quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Quintos Não Está de Luto

O governo decretou 3 dias de luto nacional pelas vítimas do temporal que assolou a Região Autónoma da Madeira (Decreto nº 1-A/2010 de 22 de Fevereiro).
Diz o nº 1 do Artigo 7º do Decreto-Lei nº 150/87 de 30 de Março que “Quando for determinada a observância de luto nacional, a Bandeira Nacional será colocada a meia haste durante o número de dias que tiver sido fixado.”
Hoje, 24 de Fevereiro, é o último dia de luto nacional, mas a sede da Junta de Freguesia de Quintos que funciona no edifício da Casa do Povo de Quintos continua sem a Bandeira Nacional a meia haste.
Confrontado com esta situação – se não sabia que o governo português tinha decretado 3 dias de luto nacional – o senhor presidente da Junta de Freguesia – António Felizardo – respondeu, laconicamente: “Não sei de nada!”, virando costas à interlocutora foi-se embora.
Diz a interlocutora, que nos pediu anonimato, que o senhor presidente da Junta de Freguesia de Quintos gosta mais de festas.
Esquece o senhor presidente da Junta de Freguesia que Quintos, na noite de 5 de Novembro de 1997, já foi assolada por um temporal que deixou a aldeia isolada do resto do mundo por alguns dias. Nessa noite, só por milagre, o temporal não fez mortes em Quintos.
Como a memória é curta!

2 comentários:

Manuel António Domingos disse...

Em Entradas passou-se o mesmo!

José Falcão disse...

Apesar de sem dados concretos, tenho quase a certeza que este caso se repetiu por muitos mais locais, e não apenas em Quintos e Entradas.
Estar 'à frente' de uma Junta de Freguesia não é o mesmo de estar a um balcão de mercearia de esquina.
Não basta assinar uns papelitos, electrificar um campo de futebol ou remendar uma rua. Ser executivo de uma Junta de Freguesia é muito mais que isso! É um Serviço Público. Não é o 'seu' quintal.
Mas, uma coisa é certa: a culpa não é dos eleitos, é - sempre! - dos eleitores.