domingo, 9 de agosto de 2009

É Justo Termos Políticos Destes?

Na última 2ª feira – 03/08 – fomos confrontados com uma notícia pouco ou nada usual. A condenação de um político.
Isaltino Morais, num acórdão do colectivo de juízes do Tribunal de Sintra, foi considerado culpado de quatro dos sete crimes que vinha acusado. Sete anos de cadeia, perda de mandato autárquico e indemnização ao fisco por fraude fiscal, foi a sentença. Corajosa, diga-se.
Isaltino vai cumprir a pena?
Vai perder o mandato que tem ou que vier a ter após as próximas eleições autárquicas?
Vai indemnizar o fisco?
Obviamente não!
Se fosse pobre, obviamente sim!
Vai de recurso em recurso até à prescrição.
Ou até que um advogado “descubra” um pequeno erro de formalidade e todo o processo volta à estaca zero ou à nulidade.
No passado dia 05/08 escrevia o blog Café Margoso: “O facto de nos filmes e séries de advogados e tribunais, os condenados pelos júris serem logo ali presos, colocados em algemas e irem directos para o chilindró, enquanto que na verdade o que vemos é os senhores a serem condenados, saírem do tribunal e darem entrevistas para a televisão como se nada tivesse acontecido, é a prova irrefutável que faltava que a ficção é completamente desfasada da realidade?
Houve um comentador – Imperator – que respondeu: “Coisas completamente diferentes e realidades ainda mais diferentes. Nos filmes eles só têm 90 minutos para tratar a coisa e no fim a maior parte das vezes acabam por ... apressar o óbito ao mau da fita. A realidade... o pobre vai preso o resto... vai para um outro lado qualquer”.

Subscrevo, o comentário.

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