sábado, 7 de abril de 2012

Jesus descido da cruz

 
No escuro da basílica do Santo Sepulcro em Jerusalém, centenas de franciscanos e religiosos de todo o mundo fizeram silêncio e depositaram “o Senhor no túmulo e encerraram as portas”.
“Aqui deixámos o Senhor, figurado numa belíssima escultura articulada do Crucificado” que, por razões “do Statu quo, não poderá aí permanecer até ao raiar do domingo”, relata o sacerdote português José Nuno Silva, à Agência Ecclesia.
Um canto “o Miserere mei Deus” quebrava o silêncio que ao longo da procissão conduziu os participantes às Capelas do Calvário, lugar onde quatro diáconos libertam Jesus da cruz.
“Outro diácono toma um martelo e bate três vezes na extremidade direita da trave horizontal da Cruz, com a tenaz retira o Cravo da Mão do Senhor, mostra-o claramente a todos, silêncio, coloca-o na bandeja e o Braço tomba, o primeiro diácono com o martelo bate três vezes na extremidade esquerda da trave horizontal da Cruz, toma a tenaz e retira o Cravo da outra Mão, mostra-o em volta, silêncio”, recorda o sacerdote José Nuno.
Deposta a imagem do corpo de Jesus e descido da cruz e preparado para a sepultura, o Custódio da Terra Santa “incensou a entrada da edícula da Anastásis e fechou as suas portas, depois de ter visitado o que deixou jacente, aqui, no lugar onde, segundo a Tradição, Jesus foi sepultado”.
“Esta foi a única das procissões na basílica em que as velas se extinguiram, ou sobrou pequenino coto, nos nossos dedos”, assinala o padre José Nuno que relata à Agência Ecclesia as celebrações da Semana Santa na cidade onde Jesus morreu.
    

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