domingo, 1 de novembro de 2009

O Sino de Outubro

Recebi há pouco, via e-mail e de mão amiga, O Sino – Boletim Paroquial de Quintos.
Está diferente. “Colunistas” novos: Bárbara Ferreira, Ilda Henriques, Afonso Ribadouro. Ninguém de Quintos. Não acredito que alguém em Quintos saiba quem são, a não ser o senhor diácono.
Escolhi, para aqui publicar, um texto assinado por Bárbara Ferreira.


Direito à Vida

O direito à existência é o direito de estar vivo, de lutar pelo viver, de permanecer vivo.
Existir é o movimento contrário à morte. A vida humana não é apenas um conjunto de elementos materiais, integram-na também outros valores – valores morais.
O direito à liberdade acompanha o direito à vida. Numa sociedade onde há leis, a liberdade não pode consistir em poder fazer o que se quer. É o direito de fazer tudo o que as leis permitem.
A liberdade é vista como igualdade na componente em que alguns direitos pessoais essenciais ao indivíduo com a vida, a liberdade e a segurança pessoal interagem com o intuito de proporcionar à pessoa um nível de condições de sobrevivência.
Liberdade opõe-se a autoritarismo. O conceito de liberdade humana deve ser expresso no sentido do homem se realizar pessoalmente e atingir a felicidade. O direito pessoal serve, não só, para reforçar a protecção do direito à vida, como também para garantir a integridade do ser.
Agredir o corpo é um modo de agredir a vida. Como alguém salientou, “é sempre possível morrer no lugar do outro, mas é radicalmente impossível assumir a experiência existencial da morte alheia”. No entanto, alguns países que proclamam a vida como princípio constitucional, admitem práticas como a pena de morte, a eutanásia e o aborto, que negam e agridem a consciência de toda a civilização. O carácter único e insubstituível de cada ser humano veio demonstrar que a dignidade da pessoa existe singularmente em todo o indivíduo e que nenhuma justificação pode legitimar a pena de morte. O homicídio voluntário é sempre um acto eticamente injustificável e inadmissível pelo que fomentá-lo é também uma forma de terrorismo.

Bárbara Ferreira

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