domingo, 30 de setembro de 2012

Air Force One

 
Na passada segunda-feira, o Air Force One projetava a sua sombra num campo de golfe quando fazia a aproximação ao JFK de Nova Iorque. A bordo, obviamente, o presidente Barack Obama que iria participar na Assembleia Geral das Nações Unidas.
 

Photo: Brendan Smialowski / Agence France-Presse / Getty Images
 

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Para pensar... E agir!

 
De Paulo Pinto, hoje, no blogue Jugular, sem mais comentários.

glosa a mote alheio

Primeiro, levaram os apoios sociais, e eu nada disse porque não sou reformado nem desempregado.
Depois, assaltaram o SNS, e eu nada fiz porque não sou doente.
Depois, rapinaram a educação, e eu deixei-me estar porque não sou estudante.
E no dia em que me sugarem a última gota, haverá ainda alguém para falar por mim?


 

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Indignadas

 
Ordeiramente, um grupo de muçulmanas expressou a sua indignação contra as caricaturas do Profeta Maomé publicadas por uma revista francesa.
Esta ação de protesto realizou-se na passada sexta-feira em Londres em frente à embaixada francesa.
 

Photo: Adrian Dennis / AFP / Getty Images
   

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A pé para a escola

 
Na povoação espanhola de Pobla de Vallbona, Valência, as crianças satirizam desta forma a suspensão determinada pelo governo do autocarro que as levava para a escola.
 
Photo: Biel Alino / European Pressphoto Agency
 

domingo, 23 de setembro de 2012

Hurricane Haren

 
Haren, pequena cidade holandesa com cerca de 18 mil habitantes, nomeado o município mais atrativo da Holanda em 2012, amanheceu este sábado como um campo de batalha. Os seus habitantes não queriam crer no que viam, lixo e mais lixo, latas e garrafas de bebidas por todo o lado. O mobiliário urbano, e sobretudo os imaculados jardins da cidade sofreram um autêntico assalto pelas quase 4.000 pessoas que na passada sexta-feira acorreram a uma falsa festa de aniversário convocada pelo Facebook.
Merthe, a adolescente aniversariante, esqueceu-se de mencionar na rede social que o convite era privado e está destroçada, tal como seus pais. Saldo final 34 detidos, 30 feridos e carga da polícia antimotim até às 3 da madrugada.
O convite de Merthe, que completou 16 anos, foi confirmado por cerca de 30.000 pessoas! Ante a ameaça que poderia ser semelhante avalancha à cidade de Haren, no norte do país, o município tomou medidas. A realidade superou as expectativas do presidente do município, Rob Bats, que admitiu o caos. "Venho de San Martín (antigas Antilhas Holandesas) onde sofremos furacões. Isto é como se aqui tivesse passado um."
À semelhança de outros convites em massa, entre os jovens que foram para Haren havia "um núcleo duro de cerca de 25 jovens que procuravam luta", segundo as autoridades. Alguns moradores de Haren perguntam porque é que as autoridades não levaram estes falsos convidados para o campo de futebol da cidade, a fim de ali efetuarem a festa. Uma gelataria italiana situada na rua onde mora Merthe, foi invadida por um grupo de bêbados que partiu e roubou montras, jogou cadeiras e garrafas ao chão. Uma sapataria do centro da cidade foi destruída e saqueada. "Parecia uma guerra, com a polícia a carregar sobre estes vândalos", afirmou o proprietário de um café que teve que fechar portas e janelas com os seus clientes lá dentro para evitar serem assaltados.
Apesar do susto, este fim de semana os moradores da Haren não se mostram amedrontados e jogaram mãos a baldes, esfregonas e pás para limpar a sujidade deixada pela passagem dos vândalos. Chamam-lhe, com bom humor, "Operação Limpeza".
 
Texto de Isabel Ferrer, publicado in El País 22/09/2012
 

sábado, 22 de setembro de 2012

A verdade, sempre!

 
Em muitas situações a verdade incomoda. Ou melhor, torna-se incómoda aos defensores da ignorância, do sigilo, do obscurantismo.
O Cardeal Martini sempre lutou contra a mentira. Foi, muitas vezes, incómodo para os arautos das trevas.
É sobre o Cardeal Carlo Martini, recentemente falecido, a pequena nota de D. António Marcelino publicada no semanário diocesano Notícias de Beja que transcrevemos, com a devida vénia:
 
Photo: Thomas Coex / AFP / Getty Images
A coragem da verdade, mesmo que incómoda
 
O Cardeal Martini, de Milão, há pouco falecido, foi um exemplo eloquente do serviço à verdade, mesmo se a sua proclamação e defesa provocam incómodos. Só a verdade liberta.
A Igreja existe para propor, defender e testemunhar a verdade. Se o sangue de cristãos é semente de novos crentes, que seja semente de coragem o testemunho de um bispo sereno, firme, lúcido e interventivo, que abanou estruturas e foi ponte para muitos que estavam fora e com ele aprenderam a olhar Cristo e a Igreja de um outro modo. Mas não é este o dever diário de quem tem, por missão, tornar vivo e presente na sociedade um Cristo Irmão e Amigo e uma Igreja fraterna, serva da verdade e defensora dos mais pobres, injustiçados e não amados?
O testemunho do Cardeal Martini vai perdurar e ser estímulo para os que o conhecerem e à sua pessoa, obra e seu modo de ser bispo e pastor conciliar, nos tempos modernos, cheios de desafios, mas também de oportunidades.
 
António Marcelino, Bispo emérito de Aveiro in Notícias de Beja 20/09/2012
 
 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Democracia

 
Democracia é o sistema político em que o poder de tomar decisões políticas é dos cidadãos (povo) direta ou indiretamente, por meio de representantes eleitos, o mais usual.
No Bahrain, tal como na Síria ou Arábia Saudita, por exemplo, democracia é uma palavra proibida. Pior que isso, o povo não tem direitos, apenas e só deveres.
É contra esse estado de coisas que algumas centenas de pessoas se manifestaram na passada sexta-feira em Al Manamah, capital do Bahrain.
No conjunto dos cartazes pode ler-se 'Democracia', que é o que pedem.
 
 
Photo: Hasan Jamali / Associated Press
 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Independência já!


Independência foi o que mais de um milhão de pessoas (estimativa policial) gritou pelas ruas de Barcelona na passada terça-feira, 11 de setembro.
Catalunha independente é o que exigem contra o desgoverno de Madrid que arrasta toda a Espanha para uma profunda crise.

   
Photo: Lluis Gene / Agence France-Presse / Getty Images
 

A Igreja num país em crise

 
Nota do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa
 
1. O momento socioeconómico que Portugal atravessa está a ser difícil para muitos portugueses. A Igreja é sensível ao sofrimento de todos, particularmente dos mais pobres e dos desempregados, independentemente da fé que professam. A Igreja faz parte da sociedade e, com a visão do homem e da vida que lhe é própria, é chamada a contribuir para o bem das pessoas e da comunidade nacional como um todo. A principal resposta da Igreja para o momento atual tem sido dada pelas suas instituições de solidariedade social, como prática ativa da caridade.

A Igreja e a comunidade política

2. Quando celebramos 50 anos do início do Concílio Vaticano II, é oportuno recordar o seu ensinamento, tantas vezes confirmado pelo Magistério posterior, sobretudo dos Papas. A Igreja é um Povo, uma comunidade estruturada e organizada, que assume como dever a procura do bem-comum de toda a sociedade. Esse é também o fim da comunidade política. “No campo que lhe é próprio, a comunidade política e a Igreja são independentes e autónomas uma da outra. Mas ambas, embora a títulos diferentes, estão ao serviço da vocação pessoal e social dos mesmos homens” (Gaudium et Spes, nº 76).
Segundo a doutrina do Magistério, a Igreja como comunidade intervém na sociedade a três níveis: os cristãos leigos, guiados pela sua consciência cristã, têm toda a liberdade de participação e intervenção política; as associações da Igreja, com particular relação à hierarquia, devem intervir tendo em conta o diálogo com os seus pastores; os sacerdotes e bispos têm como ministério anunciar o Evangelho e a doutrina da Igreja para todos, de modo que ela possa ser acolhida, nomeadamente no que diz respeito à sua doutrina social.

A Igreja e o atual momento da sociedade portuguesa

3. A doutrina social da Igreja, que temos sempre o dever de anunciar, ilumina a realidade, interpela a consciência dos intervenientes na coisa pública e sugere atitudes que exprimam valores.
- Prioridade na busca do bem-comum. Esta primazia da busca do bem-comum de toda a sociedade atinge todas as pessoas e todos os corpos sociais. É o caminho para construir uma unidade de objetivos, no respeito das diferenças: governo e oposição, partidos políticos, associações de trabalhadores e de empresários, etc. As diferenças são legítimas, mas a unidade na procura do bem-comum é sempre necessária e indispensável. A superação das legítimas divergências, num alargado consenso nacional, supõe sabedoria e generosidade lúcida.
- Direito ao trabalho. Este não deve ser concebido apenas como forma de manutenção económica, mas como meio de realização humana. O desemprego é, certamente, um dos aspetos mais graves desta crise, o que supõe um equilíbrio convergente de vários elementos: criatividade nas empresas, caminhos ousados no financiamento, diálogo social em que pessoas e grupos decidam dar as mãos, apesar das suas diferenças.
- Estabilidade política. É exigida pela própria natureza da democracia e da responsabilidade dos seus atores, requerendo a busca permanente do maior consenso social e político. Numa democracia adulta, as “crises políticas” deverão ser sempre exceção. Em momentos críticos, podem comprometer soluções e atrasar dinamismos na sua busca. Todos sabemos que, para superar as presentes dificuldades, não existem muitos caminhos de solução. Compete aos políticos escolhê-los, estudá-los e apresentá-los com sabedoria.
- Respeito pela verdade. O discurso público tem de respeitar a verdade do dinamismo das situações e da procura de soluções.
- Generosidade na honestidade. O bem da comunidade nacional exige de todos generosidade para não dar prioridade à busca de interesses particulares e a honestidade para renunciar a caminhos pouco dignos de procura desses interesses. Só com generosidade se pode alcançar um bem maior.

Renovação cultural

4. Esperamos que a presente situação faça avançar a verdadeira compreensão sobre alguns elementos decisivos do mundo económico-financeiro em que estamos inseridos:
- Os sistemas económico-financeiros. Portugal, membro da União Europeia e da Zona Euro, está inserido no quadro das economias liberais, vulgarmente designadas de capitalismo. A Igreja sempre defendeu, entre as expressões da liberdade, a liberdade económica, desde que as suas concretizações se submetam aos objetivos do bem-comum. Os próprios lucros das pessoas, das empresas e dos grupos devem orientar-se para o bem-comum de toda a sociedade.
- O equilíbrio entre finanças e economia. O Papa Bento XVI concretizou o pensamento da Igreja, salientando que as finanças devem ser um instrumento que tenha em vista a melhor produção de riqueza e o desenvolvimento. Importa que a economia e as finanças se pratiquem de modo ético a fim de criar as condições adequadas para o desenvolvimento da pessoa e dos povos.
- Os mercados. Sujeitos a uma dimensão ética de serviço à humanidade, os mercados não podem separar-se do dinamismo económico, transformando-se em fontes autónomas de lucro que não reverte, necessariamente, para o bem-comum da sociedade.
A superação da crise supõe uma renovação cultural. A Igreja quer contribuir para esta renovação com os valores que lhe são próprios: a dignidade da pessoa humana, a solidariedade como vitória sobre os diversos egoísmos, a equidade nas soluções e na distribuição dos sacrifícios, atendendo aos mais desfavorecidos, a verdade nas afirmações e análises, a coragem para aceitar que momentos difíceis podem ser a semente de novas etapas de convivência e de sentido coletivo da vida. Nós, os crentes, contamos para isso com a força de Deus e a proteção de Nossa Senhora.

Fátima, 17 de setembro de 2012
 

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Obrigado!

 
Segunda-feira, 10 de setembro, um avião da British Airways sobrevoava Londres com a mensagem 'Thank You' na fuselagem inferior, agradecendo a todos os atletas que participaram nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos.
 
Photo: Stefan Rousseau / Reuters
 
 

domingo, 16 de setembro de 2012

Olé!


 
Sábado, 8 de setembro, em Ronda (Málaga) o toiro ficou neste 'estado'.
Photo: Jon Nazca / Reuters
 

sábado, 15 de setembro de 2012

Há que abrir portas!

 
É uma reflexão muito oportuna, na qual todos devemos meditar, a que D. António Marcelino publica no jornal Notícias de Beja da semana em curso.
É uma mensagem, um alerta, a todos nós.


A porta estreita que devia ser larga

Dói ver como se põem de lado leigos que apresentam novas iniciativas apostólicas, dão sugestões em grupos e em conselhos de que são membros, mostram a sua discordância ante decisões que saem apenas de uma cabeça…
Outros são marginalizados também porque optam por trabalhar em organizações profissionais ou até partidos políticos em vez de movimentos de Igreja…
Dói, por se teimar, fora do tempo e ao arrepio do mesmo, em conservar uma Igreja fechada e sem futuro. Uma Igreja clerical. Quanto falta ainda para que o Vaticano II esteja cumprido de modo a ser, com uma Igreja renovada, sinal de esperança e de tempos novos?!

António Marcelino, Bispo emérito de Aveiro in Notícias de Beja 13/09/2012 

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Quem pintou o Yangtze?

 
Quinta-feira, 06 de setembro, em Chongqing o rio Yangtze apresentava-se assim, colorido!
As autoridades investigam o caso, mas por enquanto desconhecem a causa da cor.


Photo: Zuma Press
 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Testemunho de Fé

 
Apenas hoje chegou à minha caixa de correio eletrónico o boletim paroquial de Quintos referente ao mês transato. O Sino, assim se chama o boletim de Quintos, é da responsabilidade do senhor diácono José Rosa Costa, cuja esposa atravessa um mau momento de vida motivado pela doença que a atingiu. No entanto, desafiando todas as contrariedades, luta contra a doença com todas as suas forças não perdendo a esperança e fortalecendo a sua Fé.
É seu o testemunho publicado no último número de O Sino que aqui reproduzimos:

Testemunho

Há mais de um ano que estou a passar pela dura experiência de luta contra a doença que me surpreendeu. Numa renhida luta contra o tempo faço-lhe frente entregue à Ciência Médica, sem me ter deixado abater nem psicologicamente nem pelo medo...

Na família tenho encontrado o apoio e o carinho tão necessários nesta hora e em Deus a força para continuar a lutar cheia de esperança.

Ainda não venci esta batalha, tão pouco sei se a vencerei, mas seja qual for o resultado final há uma certeza que eu tenho e que me vai dando coragem para este momento difícil que atravesso: é a certeza de que sou muito amada por Jesus que nesta fase de dor, como em muitas outras etapas da minha vida, está sempre presente e me acompanha aliviando-me a cruz que carrego cujo “peso” só nós dois conhecemos...

Continuo cheia de esperança confiando na Medicina e entregando-me nas mão de Deus, pelo que adotei esta máxima de vida: «Estou nas mãos de Deus e dos Médicos». Todo o resto é uma incógnita, apesar de eu estar preparada para o que o futuro me reservar...
Felizmente nem tudo são maus presságios, pois tenho experimentado progressos de melhoria com a consciência de que numa batalha em que se digladiam duas forças desiguais apenas uma sairá vitoriosa.

Só Deus sabe qual será!

Maria Maximina Rosa Costa in O Sino de agosto de 2012
  

domingo, 9 de setembro de 2012

O inferno em Portugal

 
Viseu, na passada terça-feira. O fogo não dava tréguas.
Photo: Nuno André Ferreira / European Pressphoto Agency

   

domingo, 2 de setembro de 2012

Colonialistas

 
O estado sem vergonha de Israel continua na sua pérfida ação colonialista de roubo de terras ao povo palestiniano.
Na passada sexta-feira, 31 de agosto, com a cobertura do exército, houve nova ação de roubo de terras na aldeia de Kafr Qaddum, próximo da cidade de Nablus, na Cisjordânia.
Nesta imagem pode ver-se uma mulher palestina a usar o seu sapato para ameaçar os soldados israelitas.

 
Photo: Nedal Eshtayah / APA Images / Zuma Press