sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O Post do Mês de Dezembro

 
Sempre me senti fascinada pela diplomacia.
Sempre olhei para a diplomacia não como uma carreira profissional ou uma arte, mas um dom.
Ser bom diplomata não se aprende, nasce com a pessoa. Posso estar errada, mas é isso que penso.
Para ilustrar este meu pensamento deixo aqui um post do senhor Embaixador Francisco Seixas da Costa, embaixador português em Paris, que elegi como o melhor deste mês.
Acontecimento real ou não, é uma lição de diplomacia.

A colher

O diplomata ia a sair do jantar, em casa de um amigo, no posto onde estava colocado. Já perto da porta, o empregado da casa, que ele conhecia de há muito, revelou-lhe a sua indignação: tinha acabado de ver um determinado convidado meter ao bolso uma colher de prata do serviço de café. Valia a pena dizer ao patrão, com o risco de ir criar um escândalo?
Não, não valia a pena, aconselhou o diplomata. E, para surpresa do empregado, pediu-lhe uma colher idêntica, meteu-a no bolso do casaco e regressou à sala, onde a festa ainda ia animada.
A certo passo, aproximou-se do indivíduo que surripiara a colher e, em tom de cumplicidade, disse-lhe, mostrando discretamente a colher que acabara de meter ao bolso: "Meu caro, dizem-me que "eles" já sabem que fomos nós quem sacou as duas colheres que faltam. Vou pôr a "minha" discretamente naquela mesa ao fundo. Quer lá pôr a "sua" também?".

Postado por Francisco Seixas da Costa em 25/12/2010 in 2 ou 3 coisas
 

domingo, 26 de dezembro de 2010

Paz ao Mundo

 
A Virgem concebeu pela Palavra de Deus e, permanecendo Virgem, deu à luz o Rei dos reis.
Alegrai-vos com Jerusalém: o Senhor faz correr para ela rios de paz.
No princípio era o Verbo, Deus de Deus, Luz da Luz. Na plenitude dos tempos, Ele nasceu para nós em Belém.
Adoremos a Cristo, que Se aniquilou a Si próprio tomando a forma de servo e foi provado em tudo como nós, menos no pecado, e peçamos com alegre confiança:
Pelo vosso nascimento, salvai-nos, Senhor.
Vós que viestes ao mundo para inaugurar o novo tempo anunciado pelo Profetas,
— renovai a vossa Igreja de geração em geração.
Vós que assumistes a fragilidade da natureza humana,
— sede a luz dos cegos, a fortaleza dos fracos e o conforto dos infelizes.
Vós que nascestes pobre e humilde,
— olhai com bondade os pobres e socorrei-os nas suas necessidades.
Vós que, nascendo em Belém, alegrastes os homens com a promessa da vida eterna,
— confortai os moribundos com a esperança da alegria celeste.
Vós que descestes à terra para que todos os homens pudessem subir ao Céu,
— recebei os fiéis defuntos na vossa glória.
Muitas vezes e de muitos modos falou Deus antigamente aos nossos pais pelos Profetas. Nestes dias, que são os últimos, falou-nos por seu Filho, a quem fez herdeiro de todas as coisas e pelo qual criou o universo.
A Virgem fiel deu à luz o Verbo de Deus feito carne e permaneceu sempre virgem. Por isso exaltamos a sua glória, dizendo: Bendita sois Vós entre as mulheres.
Aclamemos com alegria a Cristo nosso Salvador, em cujo nascimento os Anjos anunciaram a paz à terra, e supliquemos cheios de confiança:
Pelo vosso nascimento, dai a Paz ao Mundo.

Com esta mensagem chega ao fim esta publicação semanal que vinha mantendo neste blogue. Continuarei, por convite do Dr. Luís Tavares, a colaborar neste blogue, mas de outra forma.
Um bom ano a todos.
 

O Desespero

  
O que leva um homem (ou mulher) a cometer um acto como Adrian Sobaru.
É o desespero.
É a falta de horizonte, porque lho tiraram.
Adrian Sobaru, Roménia
Quando o direito à dignidade é roubado há que estar preparado para as consequências.
E os políticos não estão.
Roubam tudo aos que menos têm. Sabiamente. Um pouco aqui, outro ali, depois outro...Os lesados vão engolindo em seco... Até um dia. Um dia em que a tampa salta. Nessa altura recorrem a todos os meios drásticos que, em abono da verdade se diga, nada resolvem. Uns matam-se, outros matam. E aí apelidam-nos de loucos, comunistas, antipatriotas, etc...
Outros há, menos radicais mas não menos sofridos que optam pelo choro, baixinho como se envergonhado. Enquanto outros (cada vez em maior número), mesmo sem tampa resignam-se, acomodam-se sob um sorrisinho manhoso dos que governam...

«Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem.» Bertolt Brecht.

Com esta mensagem dou por terminada a minha participação na blogosfera. Foi um prazer estar convosco.
 

sábado, 25 de dezembro de 2010

Natal noutras Latitudes

 
Parece que o mundo gira ao contrário.



Durban, RSA, 23/12/2010
Quando olhamos para imagens como esta (Durban, RSA), nós – habitantes do hemisfério norte – ficamos com uma sensação estranha.
É uma imagem surreal.

Para nós, natal é frio, é neve, é chuva.



 Divnogorsk, Rússia, 23/12/2010
 
Calor e praia nunca.


Para um europeu ou norte americano o natal está mais ligado à outra imagem (Divnogorsk, Rússia), apesar de para um português ser algo demasiado radical.
 


domingo, 19 de dezembro de 2010

Justiça Social

 
Nesta quadra que atravessamos costumamos ser caridosos com o nosso semelhante. Dar uma esmola a um pedinte levanta-nos a moral. Faz-nos bem ao ego.

À procura de algo que se coma num camião de lixo.
Hebron, 15/12/2010
 O resto do ano... bom, vamos lá a ver, não somos propriamente a Santa Casa e temos mais que fazer.
Há pessoas – muitas – que vão à Igreja confessar os seus pecados. O padre ouve a confissão, enaltece o arrependimento e perdoa o pecado. Só que, mal sai da Igreja, volta a pecar como se não houvesse amanhã! (conheço «cristãos» destes).
Esquecem-se que Deus não os perdoou. Nem pode. Quem vive em pecado e para o pecado não pode esperar o perdão Divino.
Não é dando uns cêntimos ao pedinte ou mostrando arrependimento no confessionário que nos faz boas pessoas, pessoas cristãs.
Árvore de natal com 43 metros de altura e jóias no valor de
11 milhões de USD. Abu Dhabi, 15/12/2010
Ser cristão é mais do que isso. Muito mais.
Praticar o Bem sem olhar a quem é algo que devemos fazer sempre e não apenas no dia em que o Rei faz anos.
O perdão – tal como dizemos à desculpa – não se pede, evita-se.
Vivemos uma época em que só o dinheiro interessa. Lucro e mais lucro. Não interessa como se obtém, o que interessa é tê-lo. Vive-se em pecado constante.
O egoísmo e a ganância leva-nos ao extremo de julgar que um arrependimento na hora da morte nos abre as portas do Céu.
Como se Deus tivesse memória curta...
 

Santo Natal

 
Hoje, caríssimos irmãos, nasceu o nosso Salvador. Alegremo-nos. Não pode haver tristeza no dia em que nasce a vida, uma vida que destrói o temor da morte e nos infunde a alegria da eternidade prometida.
Ninguém é excluído desta felicidade, porque é comum a todos os homens a causa desta alegria: Nosso Senhor, vencedor do pecado e da morte, não tendo encontrado ninguém isento de culpa, veio para nos libertar a todos. Alegre-se o santo, porque se aproxima a vitória; alegre-se o pecador, porque lhe é oferecido o perdão; anime-se o gentio, porque é chamado para a vida.
Ao chegar a plenitude dos tempos, segundo os insondáveis desígnios divinos, o Filho de Deus assumiu a natureza do género humano para a reconciliar com o seu Criador, de maneira que o demónio, autor da morte, fosse vencido pela mesma natureza que ele tinha vencido.
Por isso, quando nasce o Senhor, os Anjos cantam jubilosos: Glória a Deus nas alturas; e anunciam: Paz na terra aos homens por Ele amados. Eles vêem, com efeito, como se levanta a Jerusalém celeste, formada pelos povos de toda a terra. Perante esta obra inefável da misericórdia divina, como não há-de alegrar-se o mundo humilde dos homens, se ela provoca tão grande júbilo nos coros sublimes dos Anjos?
Caríssimos irmãos, dêmos graças a Deus Pai, por meio de seu Filho, no Espírito Santo, porque na sua infinita misericórdia nos amou e teve piedade de nós: estando nós mortos pelo pecado, fez-nos viver com Cristo, para que fôssemos n’Ele uma nova criatura, uma nova obra das suas mãos.
Deponhamos, portanto, o homem velho com suas más acções e, já que fomos admitidos a participar do nascimento de Cristo, renunciemos às obras da carne.
Reconhece, ó cristão, a tua dignidade. Uma vez constituído participante da natureza divina, não penses em voltar às antigas misérias com um comportamento indigno da tua geração. Lembra-te de que cabeça e de que corpo és membro. Não esqueças que foste libertado do poder das trevas e transferido para a luz do reino de Deus.
Pelo sacramento do Baptismo, foste transformado em templo do Espírito Santo. Não queiras expulsar com as tuas más acções tão digno hóspede, nem voltar a submeter-te à escravidão do demónio. O preço do teu resgate é o Sangue de Cristo.
Um santo Natal a todos são os meus votos.
 

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Pinto Coelho, CARLOS

 
Retirado daqui, com a devida vénia.

O CARLOS era um dos meus amigos. Foi meu chefe de Redacção na Informação2, quando dirigi a Informação do Segundo Canal autónomo da RTP, presidido pelo Fernando Lopes e que a AD desmantelou logo que chegou ao poder.
O Carlos foi um excelente jornalista, que eu conhecera no "velho" Diário de Notícias quando os jornais costumavam ter jornalistas de prestígio nas suas redacções.

Carlos Pinto Coelho, 1944-2010
Quando contribuí com alguns programas para a RTP, o Carlos era o melhor Director de Programas que a RTP tivera. Também no tempo em que havia directores de programas que conheciam a etimologia da palavra qualidade e o significado de Serviço Público, o Carlos foi o melhor director de programas duma estação de TV portuguesa, emparceirando com o Miguel Araújo e o Moniz.
Fiel à sua cultura, à sua experiência e ao seu gosto, criou um programa diário único no panorama do audiovisual português. Produzia-o, editava-o e apresentava-o com paixão quando este regime fez a filha de putice de o varrer prematuramente da RTP.
Visitei-o mais tarde na sua casa de Évora, por mais de uma vez. Vi-o ser condecorado e considerado pelo Governo Francês. Coincidimos em Nova York profissionalmente e divertimo-nos muito nos intervalos. E nunca deixámos de rir e de gostar das coisas que fazíamos, empurrados pela vida.
Carlos, o que te aconteceu agora, todos temos garantido. Não esperamos é por tal coisa tão cedo, Meu malandro, sempre cheio de pressas!
Acontece...

Joaquim Letria, 16-12-2010 in Sorumbático
 

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Feliz Natal!

 
Feliz a empresa que tem criativos desta envergadura!
Poderá, para alguns mentores parecer prosaico, mas em minha modesta opinião não é. Não é o supra-sumo da criatividade digital, mas atendendo à quadra que atravessamos é deslumbrante!
É cativante!
Este vídeo com 2' 58'' não é para promover Portugal. Mas prova que em Portugal a crise não atinge as ideias. Pelo menos de alguns...
Não deixe de ver este magnífico vídeo tipo “E se o Natal fosse hoje?”.
Eu vi e revi várias vezes.
E vou voltar a rever.
   

 

domingo, 12 de dezembro de 2010

Imaculada Conceição

 
Celebra-se a 08 de Dezembro o seu dia.
Apenas na passada 6ª feira me chegou às mãos “O Sino” - Boletim Paroquial de Quintos referente ao corrente mês. É dele que transcrevo o texto publicado na página 3.

Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria

O dogma da Imaculada Conceição foi proclamado pelo Papa Pio IX, no dia 8 de Dezembro de 1854. Mas desde há muito que se acreditava nesta verdade.
Portugal sempre teve particular devoção a Nossa Senhora da Conceição, documentada numa série de igrejas e monumentos. D. João IV, após a restauração da independência nacional, mandou cunhar moedas de ouro e prata, com o nome de «Conceição», e proclamou padroeira do reino Nossa Senhora da Conceição, em 1648. Desde ele, nunca mais os reis portugueses usaram coroa, porque rainha de Portugal só Nossa Senhora.
A Virgem Santa Maria, a eleita por Deus para ser a Mãe de Jesus, foi concebida sem pecado. Em Lourdes-França, numa das aparições a santa Bernardete, Nossa Senhora mostrou-se como sendo a Imaculada Conceição.
Orientados pela sua santidade e beleza, aproximamo-nos de Jesus no presépio, na Cruz e na Glória. Ele nos reenvia para ela: «Eis a tua Mãe» (Jo 19,26). Ela nos volta a reconduzir a Jesus: «Fazei o que Ele vos disser» (Jo 2,5).
Também nós fomos escolhidos «antes da criação do mundo, para sermos santos e imaculados diante de Deus».
Compete-nos, ensinados por Maria, agradecer, cantar louvores, adorar, acreditar que «para Deus nada é impossível».
Neste dia 8 de Dezembro, dedicado a Nossa Senhora da Conceição, repitamos muitas vezes a jaculatória: «Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós».
 

sábado, 11 de dezembro de 2010

Ano Novo, Vida Nova

  
O final do ano aproxima-se. Dentro de 3 semanas estaremos já em 2011.
Com o novo ano novo ciclo começa neste blogue.
Termina a comissão ao serviço de Sua Majestade o autor deste blogue. Apesar de lhe solicitarem a renovação por mais um ano, recusou. Ao recusar fica livre para voltar a desempenhar as funções interrompidas: administrar e gerir este blogue. O Doutor Luís Tavares voltará a ser, a partir do próximo mês, o administrador do blogue Quintos.
Pela parte que me toca prometo que nunca mais me vão ter que aturar, abandonarei a blogosfera definitivamente após esta experiência forçada de um ano. Há que dar lugar aos novos.
Sei que algumas alterações – para melhor – irão ser feitas no blogue, mas o Luís T. as pormenorizará a seu tempo.
  

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Aproximação à 03 LPPT

 
Tive conhecimento deste vídeo através do blogue Jugular.
É fantástico!
Tal como diz o João Pinto e Castro do Jugular “Só é pena a música, mas enfim...” não se pode ter tudo, digo eu.
 



 

O Graxa

http://elbusdelenguaviva.com/

domingo, 5 de dezembro de 2010

Silêncio, O Grande Conselheiro

 
O ruído sob qualquer forma, não é imprescindível à Vida, mas é necessário.
E faz-nos bem.
Seja a buzina de um camião a avisar-nos da sua aproximação, seja a choro ou riso de uma criança a clamar a nossa atenção.
Sem som o nosso mundo seria diferente.
Mais pobre.
Pior do que fosse a preto e branco.
Qualquer pessoa que teve a infelicidade de perder a audição ou que a sua capacidade auditiva diminuiu drasticamente, é disso testemunha.
Mas o ruído em excesso faz mal. Muito mal. Pode levar à surdez total e irreversível. Ouvir música com níveis de decibéis elevadíssimos quer em recintos públicos (discotecas, concertos) quer na privacidade do quarto, carro ou auscultadores vai levar o indivíduo a uma surdez prematura.
O silêncio em excesso (numa pessoa saudável e não surda) também faz mal à saúde, mas deixo esse assunto para outra ocasião.
A imagem do lado propicia um ambiente calmo, intimista e de reflexão que todos, de quando em vez, necessitamos.
Aqui no Alentejo temos muitos locais para isso, felizmente.
Não como os da foto, mas outros não menos lindos.
A foto do lado, deslumbrante, foi tirada na passada 2ª feira, 29/11 ao pôr-do-sol no Lago Louise, Alberta, Canadá.
 

Liturgia das Horas – V

 
A Liturgia das Horas celebra os louvores de Deus. Todavia, nem a tradição judaica nem a tradição cristã separa o louvor divino da oração de súplica; e até, não raro, fazem esta derivar daquele. O apóstolo Paulo recomenda que se façam “preces, orações, súplicas e acções de graças por todos os homens, pelos reis e por todas as autoridades, para que possamos levar uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade. Isto é bom e agradável aos olhos de Deus, nosso Salvador, pois Ele quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Tim. 2, 1-4). Esta recomendação, não raro os Santos Padres a interpretam como devendo fazer-se essas intercessões pela manhã e ao fim da tarde.
As intercessões, agora restauradas na Missa do rito romano, fazem-se igualmente nas Vésperas, embora de forma diferente, como adiante se descreve.
É também tradicional encomendar logo pela manhã a Deus o dia inteiro. Por isso, nas Laudes, fazem-se invocações para encomendar e consagrar o dia inteiro ao Senhor.
Pelo nome de «preces» são designadas tanto as intercessões de Vésperas como as invocações de Laudes para consagrar o dia a Deus.
Para maior variedade, mas sobretudo para expressar melhor as diferentes necessidades da Igreja e dos homens, segundo os diversos estados, assembleias, pessoas, condições e tempos, propõem-se formulários de preces diferentes para cada dia do ciclo do Saltério, bem como para os diferentes tempos do ano litúrgico e para algumas celebrações festivas.
 

Levantando o Véu

 
As divulgações da WikiLeaks estão a causar algum incómodo.
Julian Assange está a ser inconveniente e, em termos de opinião pública, a pisar terreno minado.
Na prática nada do que diz é segredo de estado. São apenas 'pequenas' confissões que pretendem tramar alguém.
O esquema já tem barba branca. A 'fuga' de informação tem como objectivo primeiro e único colocar uma guilhotina no pescoço de alguém.
Na cena política, militar e económica. Sempre assim foi.
A WikiLeads foi apenas o veículo autorizado a fazê-lo.
Não me vou pronunciar sobre os outros órgãos de comunicação, mas aqui nos EUA o New York Times não foi escolhido ao acaso. Todos conhecemos o NYT. Sempre se prestou a difundir fugas de informação da Casa Branca em que o interessado fosse o inquilino da Casa.
Paradoxal, não?!
Para distraídos, sim...
 

terça-feira, 30 de novembro de 2010

O Post do Mês de NOVEMBRO

 
O post que elegemos como o melhor deste mês é uma lição.
Escrito por um professor, Nuno Ferrão de seu nome.
Vale a pena visitar este blogue porque aprendemos sempre em cada visita que fazemos.
Cinco Estrelas!

GREVE GERAL – REFLEXÕES EM TORNO DAS MOTIVAÇÕES DAS GREVES DO PASSADO E DO PRESENTE – A JORNADA DE LUTA DE 24 DE NOVEMBRO DE 2010

A Greve é um acto de suspensão do trabalho com o objectivo dos trabalhadores reivindicarem exigências profissionais de melhoria das suas condições remuneratórias ou de prestação dos seus trabalhos em contexto de maior dignidade ou, eventualmente, um protesto perante a perda de benefícios. A Greve está ligada à liberdade sindical e é um Direito fundamental dos trabalhadores consagrado na Constituição Portuguesa de 1976, que repôs os Direitos de Organização Sindical, e importa trazer à memória colectiva que a Ditadura Militar e o Estado Novo proibiram as Greves, com Legislação específica, nos anos de 1927, 1934 e 1958.
Historicamente, o Direito à Greve aparece em Portugal na segunda metade do século XIX, com as Leis de 1864 e de 1891 que permitiram uma maior agitação social no fim do século XIX e no início do século XX. Os socialistas José Fontana, Antero de Quental e Azedo Gneco foram grandes propulsores dos Direitos dos Trabalhadores e desta peculiar forma de luta.
Com efeito, teve particular importância a Greve Académica de 1907 que permitiu ao rei D. Carlos transformar o governo Constitucional de João Franco em governo Ditatorial, o que potenciou o crescente descontentamento da população portuguesa com o regime Monárquico que o levou a resvalar no abismo auto sacrificial. Com a instauração do regime Republicano, a Greve foi consagrada como um Direito, logo em 1910, e no período da I República o país assistiu incrédulo a um turbilhão grevista com mais de meio milhar de Greves em cerca de 16 anos (1910-1926).
A Greve assume-se como a forma mais expressiva da luta sindical. Contudo, as Greves devem partir da consciência crítica e reflexiva dos trabalhadores que devem usar desse expediente de protesto com parcimónia, porque estas devem configurar nas suas motivações reivindicações de ordem profissional e não, unicamente, constituir arremedos de propaganda político-partidária, mas, nos dias de hoje, importa também ter uma linha de pensamento que corresponda a uma cidadania Global que tenha por referência os quadros conjunturais e estruturais em que nos movemos.
Esta Greve Geral é uma acção de âmbito nacional, abrangendo múltiplos sectores de actividade, subscrita pelas duas Centrais Sindicais Portuguesas, a CGPT-IN e a UGT, que apresentaram um pré-aviso de Greve com a devida antecedência.
A França tem estado historicamente na vanguarda dos movimentos da cidadania contemporânea ao afirmar-se, ao longo do tempo, como uma nação decisiva para as mudanças da mentalidade e das estruturas sociais. Basta recordar os protestos populares da Revolução Francesa, iniciada em 1789, as contestações em Paris no mês de Maio de 1968 e a dinâmica das Manifestações, neste mesmo país, em 2010, contra o aumento da idade da Reforma e as medidas de austeridade, promovidas no contexto da crise económica, decorrentes do ambiente de declínio demográfico Europeu, da anunciada falência do Estado-Providência e dos Programas de Estabilidade e Crescimento apresentados pelas instâncias comunitárias da UE como soluções para acudir a estes problemas do Velho Continente.
Esta estratégia delineada, pelos líderes Europeus, de encurtamento da abrangência das Políticas Sociais tornará a vida, das classes médias e das camadas populares, mais difícil com o congelamento das carreiras do sector público, a redução de salários, o aumento dos impostos e a precarização dos trabalhos e o crescimento exponencial do contingente de desempregados resultantes da formação de oligopólios.
Estes problemas portugueses e europeus estão, suficientemente, diagnosticados[1], contudo cumpre conceber um novo paradigma Civilizacional[2], de base Humanista, que permita superar os inúmeros paradoxos que tolhem as sociedades europeias no contexto da Globalização desregrada e dum sistema financeiro, motivado pelos mecanismos especulativos, separado das actividades produtivas da economia real. Como nos diz o pensamento, bem clarividente, de Vitorino Magalhães Godinho temos de ultrapassar a economia de consumo de produtos, cada vez mais evanescentes, para que as famílias e os Estados não se endividem mais e para que haja capacidade de poupança individual e colectiva. No entanto, convém mudar de paradigma, no sentido de libertar a economia, os Estados e os cidadãos do controlo dos oligopólios e deste sistema financeiro pouco atreito aos juízos Éticos.
Em suma, todos os funcionários públicos terão uma redução do salário real no próximo ano, mais ou menos significativa, na pátria de Guerra Junqueiro. Com base neste pressuposto, esta Greve Geral de 24 de Novembro de 2010 representa um gesto inequívoco de indignação democrática contra esta estratégia que não resolve os problemas de fundo, de Portugal e da Europa, que Vitorino Magalhães Godinho tão bem nos escalpeliza nesse lúcido ensaio já citado.

[1] A nova Primavera do político, org. Michel Wieviorka, Lisboa, Editora Guerra e Paz/Fundação Calouste Gulbenkian, 2007 e Bento XVI, Caridade na Verdade – carta encíclica, Lisboa, Edições Paulinas, 2009.

[2] Mário Soares, Elogio da política, Lisboa, Sextante Editora, 2009 e Vitorino Magalhães Godinho, Os problemas de Portugal – Os problemas da Europa, Lisboa, Edições Colibri, 2010.

Publicado por Nuno Sotto Mayor Ferrão em 23/11/2010 
    

domingo, 28 de novembro de 2010

O Ofício de Leitura

 
O Ofício da Leitura visa proporcionar ao povo, e muito especialmente àqueles que de modo peculiar estão consagrados ao Senhor, uma meditação mais rica da Sagrada Escritura e das mais belas páginas dos autores espirituais.
Embora as leituras que hoje se fazem na Missa, todos os dias, formem já um ciclo bastante completo dos textos bíblicos, todavia, o tesouro da revelação e da tradição contido no Ofício de Leitura pode ser de grande proveito espiritual.
São os sacerdotes os primeiros que devem procurar aproveitar-se destas riquezas, de modo que, recebendo eles mesmos a palavra de Deus, a possam dispensar a todos e façam do seu ensino “alimento do povo de Deus”.
Descida de Cristo ao Limbo
Cappella Spagnuolo, Santa Maria Novella, Florença
A leitura da Escritura sagrada deve ser acompanhada da oração, para que seja um diálogo entre Deus e o homem: “a Ele falamos quando oramos, a Ele ouvimos quando lemos os divinos oráculos”. E é por isso que o Ofício de Leitura se compõe também de salmos, hino, oração e outras fórmulas, que lhe dão um carácter de verdadeira oração.
Segundo a Constituição Sacrosanctum Concilium, o Ofício da Leitura, “embora, quando recitado no coro, conserve o seu carácter de louvor nocturno, deve ser reformado no sentido de se poder recitar a qualquer hora do dia; o número dos salmos deve também ser reduzido, e as leituras mais longas”.
Neste sentido, aqueles que por direito particular estão obrigados a manter este Ofício com o seu carácter de louvor nocturno, ou aqueles que louvavelmente assim o queiram fazer, quer o recitem de noite quer de madrugada, antes de Laudes, devem escolher, no Tempo Comum, o hino dentro da série destinada a este fim.
 

sábado, 27 de novembro de 2010

Direito à Indignação

 
A DECO está a efectuar uma petição contra a espoliação que a EDP nos está a fazer na factura que mensalmente nos apresenta. Caso concorde com a petição, subscreva-a. Eu já subscrevi.

Texto da DECO:

Em 2011, a factura da electricidade irá pesar mais no orçamento dos consumidores. Face ao clima de crise e às fortes medidas de austeridade do Governo, qualquer acréscimo num serviço público essencial é difícil de suportar pelas famílias.
Em Outubro, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos propôs um aumento, em média, de 3,8 por cento. Na factura de electricidade, a parcela dos “Custos de Interesse Geral” resulta de opções políticas e medidas legislativas. O seu crescimento tem sido constante e exponencial. Prevê-se, em 2011, algo como 2,5 mil milhões de euros, um aumento de mais de 30% face a 2010. Trata-se de custos acrescidos, alguns sem relação directa com a produção e distribuição de energia eléctrica. É indispensável e urgente repensar a política de taxas e sobrecustos que recai nas nossas facturas. A DECO alerta há muito para a situação e exige medidas para uma adequada sustentabilidade do sector eléctrico e protecção dos interesses dos consumidores.
Na factura dos consumidores, em 2010, 31% traduzem os custos de produção de energia e 27% o uso das redes que conduzem a electricidade até nossas casas. A componente mais pesada, os “Custos de Interesse Geral” (42%), inclui verbas, entre outras, como o fomento às renováveis, rendas aos municípios e a amortização do défice tarifário. Há ainda a acrescentar os Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual e os Contratos de Aquisição de Energia.
Segundo a DECO, o Governo deveria aplicar medidas para restabelecer um equilíbrio mais justo na formação do preço a pagar por 6 milhões de consumidores. É possível, de forma progressiva, reduzir em várias áreas: energias renováveis, custos para a manutenção do equilíbrio contratual, renda dos municípios, contratos de aquisição de energia eléctrica, renda dos terrenos e garantia de potência, entre outros. A DECO simulou o impacto de uma diminuição de 10% nas rubricas dos custos de interesse geral e concluiu que, em vez de depararmos com a proposta de aumento para 2011, tal levaria a uma redução nos preços próxima de 5 por cento.
Se nada for feito, as más perspectivas serão agravadas, em 2012, com aumentos insuportáveis do ponto de vista social, muito provavelmente superiores a 10 por cento.
Contra extras na electricidade, junte-se à nossa causa e subscreva a petição.
 

A morte saiu à rua...

 
Não que não fosse hábito ela andar na rua.
Ela sempre andou.
Mas não com tanto alarido.
Não com tanta força.
Não com tanta violência.
A morte também é violenta quando quer.
Ou será que são os vivos que a querem fazer violenta?!


Rio de Janeiro, 23/11/2010

Na passada semana estive no Brasil.
Não no Rio, mas em Salvador (Bahia) onde fui visitar a minha filha caçula que por lá estuda.
Salvador é também uma metrópole flagelada pela favelização.
Não tanto quanto SP ou Rio (a dimensão da urbe é bastante menor), mas as desigualdades sociais são evidentes.
Diz o povo – e com razão – depressa e bem não há quem.
Como tal não se pode exigir ao Brasil que termine com as favelas de um dia para o outro. Tipo, por decreto-lei.
Aqui nos Estados Unidos elas ainda existem.
Os bairros de lata (favelas ou bidonville) a muito custo e lentamente têm desaparecido das cidades da Europa 'rica'. Mas ainda há 'ilhas'. Com o agravar da crise económica o risco das ilhas se tornarem continentes não é desprezível.
Tenho a certa que um dia o Brasil vai conseguir terminar com as favelas e favelados. Tem riqueza material e humana de sobra para isso.
 

domingo, 21 de novembro de 2010

Aparições de Fátima – Centenário

 
- Jornada Nacional no Centro Pastoral Paulo VI
A data está definida e a iniciativa é aberta à participação de todos. O início da comemoração do centenário das aparições está agendado para a tarde do dia 1 de Dezembro. O Santuário de Fátima prepara uma tarde solene e de festa para marcar o momento inicial de sete anos de caminhada, até 2017.
Esta será a primeira de um conjunto de iniciativas que o Santuário propõe para assinalar, “um acontecimento marcante para a vida e para a fé dos cristãos, para Portugal e para o Mundo”, nas palavras do Reitor da instituição.
“Esta jornada é especialmente dirigida aos presidentes e colaboradores nas celebrações do Santuário, organizadores de peregrinações, padres, comunidades religiosas de Fátima, colégios de Fátima, guias de turismo, jornalistas, entidades civis e militares da região, e todos aqueles que de algum modo possam ter intervenção na transmissão da palavra aos peregrinos, turistas e visitantes do Santuário de Fátima”, informa o Reitor, Padre Virgílio Antunes.
“É nosso desejo que haja uma grande sintonia na palavra a transmitir, tendo em vista o envolvimento de todos os peregrinos, e mesmo de todos os crentes de Portugal, neste grande projecto do centenário das aparições de Fátima”, sublinha o Reitor..
Em dia de feriado nacional em Portugal, para permitir a participação de todos os interessados, será apresentado o itinerário temático para o septenário, elaborado por uma comissão teológica, a partir das Memórias da Irmã Lúcia.

Programa:

14:00 - Abertura da exposição sobre as aparições do Anjo, na sala ao lado da capela do Lausperene, na Igreja da Santíssima Trindade.
14:45 - Momento musical, no Centro Pastoral Paulo VI.
          - Apresentação do programa da jornada.
          - Apresentação de novo volume da Documentação Crítica de Fátima (volume V, tomo 2).

15:00 - Palavra do Bispo de Leiria-Fátima.
15:30 - Apresentação do programa do Centenário das Aparições e do tema do ano pastoral de 2010-2011, pelo Reitor do Santuário.
16:00 - Intervalo.
16:30 - Conferência sobre o tema do ano pastoral, pelo Doutor João Duque.
17:30 - Alocução final, pelo Cardeal Patriarca de Lisboa.
          - Momento musical.

Texto publicado no portal Fátima
  

sábado, 20 de novembro de 2010

Rodinhas no Ar

 
É preciso ter os pés bem assentes na terra, diz o povo ao leviano.
Com leviandade se faz um porto onde não há mar nem navios que lá queiram ir pass(e)ar.
Com leviandade se faz um aeroporto onde os aviões se recusam a poisar.
Um dia houve alguém que teve uma brilhante ideia: construir, converter ou adaptar (uma base aérea) em aeroporto.
Beja, Base Aérea nº 11, foi o alvo dessa brilhante mente.
Adaptou-se uma estrutura militar aérea a um aeroporto civil.
Está pronto.
O governo previa a inauguração (antes do início das obras) para o ano de 2008.
Por motivos de vária ordem adiou-se para Setembro de 2009.
Houve quem dissesse que seria em meados de 2010.
Hoje, com medo do ridículo, já ninguém aponta datas.
Os aviões continuam a sobrevoar Beja, mas recusam a colocar as rodinhas na pista. Excepção... por enquanto aos aviões militares.
Até quando?

domingo, 14 de novembro de 2010

Laudes Matutinas e Vésperas IV

 
A leitura breve é variável conforme o dia, o tempo litúrgico ou a festa. Há-de ser lida e escutada como verdadeira proclamação da palavra de Deus, na qual se propõe, de uma forma incisiva, um pensamento sagrado e é posta em relevo alguma frase mais breve que na leitura contínua da Sagrada Escritura passaria despercebida.
As leituras breves variam para cada dia do ciclo dos salmos.
Em vez da leitura breve, pode-se escolher, mormente na celebração com o povo, uma leitura bíblica mais longa tirada quer do Ofício da Leitura quer das leituras da Missa, devendo-se escolher de preferência aqueles textos que, por qualquer razão, não tenham podido ser lidos.
Na celebração com o povo, se parecer bem, pode-se ajuntar uma breve homilia, de comentário à leitura precedente.
Após a leitura ou a homilia, se for oportuno, pode-se guardar um momento de silêncio.
Como resposta à palavra de Deus, segue-se um canto responsorial, que eventualmente se pode omitir.
Também pode ser substituído por outro canto de função e características idênticas, desde que esteja devidamente aprovado pela Conferência Episcopal.
 

sábado, 13 de novembro de 2010

O Miúdo

 
Costumava ficar na loja, durante o almoço, para que o pai e o irmão pudessem ir a casa comer.
As aulas da tarde começavam às três e embora tivesse só onze anos o pai confiava nele:
- Nasceu para isto dizia à mãe com orgulho, a desfazer-lhe o ombro numa palmada satisfeita, o raio do miúdo nasceu para isto.
Era uma loja pequena, uma papelaria, os clientes moravam no bairro, tratavam-no por tu, conhecia-os todos, sabia mexer na caixa, sabia o preço das coisas, e mesmo os estranhos, tão raros, gostavam de ser atendidos por ele. A maior parte do tempo, aliás, não atendia ninguém: lia revistas aos quadradinhos ou essas, de modelos, tão diferentes da mãe, magras, bonitas e quase sem roupa, que namoravam jogadores de futebol ou atores de novela, de peito ao léu e ele pasmado. Eram duas e meia, no relógio hexagonal por cima do tabaco e dos isqueiros de plástico, o pai e o irmão deviam estar a chegar, guardou os modelos na pilha dos modelos...

António Lobo Antunes in Visão no dia de S. Martinho

Leia o resto desta excelente crónica aqui
 

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Futebol em Quintos

 
Recebi hoje no meu e-mail um aviso surpreendente por parte do Google. Existe um novo blogue sobre Quintos. Mais concretamente um blogue sobre o futebol em Quintos.
Desconheço quem seja o seu autor, mas tenho o dever e obrigação de o divulgar.
Uma aldeia tão pequena e com dois blogues é de louvar.
Seja bem-vindo Futebol em Quintos!
Visitei esta manhã o blogue, está a dar os primeiros passos, com uma periodicidade algo incerta, mas estou seguro que em breve entrará em velocidade de cruzeiro e com publicações regulares.
Vou continuar a seguir este blogue e pedindo aos nossos leitores que passem também pelo Futebol em Quintos.
Acompanhe o futebol do Quintos assistindo aos seus jogos ou, não o podendo fazer, - é o meu caso - acompanhe-o no seu blogue.
 

domingo, 7 de novembro de 2010

Jornada Sobre Jacinta

 
Iniciam-se no próximo dia 19, no Santuário de Fátima, as Jornadas de reflexão sobre a vida e testemunho de Jacinta.
É do portal FÁTIMA que retirámos este texto assim como o programa ao lado.
Se puder, não deixe de participar.

Movimento Mensagem de Fátima

Clique para ampliar
Nos dias 19 a 21 de Novembro, o Movimento da Mensagem de Fátima (MMF) realiza, na Casa de Nossa Senhora das Dores, no Santuário de Fátima, umas jornadas de reflexão sobre a vida e testemunho da beata Jacinta Marto.
O P. Francisco Senra Coelho, do secretariado diocesano do MMF de Évora, apresenta uma conferência sobre “O amor da Jacinta à Igreja na pessoa do Santo Padre”.

Os outros temas, abaixo indicados, são apresentados pelo P. Dário Pedroso, jesuíta:
  • “Jacinta, a vítima oferecida com Jesus”
  • “Jacinta, um coração em amor”
  • “Jacinta e o mistério do mundo pecador”
  • “Jacinta, pura de corpo e de alma”
Podem participar os mensageiros, principalmente os responsáveis a nível paroquial, diocesano e nacional.
 

sábado, 6 de novembro de 2010

Ser Responsável

 
Não vou entrar no campo meramente técnico-jurídico.
Não tenho formação nem saber nessa matéria.
Mas sei – tão bem quanto sei que 2+2=4 – que os políticos agem por vezes mal porque sabem que são inimputáveis. Comportam-se irresponsavelmente.
Não estou a falar dos políticos portugueses. Nem tão pouco do actual primeiro-ministro português.
Este comportamento é comum em todos os países. Ditatoriais ou democratas.
Governe com moderação. Seja responsável.
Não revelam o mínimo de pudor quando praticam uma rotação de 180º em relação não só ao esperado, como ao prometido!  São descarados. Demasiado descarados.
Parafraseando a Drª S Maria na sua mensagem de O Melhor de OUTUBRO, estes políticos causam urticária.
O Dr. Pedro Passos Coelho tem o meu total apoio quando afirma que os políticos têm que passar a ser civil e criminalmente responsáveis pelos seus actos. Só espero que o Dr. Passos Coelho, uma vez no governo, não faça uma rotação de 180º nesta matéria.
Dirão alguns: «Com esta medida os mais válidos deixarão de querer estar em lugares públicos por medo de errar».
Outros dirão: «Oxalá que esses “mais válidos” se afastem definitivamente da política para bem da Humanidade».
Eu faço parte deste último grupo.
 

O Merceeiro Apaixonado

 
Um merceeiro amava ardentemente uma mulher e enviava-lhe mensagens por intermédio de uma criada.

Disse à criada:

 - “Estou assim e assado, de cabeça perdida, o meu coração foi roubado por uma lua sem igual, ardo, o sono abandonou as minhas noites, já não como, sofro mil dores cruéis, ontem à noite estive em tal estado, a noite anterior em tal outro” …

E assim por diante.

A criada ouviu-o, depois foi ter com a patroa e disse-lhe:

- O merceeiro manda-te cumprimentos. Quer dormir contigo.

- Ele disse isso, assim, friamente? - perguntou a mulher.

- Não, fartou-se de contar histórias. Mas o essencial é isso.
 
 
Jean-Claude Carrière in “Tertúlia de Mentirosos”

 
 

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A Morte

 
A morte!
Uma realidade dramática que intercepta, inevitavelmente, a existência humana. Porventura, um problema iniludível que a todo o ser humano se põe.
“Porque procurais entre os mortos Aquele que está vivo?”
Parece absurdo desaparecer como coisa inútil, depois de vivermos tão agarrados à vida. Este arrancar violentamente à vida, este expulsar definitivo da vida, o término vital do nosso corpo, provocado pela Morte, é para muitos um drama, o aniquilamento total do ser. Daí que estejam convencidos de que com a Morte, como a finitude da vida, tudo acabou até ao total desaparecimento e esquecimento no diluir do tempo.
Os Cristãos, que crêem na Vida para além da Morte, embora sentindo a profundíssima tristeza da separação física dos seus entes queridos, porque são humanos, têm outra visão mais clara sobre o mistério da Morte e, na esperança, aguardam o seu encontro com os que já ultrapassaram os umbrais da Eternidade e se encontram agora no seio de Deus. Porque a Morte é a passagem da Terra para o Céu, do finito para o infinito, do mortal para a imortalidade.
Com a Sua Morte e Ressurreição, Jesus Cristo revelou-nos que também morremos mas havemos de ressuscitar.
Confiantes na Sua Palavra: “Eu sou a Ressurreição e a Vida, quem crê em Mim não morrerá” (Jo 11,25) fica-nos a certeza de que é morrendo que se nasce para a Vida Eterna.
Esta é a nossa fé, esta é a nossa esperança, esta é a Verdade!

Diácono José Rosa Costa in O Sino, Boletim Paroquial de Quintos, Novembro 2010
 

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Romagem ao Cemitério

 
Neste mês de Novembro os nossos Cemitérios que, noutros meses do ano são menos frequentados, povoam-se de familiares e amigos dos que lá dormem o sono da paz até à ressurreição gloriosa.
Há sempre um ramo de flores e uma vela acesa à cabeceira das suas sepulturas num gesto de saudade que deixaram.
É humana esta atitude, porque temos sentimentos e a sua partida foi um choque.
Mas mais do que as flores que hão-de murchar e as velas que se apagarão e que sentimentalmente depositamos sobre as suas sepulturas, têm mais efeito redentor as nossas orações e a nossa esmola que permanecerão para sempre.
É justo e salutar rezar pelos que partem – diz a Sagrada Escritura.
Então, não só no mês de Novembro, mas todos os dias devemos rezar por aqueles que Deus já chamou mesmo que ponhamos uma flor ou uma vela nas suas campas.

Diácono José Rosa Costa in O Sino, Boletim Paroquial de Quintos, Novembro 2010
 

domingo, 31 de outubro de 2010

O Post do Mês de OUTUBRO

 
Resolvemos eleger este post do 31 da Armada não tanto pela qualidade da prosa, mas sobretudo pela oportunidade. E pela triste – muito triste! - verdade a que se refere.
Infelizmente não é apenas em Lisboa que isso acontece.
Causa-me urticária estes autarcas com mentalidade de cigarra.

é ir ao site do instituto nacional de meteorologia por favor.

Estava no meio da avenida da liberdade enquanto as águas corriam furiosas. Ao meu lado estava um espanhol saído da embaixada. Preocupado com a inundação tirou o blazer enfiou os braços dentro de água e abriu a sarjeta. Tirou uns quilos de folhas e água começou a correr. E naquele momento percebi que Portugal não era bem um país europeu.
Todos os anos é a mesma coisa. As sarjetas estão sujas a cidade inunda. A cidade inunda, os restaurantes e as ruas fecham. Os restaurantes e as ruas fecham e o caos instala-se. E os serviços da câmara e os bombeiros fazem horas extraordinárias a limpar as sarjetas que deviam estar limpas no dia em que começa a chover. E hoje em dia nem é preciso falar com os deuses para saber quando é que começa a chover. Um presidente de câmara tem imensas coisas em que pensar mas deixar as sarjetas limpas não era um mau princípio de gestão autárquica.
Todos os anos é a mesma conversa. Explicam que os “índices de pluviosidade foram anormais”. Como se em Bruxelas, Londres ou Antuérpia não chovesse assim todos os dias.

Publicado por Rodrigo Moita de Deus em 29/10/2010 no 31 da Armada
 

Todos-os-Santos

 
Peçamos a Deus Pai, fonte de toda a santidade que, pela intercessão e exemplo dos Santos, nos conduza a uma vida mais perfeita; e digamos:
Fazei-nos santos, porque Vós sois santo.
Pai santo, que nos destes a graça de nos chamarmos e sermos realmente vossos filhos, fazei que a santa Igreja cante as vossas maravilhas por toda a terra.
Pai santo, inspirai os vossos servos a viver dignamente, segundo a vossa vontade, e ajudai-nos a dar fruto abundante de boas obras.
Pai santo, que nos reconciliastes convosco por meio de Cristo, conservai-nos na unidade por amor do vosso nome.
Pai santo, que nos chamastes ao convívio do vosso reino, fazei que, comungando o Pão descido do Céu, alcancemos a perfeição da caridade.
Pai santo, perdoai aos pecadores as suas culpas e levai os defuntos a contemplar no Céu a luz do vosso rosto.
 
§§§§
 
Informação prestada pelo portal FÁTIMA:

O Santuário de Fátima volta este ano a propor aos seus peregrinos um programa especial para a celebração da Solenidade de Todos-os-Santos.
A 1 de Novembro cumpre-se o programa habitual dos domingos.
Programa:
1 de Novembro
10:00 - ROSÁRIO, na Capelinha das Aparições.
11:00 - MISSA, na Igreja da Santíssima Trindade.
17:30 - VÉSPERAS CANTADAS, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário.
2 de Novembro
11:00 - MISSA, na Basílica, em sufrágio dos funcionários, voluntários, benfeitores e peregrinos que faleceram durante o ano.