Já. Infelizmente.
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| Soajo, 13/08/2010 |
Todos os anos, uns mais outros menos, por altura do verão o país vira um inferno com os fogos.
E o pior, pelo menos em vox populi, é que a esmagadora maioria são de origem criminosa. Não tenho dados – nem sei se os há – para poder afirmar que a maioria dos fogos têm origem criminosa. Mas não tenho dúvidas que a maioria são provocados pelo homem. Por descuido, por negligência, por falta de cuidado e de civismo. Por interesses claros ou obscuros também os há. Mas que eu saiba nenhum interessado no fogo foi preso. O fogo na floresta está com contornos semelhantes à droga. O traficante se se descuidar vai preso; o barão da droga, jamais!
Todos nós temos a solução para o caso. Aliás, para todos os casos. Para este em concreto a solução não passa, seguramente, pela nacionalização de terrenos abandonados ou de florestas por limpar. O Estado, como afirmou Paulo Portas, é nesta matéria o maior incumpridor.
O Estado deveria ser o primeiro a dar o exemplo, limpando e desbravando as suas matas e florestas. Em seguida obrigar, sim obrigar! todos os proprietários de terrenos com árvores a mantê-los limpos assim como as suas vias de acesso. Por favor não venham com a desculpa absurda que não têm dinheiro para esse fim. Em terceiro lugar educar e ensinar a viver em sociedade, coisa que não se faz na escola em Portugal.
2 comentários:
Talvez o título mais ajustado fosse: "Portugal ainda está a arder!" Até quando, é a pergunta que se faz.
É importante apurar as causas dos incêndios e, sempre que é criminosa, descobrir, julgar e condenar os criminosos.
Também é importante um maior civismo que nos impeça de facilitar o deflagrar de incêndios.
Mas, o mais importante é a prevenção - o planeamento e ordenamento do território, na perspectiva da defesa do ambiente, do desenvolvimento agrícola e da defesa sustentável do mundo rural. Essa será, estou certo, a melhor forma de impedir que Portugal continue a arder como tem ardido, sempre que as condições climatérias ajudam.
Caro Lopes Guerreiro
O título foi escolhido como adaptação da frase, mais triste e funesta, "Paris já está a arder?", como certamente compreendeu.
Portugal tem no verão um risco elevado de probalidade de incêndio. Temperaturas durante vários dias acima dos 37-38º (refiro-me ao norte de Portugal) criam um 'clima' explosivo para o incêndio. Casas junto a matas/florestas sem aceiros de defesa, florestas sem qualquer tipo de limpeza e prevenção contra incêndio, são condições mais que suficientes para tornar qualquer área florestal como candidata a fogo.
Mas o pior não é isso. O pior é que isto se repete ano após ano e nada se faz para contrariar esta tendência. NADA!
Ordenar um território dá trabalho. E se calhar, quem o quiser ordenar mete-se em 'trabalhos'.
Por isso, deixa arder ...
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