segunda-feira, 13 de julho de 2009

H1N1. Tento na Língua Precisa-se!

Está declarada guerra aberta ao vírus H1N1.
Quando uma virose – seja ela de gripe ou não – atinge o estatuto de pandemia, há que fazer um trabalho sério, técnico e acima de tudo informativo para parar a propagação, delimitar e reduzir as zonas de risco. Aliás este trabalho deve ser iniciado muito antes da declaração de pandemia pela OMS.
A informação à população deve ser feita com base na verdade e no conhecimento. Nunca com base no hipotético e na profecia.
Aquando do caso do H5N1 as profecias dos “entendidos” apontavam para um ataque do vírus na casa dos 40% com uma mortalidade que poderia atingir números loucos. Milhões! Quando se fala daquilo que não se sabe dizem-se barbaridades destas. Felizmente os Nostradamus do H5N1 espalharam-se ao comprido.
Hoje, tal como ontem, os Nostradamus voltaram à carga. À primeira vista são pessoas que até deveriam saber o que estão a dizer. Se calhar até sabem … quando vejo alguns responsáveis da OMS, a ministra da saúde e o director geral de saúde de Portugal atirar para o ar os números que o H1N1 vai atingir nos próximos meses, deixa-me tonta. Estes tipos devem estar em contacto com algum extraterrestre que lhes faculta dados que mais ninguém neste Planeta tem. Ou então … recuso-me a pensar.
Eu sei que a pressão das farmacêuticas é enorme.
Todos nós sabemos que os tamiflus centuplicaram as vendas desde as profecias do H5N1 em 2006.
Todos nós sabemos que os tamiflus não param de subir as vendas apesar de ser duvidosa a eficiência deste fármaco na gripe suína.
Tratar a gripe A como se de um caso politico se tratasse é uma vergonha.
Mas maior vergonha é tratá-la como uma questão económica.

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