sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Crise, a quanto obrigas

 
É só miséria. Tadinhos!
Terça-feira, Castelo de Windsor, Inglaterra. A rainha Elisabeth II discursa durante um banquete em honra de Sheikh Sabah Al-Ahmad Al-Jaber Al-Sabah do Kuwait.
 

Photo: Getty Images

 

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Azeitonas demasiado amargas

Azulejo: Oficina Cerâmica
 
Noticiava ontem o jornal Público que o deputado do PCP eleito por Beja «questiona Governo sobre alegadas situações de “exploração laboral” de imigrantes em Beja».
Segundo o deputado João Ramos, adianta o Público, foram descritas ao Grupo Parlamentar do PCP «várias situações de imigrantes literalmente amontoados nos locais de residência», havendo grupos de «dezenas de pessoas a partilhar instalações sem as mínimas condições de segurança, privacidade e conforto».
Esta situação é do conhecimento de todos. É recorrente.
Há anos que a zona de Beja é "invadida" por imigrantes sazonais no tempo da apanha da azeitona. Já no ano passado se registou um aumento significativo dessa vinda de imigrantes. Este ano, ao que consta, foi um boom!
Em Quintos são mais de uma dezena os que vivem há mais de um mês numa única habitação na Rua da Sociedade. Homens, mulheres e crianças. Há cerca de duas ou três semanas um grupo de novos imigrantes "ocupou" o Monte do Outeiro, próximo da antiga estação do caminho-de-ferro, onde vivem (?) num casão antigamente destinado a armazenar palha. Desde ontem novo grupo - cerca de 15 pessoas - alugou um armazém no Monte dos Pisões onde dormem sabe-se lá em que condições.
Esta situação não é secreta. É do conhecimento de toda a gente, autoridades incluídas.
Em Salvada e Baleizão a situação não é melhor, pelo contrário. Nestas duas últimas aldeias existe posto da GNR. Será que a GNR está ao corrente desta situação? Talvez ande distraída.
É indiscutível que anda gente a ganhar com esta situação e aqueles que menos ganham são, obviamente, os que andam a apanhar azeitona. Para estes - a maioria - a azeitona é demasiado amarga.
 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Tsunami, simulacro

 
Cerca das 09H30 do dia 1 de novembro de 1755, Lisboa, assim como toda a zona costeira de Portugal, foi sacudida por um forte sismo (há geólogos que afirmam que poderá ter atingido a magnitude 9 na escala de Ritcher) seguido de maremoto - tsunami - com ondas que atingiram os 20 metros de altura. A juntar a tudo isto seguiram-se múltiplos incêndios um pouco por toda a cidade de Lisboa. Lisboa ficou irreconhecível e milhares de pessoas perderam a vida.
Amanhã e depois - 26 e 27 de novembro - irá ser realizado um exercício de tsunami à escala do Atlântico Nordeste e do Mediterrâneo (NEAMWAVE12).
Esta informação difundida pelo Instituto de Meteorologia de Portugal no seu site e que, com a devida vénia, transcrevemos:
Tsunami no Japão em março de 2011.
Photo: Euronews
«Este exercício, que envolve a participação de 19 países e se insere nas atividades do Sistema de Alerta de Tsunami para o Atlântico Nordeste, Mediterrâneo e Mares Conexos (NEAMTWS), em fase de implementação sob coordenação da Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO, tem por objetivos fundamentais testar as comunicações entre os candidatos a centro regional de alerta (NOA/Grécia, KOERI/Turquia, CENALT/França e IPMA/Portugal) e as entidades reponsáveis pela gestão das emergências em cada país, e a capacidade destas últimas em lidar com a ameaça de tsunami.
Vão ser utilizados quatro cenários de tsunami, um dos quais para o Atlântico Nordeste, o qual será gerido pelo IPMA na qualidade de candidato a centro regional de alerta para esta área do globo. Este cenário procura reproduzir o tsunami desencadeado pelo grande terramoto de 1755, com origem a SW do Cabo de S. Vicente e com uma magnitude estimada em 8.7 (magnitude momento sísmico).»
 

domingo, 25 de novembro de 2012

A subsidiodependência

 
Terminou hoje a Semana Social da Diocese do Porto.
O professor catedrático da UCP, Joaquim Azevedo, foi o seu coordenador.
Em entrevista à Agência Ecclesia Joaquim Azevedo disse que a Doutrina Social da Igreja é uma «lâmpada e fonte inspiradora muito importante, sobretudo neste contexto de crise».
Segundo Joaquim Azevedo as manifestações populares realizadas nos últimos tempos são um «sinal da insatisfação e, essa vontade de vir para a rua, é também um sinal da disponibilidade para participar».
A sociedade portuguesa tem «de evoluir mais» e a ação da administração pública «devia provocar não o clientelismo – é o que ela sabe fazer muito bem e cada vez melhor -, mas a autonomia e a responsabilidade das pessoas e das instituições que o Estado apoia».
Em Portugal «alimentou-se, até hoje, um clientelismo baseado na subsidiodependência» e acrescenta: «Quem alimentou a subsidiodependência foi o Estado para perpetuar a sua lógica clientelar».
 

sábado, 24 de novembro de 2012

Trabalho sujo


Polícia francês antimotim limpa a viseira suja de cal nos confrontos com manifestantes que se opõem à construção do novo aeroporto em Notre-Dame-des-Landes, ontem.
O jornalista titulou esta imagem como "Terra limpa, uniforme sujo".
   

Photo: Stephane Mahe / Reuters


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Não se vende

 
Wenling, província de Zhejiang, China.
O proprietário desta casa, pessoa já idosa, recusou a indemnização proposta pela sua demolição, segundo a imprensa local.
Com a sua recusa, ficou esta situação caricata.
Ontem, 22 de novembro, data da fotografia, a casa ainda por lá se encontrava. De pé.

 

Photo: Associated Press

  

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O lado negro da luta

 
Luta-se com toda a justiça contra os invasores.
Luta-se com honra e dignidade em defesa da Pátria, mesmo com o sacrifício da própria vida.
Mas, numa luta onde proliferam os dignos e honrados, há sempre ovelhas ranhosas.
São essas ovelhas ranhosas que mancham uma luta digna e honesta, mas não a vencem. Só a verdade vencerá!
E a verdade, contra a vontade de muitos, não está do lado israelita. Mesmo com a ajuda destes criminosos da foto.

 
Cidade de Gaza, 20 de novembro.
Um grupo de criminosos arrasta o corpo de um homem a quem acusaram de colaborar com Israel.
Photo: Suhaib Salem / Reuters
 

sábado, 17 de novembro de 2012

A loucura

 
Só podem estar loucos, os israelitas.
Ocupam terras que não são nem nunca foram suas.
Ultrapassam as suas fronteiras e vão construir casas em território do vizinho.
Não têm respeito nem consideração por ninguém, a não ser por eles próprios.
Violam os princípios mais básicos do relacionamento que deve haver entre países e depois querem que o Estado da Palestina se ajoelhe perante Israel.
É de mais.
Na foto, Tarifas Sadallah, de 11 anos, chorando junto à sua casa danificada por ataque aéreo israelita em Beit Lahia no norte da Faixa de Gaza, ontem.

 
Photo: Mohamed Abed / Agence France-Presse / Getty Images

 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Todos juntos

  
Uns anonimamente, outros dando a cara, foram unânimes a dizer basta!
Basta de saque!
Basta de assaltar sempre os mesmos!
Foi isto que alguns disseram à senhora Angela Merkle ontem.
Será isto que muitos dirão amanhã na greve geral. Não tantos quantos gostariam de gritar bem alto BASTA!
O medo grita mais alto.
E vivemos em democracia, dizem...
 
Centro Cultural de Belém em Lisboa, ontem.
Photo: André Kosters / European Pressphoto Agency
 

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Pescando

 
Ontem, aproveitando umas tréguas da neve, alguns moradores da zona ribeirinha de Krasnoyarsk na Sibéria, dedicaram-se à pesca no rio Yenisei que banha a sua cidade.
 
Photo: Ilya Naymushin / Reuters
 

 

domingo, 11 de novembro de 2012

Ai Jonet, Jonet...

 
Apetece-me fazer um trocadilho com o seu nome, mas não faço apesar de ela merecer.
Não se pode dizer que foi um deslize já que é reincidente. Pior que a reincidência é vir reafirmar tudo de novo num artigo de opinião para a rádio Sim.
Isabel Jonet é presidente do Banco Alimentar Contra a Fome mas parece mais defensora de um banco a favor da fome. Mais fome e mais pobreza parece ser o seu lema.
«Os pobres, para além de serem pobres, deveriam estar descalços para poderem ser calçados pelos donos; estar rotos para vestirem camisas velhas que se salvavam de ir para esfregões; estar doentes para receberem uma embalagem de aspirinas...» escreveu António Lobo Antunes no seu Livro de Crónicas. Parece ser este o pensamento de Isabel Jonet.

 

domingo, 4 de novembro de 2012

Ano da Fé

 
O Boletim Paroquial de Quintos «O Sino», do corrente mês, publica um artigo do senhor diácono José Rosa Costa que, com a devida vénia, transcrevemos na íntegra.

Ano da Fé

Ao invocar o 50º Aniversário do Concílio Vaticano II e o 20º do Catecismo da Igreja Católica, o Santo Padre proclamou o Ano da Fé, com início a 11 de outubro e términos a 24 de novembro de 2013, domingo de Cristo Rei.
Pela sua carta apostólica "Porta da Fé" o Papa lança as ideias força que, durante este período, devem dinamizar a Igreja universal.
A "Porta da Fé" lembra-nos a nossa condição de batizados, impelindo-nos a uma vida de comunhão com Deus, como membros da Igreja.
Neste "Ano da Fé" somos convidados a viver mais intensamente a caridade e o amor, a valorizar muito mais o dom da fé, reavivando-a e alimentando-a com a Palavra de Deus e os Sacramentos postos gratuitamente à nossa disposição na Igreja e, sem os quais, o cristão não pode viver. Por isso, o "Ano da Fé" é também tempo de reflexão para o despertar de uma vida cristã mais responsável, mais a sério.
Saibamos aproveitar este tempo posto providencialmente à nossa disposição, como uma dádiva a não perder.

Diácono José Rosa Costa in «O Sino», novembro de 2012
 

sábado, 3 de novembro de 2012

Beja, terra prometida

 
Promete-se fazer melhor.
Promete-se fazer mais com menos.
Promete-se... O período das promessas autárquicas aproxima-se. A melhor coisa que um político faz é prometer. Também, em abono da verdade se diga, quando não há vergonha na cara é a coisa mais fácil da vida.
Hoje, 3 de novembro, foi apresentado em Beja um movimento independente que «visa fomentar a cidadania ativa e apoiar possíveis candidaturas aos órgãos autárquicos, elegendo como inimigos o atraso e a estagnação do concelho, e como adversários a abstenção e a acomodação das pessoas».
Por Beja Com Todos é o nome deste projeto.
Por Beja e por Todos espero que as suas palavras não sejam em vão e que não fiquem apenas por isso mesmo.
Beja merece!
Oxalá o Vosso projeto seja uma pedrada no charco, mas para isso há que convencer as pessoas e isso, acredito, não é tarefa fácil.

 

Salvador da Pátria

 
Vasco Pulido Valente, com a ironia que o caracteriza, escreve hoje no Público o artigo de opinião «Falta um salvador». Excertos de Eduardo Pitta no blogue Da Literatura.
Comentários para quê?!

 
«O dr. Cavaco Silva, que, segundo corre por aí, é o Presidente da República, desapareceu. Não se vê na televisão. Os jornais não falam nele. Anda calado como um rato e escondido atrás de uma cortina. A populaça supõe que o bom do homem continua em Belém a olhar para o Tejo e a contar navios. Mas não tem a certeza. Há gente, armada de binóculos, que o tenta descobrir sem o mais vago resultado. E há gente que perde o seu tempo e a sua paciência a especular sobre o que lhe sucedeu, se de facto lhe sucedeu alguma coisa. Já se demitiu sem ninguém saber? Emigrou? Caiu num poço? É um grande mistério. Por assim dizer, um mistério histórico. Um facto é certo: Portugal elegeu um senhor magrinho para resolver os sarilhos da pátria e, agora que precisa dele, ele não está cá. [...] Se alguém encontrar D. Sebastião numa manhã de nevoeiro, por favor escreva para este jornal.»
   

Regresso ao passado

 
Photo: Reuters
Perante uma catástrofe as novas tecnologias que o Homem criou caem por terra. Pelos menos algumas.
O furacão Sandy, há semelhança de muitas outras anteriores, veio provar isso mesmo.
Em Nova Iorque a maior parte das comunicações móveis colapsou e surgiu, qual fénix, o telefone público.
Muitos novaiorquinos julgavam que eles já não existiam, apesar de diariamente passarem junto a eles.
Muitos outros apesar de não terem qualquer dificuldade em utilizar o iphone ou o portátil ficavam perplexos a olhar para o telefone público sem saber como utilizá-lo.
"Já perdi um monte de moedas!" Afirmava Alison Caporimo, uma jovem de 24 anos que mora no East Village, um bairro de Manhattan, não escondendo a sua ignorância no uso do telefone público.
Tal como nos ataques terroristas de 2001 e o apagão de 2003, o Sandy expôs as limitações do telemóvel. Ele não só precisa de eletricidade para carregar, como também não funciona se uma grande tempestade derrubar a infraestrutura de telecomunicações e as antenas transmissoras de sinais.
E tem mais: a bateria do telemóvel acaba mais rápido porque ele fica constantemente à procura de sinal de rede.

Texto com base no artigo de Ben Cohen in The Wall Street Journal de 31/10/2012