O Natal aproxima-se. Apesar da crise
económica que atravessamos continuamos a apostar mais nos bens
materiais que nos espirituais. Está-se a gastar menos, é evidente,
não por sermos mais responsáveis, mas apenas porque o dinheiro
está a escassear... Para a maioria.
Natal não é sinónimo de despesismo,
de correria às lojas para comprar aquelas prendinhas para dar a
familiares, a amigos e conhecidos. Transformámos o Natal numa feira
de vaidades e esquecemos que nesse dia se celebra o nascimento de
Jesus Cristo.
O boletim paroquial de Quintos O
Sino publica na página 3 da sua
edição deste mês, um artigo de autoria do senhor diácono José
Rosa Costa sobre esta matéria, que, com a devida vénia,
transcrevemos:
O Espírito do Natal
O verdadeiro significado do Natal tem
de estar bem presente na nossa lembrança. Sem a ternura desta
recordação, toda a comemoração perde o seu valor para tornar-se
uma mera celebração material. A troca de presentes, a alegria das
visitas e das ceias de Natal são positivas na medida em que refletem
a alegria espiritual desta lembrança da vida e obra de Jesus. Porém,
é necessário muito cuidado para que a comemoração não oculte o
objetivo principal desta data, para que o júbilo e a alegria tenham
raízes no espírito e não na matéria.

É preciso lembrar que o Natal comemora
o nascimento de uma Revelação de Deus à humanidade, na pessoa de
Jesus. A celebração deve ser por causa desta dádiva, pelos
ensinamentos que chegaram aos homens e que podem encher a vida de
significado e o mundo de paz.
Se o Natal for motivo de uma real
introspeção e verdadeiro espírito de fé, então o seu significado
irá iluminar o mundo. Mas se as palavras de paz e fraternidade, de
amor e equidade não forem postas em prática, na vida de cada um de
nós e na sociedade, então estará diluído o espírito do Natal e
será motivo de não o vivermos segundo a vontade de Deus.
Então, que o amor de Deus seja a
celebração do Natal. Que o renascer da fé seja o seu fruto. É
neste contexto que tem de ser vivido, particularmente pelos cristãos
e, de um modo especial, nos seus lares.
Feliz e Santo Natal, e abençoado Ano
Novo, são os votos sinceros do pároco e do diácono para todos os
paroquianos.
Diácono José Rosa Costa, O Sino
de dezembro de 2012
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