorme satisfação que tive conhecimento da decisão do governo de isentar os reformados com menores recursos dos custos com medicamentos genéricos.
Como cidadã e como médica acho esta decisão, do ponto de vista social correcta, no entanto – como afirma a Apifarma – poderia ser extensível aos medicamentos para patologias que ainda não dispõem de genéricos; do ponto de vista temporal acho-a estrategicamente anunciada (eleições à porta, desgaste elevadíssimo do executivo) e não só poderia como deveria ter sido anunciada e executada há muito mais tempo.
Só espero que os meus colegas (eu estou na área da investigação) prescrevam, sempre que possível, medicamentos genéricos.
Esta decisão também pode ser vista como uma conquista de Abril, mas com 35 anos de atraso.

domingo, 19 de abril de 2009

O Lucro e a Igreja Católica

Há dias dizia D. José Policarpo que "não compreende as críticas às empresas que têm lucros elevados" e que "há uma dimensão social nos lucros das empresas e das pessoas".
Bom, confesso que se a notícia fosse do dia 01 de Abril conhecia o seu objectivo: a mentira; mas infelizmente a notícia está datada de 17 de Abril.
Não me vou pronunciar - agora - sobre os elevados lucros da Igreja Católica e muito menos sobre a forma ou fórmula como os obtém.
Não consigo vislumbrar a dimensão social dos escandalosos (e por vezes fraudulentos) lucros da banca, das petrolíferas (ex. Galp), das seguradoras, etc.
Sempre vi D. José Policarpo não apenas como homem de fé mas também como homem de causas - especialmente a causa daqueles que nada têm a não ser dignidade.
Com esta defesa e "branqueamento" do Capital que sem escrúpulos enriquece mais a cada segundo que passa, D. José Policarpo manchou a imagem que dele tinha. Infelizmente ...

sexta-feira, 10 de abril de 2009

A Paixão de Todos Nós

Hoje celebra-se a morte de Cristo.
Há cerca de dois milénios Cristo morreu na cruz para nos salvar.
Parece que foi uma morte em vão. Nestes últimos dois mil anos o Homem pouco ou nada fez para merecer tamanho sacrifício.
Ao longo deste tempo tudo tem feito para, aos olhos de Deus, só merecer críticas.
No próximo Domingo - dia de Páscoa - celebra-se o dia mais importante da Igreja Católica, a Ressurreição de Jesus Cristo. Meditemos todos um pouco e recomecemos uma vida nova, já não digo isenta de pecado, mas uma vida sem olharmos única e excusivamente para o nosso umbigo.
Há mais vida, e acima de tudo há mais necessitados, que apenas a nossa família e amigos.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

O Nosso Receituário

Recordo-me, já lá vão uns anitos, da pompa com que foi anunciado a adesão de Portugal ao medicamento genérico.
Até parecia que nós tínhamos descoberto o princípio activo da receita médica. Não vou entrar na questão médica - deixo isso para os entendidos na matéria (a minha amiga Deolinda V, por exemplo), mas parece-me que um medicamento genérico é (nada é igual a não ser a si próprio!) muito semelhante ao medicamento de marca, excepto no preço!
Obviamente que não há lobby, não há interesses camuflados, não há pressões (onde é que eu já li isto?!).
Posto isto, porque é que o governo não se preocupa com esta causa, eu não digo com as FORTUNAS que os desgraçados dos pensionistas gastam em medicamentos - isso pouco deve interessar ao governo da Nação - mas será que o governo não se preocupa com os valores que gasta na comparticipação desses medicamentos?
Quando um genérico é autorizado a ser comercializado em Portugal, ele cumpre ou não todas as normas que são exigidas a um medicamento? Eu penso que sim, caso contrário o que andaria cá a fazer o Infarmed.
Se tudo isto é verdade, por que carga de água é que o médico se tem que pronunciar se o medicamento Y tem que ser do laboratório X? Porque não fica o critério à responsabilidade do doente, podendo o seu farmacêutico aconselhá-lo?
Ah, isso NUNCA!! Um é ignorante, o outro é ... suspeito ...
E o médico que proíbe o doente de comprar genérico É O QUÊ??
Responda quem souber ...

segunda-feira, 6 de abril de 2009

O Sino da Minha Paróquia



Há anos que o Sr. José Rosa Costa, diácono da paróquia de Quintos, mensalmente me faz chegar o último número do nosso Boletim.
Já lhe expressei pessoalmente o meu bem haja, mas quero aqui e agora fazê-lo publicamente: Obrigada Sr. Diácono José Costa!
Como católica apostólica romana e praticante é para mim um prazer imenso ler o nosso Boletim; mas creio que mesmo que o não fosse, lê-lo-ia com igual prazer.
Com a devida vénia ao Boletim Paroquial de Quintos, transcrevo, do último número, o seguinte texto:
“Precede-vos na Galileia
Neste tempo pascal, temos certamente dificuldade em ver Cristo ressuscitado, pois a Sua presença é visível apenas aos olhos da fé. Mas Ele está vivo no nosso quotidiano.
Ao entrarem no túmulo, as mulheres viram um jovem sentado, vestido com uma túnica branca e ficaram assustadas.
O jovem disse-lhes:
«Não vos assusteis. Buscais a Jesus de Nazaré, o crucificado? Ressuscitou! Não está aqui. Ide dizer aos Seus discípulos: 'Ele precede-vos a caminho da Galileia; lá O vereis'».
(Cf Marcos 16,6-7)
Está no quotidiano
Porque é que Jesus Ressuscitado diz para O procurarem na Galileia? Porque esse território ao Norte da Palestina era o lugar onde decorria o quotidiano dos discípulos de Jesus.
Era aí, na cidade de Cafarnaum, que Pedro tinha a sua casa e os seus familiares.
Era aí, no Lago de Tiberíades, que os discípulos de Jesus trabalhavam na faina dura da pesca.
Era aí, nesses campos, que semeavam e colhiam o dourado trigo.
Era aí, sob o céu azul da Galileia que decorria o seu quotidiano feito de alegrias e tristezas, angústias e esperanças.
Por isso, também a nós, hoje, Cristo ressuscitado nos convida a encontrá-Lo na nossa Galileia, isto é, no nosso quotidiano: na vida familiar, no trabalho de cada dia, nos caminhos da nossa terra.
Antes de pensarmos n'Ele e na Sua presença, já Ele está presente. É sempre o primeiro a chegar. Ele precede-nos na nossa Galileia."

sábado, 4 de abril de 2009

Brincar aos Comboios

Daqui a alguns anos já poderemos ir até Madrid em comboio de alta velocidade, ou TGV se preferirem.
Até hoje, ainda ninguém foi capaz de explicar para que servirá tamanho colosso (refiro-me aos milhares de milhões de euros envolvidos sem contar com as célebres derrapagens ...).
Os responsáveis pelo projecto TGV português já afirmaram - para evitar dissabores futuros - que a alta velocidade portuguesa jamais irá ser lucrativa. O número de passageiros a transportar será seguramente ridículo. Quem quer chegar a Madrid de forma rápida, económica e segura, não utiliza um TGV ou AVE, mas sim um avião.
Há cerca de 20 anos (1989) a CP encerrou o Ramal de Moura porque não era economicamente rentável. Acredito que o não era, mas será este TGV menos "não rentável" que o Ramal de Moura? O Ramal de Moura serviu e muito as populações de Moura, Pias, Quintos, Neves e Vila Azedo. O TGV jamais servirá as populações onde passará porque não é essa a sua função.
A sua função é outra. Completamente diferente ...

sexta-feira, 3 de abril de 2009

(Im) Pressões

Existem pressões para encerrar processos judiciais incómodos. Existem pressões para não receitar genéricos. Existem pressões para não se participar em greves e/ou manisfestações (sempre incómodas). A lista infelizmente não fica por aqui.
Não sei se é impressão minha, mas com tantas pressões estamos a ficar todos demasiados comprimidos. Ou será oprimidos?!