domingo, 27 de maio de 2012

Paradoxos

 
Soldados do exército americano em Senjaray, Afeganistão, na passada quarta-feira. Contratando com o aparato militar, uma criança passa entre os militares com o seu carro de mão.

Photo: Shamil Zhumatov / Reuters
   

quarta-feira, 23 de maio de 2012

A censura judicial

 

 
A agressividade comercial está na moda. Quem é que ainda não recebeu uma chamada telefónica a dar-lhe os parabéns pelo «prémio magnífico» que acaba de lhe ser atribuído. Ou na rua a «oferecerem-lhe» tudo sem nada pedirem em troca.
A agressividade comercial é salutar desde que cumpra as regras. E a Lei. Mas na maioria dos casos são autênticas fraudes e embustes à procura dos incautos. Mais grave se torna quando se aproveitam de situações de fragilidade como seja o desemprego, a iliteracia, etc.
Os Precários Inflexíveis denunciaram um caso destes. A empresa visada não gostou e intentou uma Providência Cautelar contra o blogue. O Tribunal deu razão à empresa. Está mal!
Li o artigo do blogue e seus comentários que relatam apenas casos que todos nós já sabemos de cor e salteado. O Ministério Público é que devia intentar uma Providência Cautelar contra as empresas que praticam estes métodos de 'fraude legal'.
Aqui expresso a minha solidariedade ao blogue Precários Inflexíveis e a todos os lesados nas manobras de «marketing» a que o Tribunal deu aval.

domingo, 20 de maio de 2012

Analisando o adversário

 
Sexta-feira, 18 de maio.
Em Skipton, North Yorkshire, UK, decorria o leilão de cães de gado. O da foto analisava o desempenho dos seus adversários.
 

Photo: Christopher Furlong / Getty Images
 

sábado, 19 de maio de 2012

Polícia de Israel

 
Zelosos, como sempre.
Na passada terça-feira atuavam assim, em força, na detenção de um «terrorista» palestiniano em Jerusalém.

Photo: Menahem Kahan / Agence France-Presse / Getty Images

 

domingo, 13 de maio de 2012

Dignificar quem trabalha

 
A Igreja tem o dever e a obrigação de fazer sua a luta dos oprimidos.
Não podemos ficar calados quando em tempo de crise se aponta o dedo apenas e sempre ao mesmo: àquele que trabalha. É precisamente a esse, que pouco ou nada contribuiu para o estado de desgraça a que chegámos, que maiores sacrifícios se pedem.
É tempo de dizer basta!
Do senhor Bispo de Beja, D. António Vitalino Dantas, e com a devida vénia, publicamos excertos da sua nota pastoral de 02 de maio.

Desenvolvimento e Trabalho

Entramos no mês de maio com o dia internacional do trabalhador, um dia feriado, para lembrar as lutas dos trabalhadores e suas organizações, criadas para defender o direito a um trabalho digno com remuneração justa. Com a industrialização e o implemento do trabalho dependente, apareceu a classe operária, muitas vezes em contraposição com o patronato e o capital.
(...)
Todos nos habituamos a subir o nível de vida, o que implica crescimento económico, trabalho para todos e remuneração justa. Mas a Europa, face à crise da economia global, ao desequilíbrio das contas públicas e ao crescente endividamento externo de Portugal, que se viu obrigado a pedir ajuda para evitar a bancarrota, impôs austeridade, o que veio diminuir o consumo e as receitas provenientes do imposto sobre as transações e o trabalho, com a insolvência e mesmo falência de muitas empresas e subsequente aumento do desemprego.
O trabalho é um direito da pessoa e faz parte da realização da sua dignidade. A evolução económica e o desemprego estão a desumanizar a nossa sociedade. Temos de encontrar outras políticas de desenvolvimento socioeconómico, que criem emprego, postos de trabalho. De contrário, estamos a fomentar uma sociedade injusta, porque priva muitas pessoas dos seus direitos fundamentais, O desenvolvimento económico não é ilimitado, mas tem de ser sustentável em todas as dimensões, no respeito pela dignidade da pessoa, pela ecologia e pelo bem comum.
(...)
Ao entrar no mês de maio, tradicionalmente dedicado a Maria e às mães, confio a Nossa Senhora este anseio, para que nenhuma mãe veja os seus filhos sofrer a fome e a falta de trabalho.
† António Vitalino, Bispo de Beja 02-05-2012
 

¿Por qué no te callas?

 
"Estar desempregado tem que representar uma oportunidade para mudar de vida."


Afirmação do primeiro-ministro que nós temos
 

sábado, 5 de maio de 2012

Foi Páscoa...

  
É este o título do artigo de primeira página do boletim paroquial de Quintos «O Sino» do corrente mês. É um texto para todos nós, que se dizemos cristãos, meditarmos.
De autoria do senhor diácono José Rosa Costa e com a devida vénia, o transcrevo.

Foi Páscoa…


Passou mais uma Páscoa.
Para quem vive a fé convictamente, este dia não foi apenas o culminar de umas mini férias, tão pouco o encontro e confraternização de familiares, mas também a participação nos atos litúrgicos da sua paróquia e, particularmente, a participação na Missa da Ressurreição do Senhor.
Contudo, há cristãos para quem todo o tempo pascal e a Eucaristia, passam ao lado, numa total indiferença.
Muito mal vai o cristão quando, por vontade própria, e ou sem motivos de força maior, despreza a Eucaristia, ponto culminante da Fé Católica, porque memorial da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu e ressuscitou por todos.
A Eucaristia (Missa) é a grande festa dos Católicos e sem Ela o crente não pode viver.
Ainda a vivermos o tempo pascal, até Domingo de Pentecostes, é altura, por excelência, para uma séria reflexão para quantos, por motivos vários e às vezes sem razão, se afastaram da prática religiosa dominical, ou para tantos outros que nem sequer a iniciaram. Deus, porque ama, espera sempre pelo regresso do filho pródigo. A vida não é só um manancial de diversão, família, trabalho, e alegrias (tristezas também), tem ainda a componente religiosa para o louvor e ação de graças a Deus.
Foi Páscoa! Cristo ressuscitou e está vivo! Aleluia!

Diácono José Rosa Costa in «O Sino» maio de 2012
  

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Trabalhador versus colaborador

 
Sem mais comentários, porque subscrevo na íntegra, eis parte da crónica de Manuel Esteves no Jornal de Negócios.
Com a devida vénia:


Trabalhar ou colaborar, eis a questão

"(...) Trocam-se os termos como se fossem sinónimos. Mas não são. E todos sabemos que não são. O colaborador colabora hoje, mas já não colabora amanhã. Colabora, portanto não se queixa, nem refila e desempenha a sua actividade de forma passiva. E nunca veste a camisola porque esta não lhe é dada.
Todos nós, quando nos levantamos da cama, de segunda a sexta, não o fazemos para ir colaborar. Não chegamos ao fim do dia cansados por termos estado a colaborar. Não é a nossa colaboração que enche de orgulho – ou de frustração. Grande parte do que somos, fazemos e representamos está no nosso trabalho. Por isso, somos trabalhadores.
No fundo, é isso que se celebra no 1.º de Maio. E para que possa ser festejado é feriado. Um feriado que homenageia o trabalho no seu sentido mais nobre, o trabalho que não é apenas fonte de rendimento, mas também de realização e de prazer. E de respeito. A isso chama-se trabalho. Nunca colaboração."

Manuel Esteves in Jornal de Negócios 26/04/2012