quinta-feira, 30 de março de 2017

Ai Alentejo, Alentejo...


O Alentejo já não é o que era, rendeu-se às novas "tecnologias" agrárias.
Quintos, porque inserido em pleno Baixo Alentejo, também não foge à regra.
A cultura do trigo, cevada, aveia, grão e, até mesmo girassol, é extremamente difícil de vislumbrar. A paisagem alentejana está repleta de olival de cultivo/produção superintensivo. O lucro é rápido e muito, os malefícios a médio e longo prazo não são poucos, mas, isso que importa?! Quem está mal, mude-se...
Alqueva - a barragem - arrisca-se a transformar, paradoxalmente, o Alentejo num deserto num futuro não muito longínquo, mas, repetindo uma vez mais, quem está mal, mude-se. O que interessa é o presente, e no presente, quem não tem terra aluga-a com contratos a 20 ou 25 anos e enche-a de oliveiras. É o que está a dar… Em Quintos e não só.
Há resistentes a este tipo de cultivo, poucos mas há. No entanto, uma parte significativa destes resistentes opta por um tipo cultivo que nada tem a ver (ou não tinha) com o Alentejo, plantam pinheiros... enfim.
Nos últimos dois ou três anos optaram (em Quintos) por uma outra modernice, a colza. Dá um colorido bonito à paisagem alentejana em contraste com o verde da erva ou o castanho da terra arada. Mas é apenas isso, beleza visual.
Foto: campo de colza em flor | Luísa Maria in facebook