sexta-feira, 15 de novembro de 2019

A cabra

Um homem entra na sacristia com uma cabra e diz ao padre:
– Padre, precisava de falar consigo.
– Diga, meu filho.
– É que a minha família não tem nada para comer, e eu roubei esta cabra. Mas sinto que pequei, posso deixá-la consigo?
– Claro que não!
– Então que devo fazer?
– Ora, deve entregá-la à pessoa de quem a roubou!
– Mas eu já tentei, só que ele agora recusa-se a ficar com ela, Que devo fazer?
– Bem, se ele se recusa, então pode ficar você com ela e alimente a sua família!
O homem lá se resigna, agradece ao padre pelo seu tempo e vai-se embora, com a cabra. À noite, o padre chega à casa dos padres e diz a outro:
– Olha, tenho uma história para te contar.
– Eu também! Roubaram-nos a cabra.

(roubada, a anedota, de ppware)

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

domingo, 29 de setembro de 2019

A greve dos ricos

Foto: Marina Aguiar | Olhares
O título é da minha autoria e responsabilidade. O texto que se segue é de F. Bandeira Calado, Aljustrel, publicado no último número do Diário do Alentejo na secção “Cartas ao Diretor”. Transcrevo e subscrevo.
«Todos temos direito a uma vida digna. Digo isto por ver que há pessoas que trabalham, em trabalhos imprescindíveis ao bom funcionamento do nosso país e do nosso bem-estar, mas injustamente recebem um salário que não lhes permite comprar o indispensável para viverem.
E depois há aqueles que já andam “empanturrados” e querem aumentos salariais. E quando não lhes dão aquilo que eles querem, fazem “birras”, não trabalhando e fazendo assim sofrer, apenas, os que têm um salário baixo.
Imaginam essas pessoas que o trabalho que exercem é o único que faz funcionar o nosso país. E com essa imaginação, julgam-se com o direito de comer tudo, o que Deus pôs sobre a mesa do nosso país, destinado a todos nós, sem se importarem mesmo que os outros fiquem com fome.
Mas deveríamos fazer a pergunta à nossa consciência: Quando o dinheiro é limitado, quem é que devemos socorrer primeiro? Quem tem fome ou quem tem a barriga já cheia?»

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Redes sociais, reflexão


Sem comentários transcrevo e subscrevo Pedro Tróia.
«Os piores efeitos destes novos “meios de comunicação” [facebook, instagram, twitter, etc.] é facilitarem, por um lado, o aparecimento de personagens cujo único objetivo é desinformar, quer por estupidez, como é o caso das teorias de conspiração, que depois levam à negação do próprio conhecimento e ciência, quer intencionalmente, para influenciar outras pessoas a fazerem aquilo que é vantajoso para esses influenciadores. Por outro lado, as redes sociais promovem um sentimento de impunidade que leva a que algumas pessoas pensem que podem fazer tudo o que lhes vier à cabeça, por muito retorcido que seja, e depois partilhá-lo com o resto do planeta sem quaisquer consequências.
Como é que isto se soluciona?
Francamente, não temos ainda ferramentas tecnológicas capazes de impedir estes fenómenos, e (…) regular as redes sociais até se transformarem em dóceis animais amestrados não é solução.»
Pedro Tróia, PC Guia julho 2019

terça-feira, 3 de setembro de 2019

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

A Saúde em Beja está doente

“Dentro de cinco anos não há quem assegure a vida no hospital de Beja, a menos que sejam tomadas medidas urgentes.” Pragmático, como é seu timbre, Pedro Vasconcelos da Ordem dos Médicos do Distrito de Beja no Diário do Alentejo de 30 de agosto, e prossegue:
“Pior que uma insensibilidade há uma indiferença negligente, que radica no imediatismo de saberem que o peso político deste distrito se resume a três deputados.”
(…)
“Mas desenganem-se os que pensam que a solução passa só por um nível de responsáveis. Ou o poder central, o poder autárquico, as tutelas locais da saúde e a sociedade civil se sentam, de cabeça e corações abertos, e rapidamente estudam e criam condições para atraírem e manterem pessoas, serviços e empresas, chamando investimentos e desenvolvimentos na Saúde, na Justiça, no Ensino, na Cultura, no Turismo, nas Acessibilidades, no Lazer, ou não será com desabafos no Facebook que o interior renascerá.”
Isto, meus caros leitores, não é demagogia, é puro pragmatismo que subscrevo.

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Um mundo em chamas

Os incêndios na Amazónia, infelizmente, não são os únicos.
Neste momento violentos incêndios destroem savana na África central. Segundo a NASA foi em África que tiveram lugar 70% dos 10.000 incêndios diários registados em média em agosto no nosso planeta.
Na Indonésia há fogos intencionalmente provocados para fins agrícolas e de pastorícia de dimensão semelhante ao que deflagra agora na Amazónia. Na Sibéria, desde julho,  as chamas consumiram mais de 24.000 km² de floresta.
Os cientistas afirmam que os incêndios comuns no verão estão a aumentar por motivo das alterações climáticas sobretudo no Ártico e, por sua vez, os incêndios estão agravando o aquecimento global com as emissões de CO2.
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Nota: a FIRMS (Fire Information for Resource Management System) dá em tempo real o retrato dos fogos em todo o mundo.


Imagem: FIRMS | NASA
Fonte: The New York Times

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Horários Pesados & Perigosos


Confesso que não compreendo, pronto!
Segundo um documento da ANTRAM, referindo-se à duração de condução dos seus motoristas, “A regra é a de que a duração máxima de condução contínua é de 4h30” e que “A duração máxima de condução diária é de 9h” concluindo que “O período máximo de condução semanal é de 56h”.
Se um condutor de matérias perigosas faz, segundo afirmam, entre 12 a 14 horas diárias, onde estão as pausas obrigatórias, onde está o cumprimento da Lei?
Alguém anda aqui a mentir com todos os dentes que tem na boca e por aqui me fico, por ora.

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Variações em Dó Maior


Dó ou dor maior.
Estreia amanhã, 22, o filme Variações sobre a vida de António Joaquim Rodrigues Ribeiro, eternizado como António Variações.
Carreira de cantor curta, muito curta, que se seguiu a uma carreira de barbeiro (como gostava de referenciar). Na morte foi ostracizado por todos aqueles que hoje o “aplaudem” e cantam as sua canções. No seu velório na Basílica da Estrela compareceram, da área musical, Amália, Lena D’Água, Heróis do Mar e Maria da Fé. Os outros, por medo, primaram pela ausência. Presentes, também, muitos estudantes (que adoravam as suas músicas e irreverência) e muitos barbeiros que foram despedir-se de seu ídolo. Músicos, para além dos referenciados, nada mais.
O medo da SIDA era enorme, só de falar dela havia o receio de contágio! Até a classe médica tinha pavor desta doença. A autópsia foi realizada com recurso a cuidados extremos de segurança e o caixão foi selado por motivo de “constituir perigo para a saúde pública”.
"Tenho pena de morrer, mas não medo. Tudo o que acaba me deprime. Mais pelo fim do que pelo ato em si."- palavras de António Variações à Imprensa, poucas semanas antes de morrer.

terça-feira, 20 de agosto de 2019

A Cabra

O governo português tenta encontrar soluções para o problema de incêndios florestais que nos atingem todos os anos. Depois do recurso a ferramentas de alta tecnologia – drones e satélites – agora tenta apostar em cabras. Sim, em cabras.
Parte do problema que atinge Portugal é comum a todos os países do sul da Europa, ou seja, a desertificação do interior e o envelhecimento dos seus residentes. O abandono em que se encontram as aéreas florestais de Portugal é gritante. Terrenos íngremes onde um trator ou máquina agrícola tem dificuldade em entrar, recorrer à mão-de-obra não é economicamente viável. É aqui que surge a cabra. Percorrer esses campos com cabras, estas fariam a desmatação necessária e de forma bastante económica.
Só que existe um problema, há falta de cabras (e maiorais também), em especial nas zonas em que elas poderiam ser úteis para este fim.
Na foto_1 podemos ver cabras em ação em Vermelhos, perto de Almodôvar. Na foto_2 a limpeza do terreno após a passagem das cabras.
Fotos: José Sarmento Matos para The New York Times

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Turistas de saúde


Cada vez mais americanos cruzam a fronteira para fazer cirurgias no México. A cada ano, centenas de milhares de americanos procuram atendimento médico de baixo custo no estrangeiro, e muitos deles vão para os países do Caribe e da América Central. Os altos preços dos hospitais americanos tornam relativamente fácil optar por ofertas cirúrgicas no México. Por exemplo, nos Estados Unidos, a operação de substituição da rótula do joelho custa cerca de 30 mil dólares, mas na Galenia, um centro médico em Cancún, México, o custo é de apenas 12 mil.
"Foi uma ótima experiência", disse Donna Ferguson (na foto), que recentemente passou por essa intervenção no México. "Voltaria aqui simplesmente porque é um nível diferente de cuidados, eles tratam-nos como se fossemos da família."
Foto: Rocco Saint-Mleux para Kaiser Health News

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

El Paso, TX







A retórica anti-imigração de Donald Trump tem intensificado a onda de racismo e violência nos Estados Unidos” afirma Jorge Ramos, jornalista mexicano no The New York Times. E acrescenta “O massacre de latinos em El Paso, Texas, é a expressão mais brutal e violenta de rejeição em face do futuro dos EUA dominado por minorias. É o que acontece quando o ódio racial é promovido de cima para baixo num país onde há mais armas do que pessoas”.
Na foto_1 o casal Jordan e André Anchondo duas das 22 vitimas do massacre de El Paso. Morreram protegendo com seus corpos o seu filho Paul com 2 meses de idade. Na foto_2 vemos o pequeno Paul ao colo de Melina que despudoradamente se presta a este tipo de exibicionismo, para não falar na desfaçatez e hipocrisia de seu marido com o polegar bem para cima. Trump está a colocar “gosto” em quê? Escuso-me a comentar.

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Alzheimer


Nos últimos dias tem surgido na comunicação social, um pouco por todo o mundo, que um grupo de investigadores (12) de neurologia descobriram que um simples teste sanguíneo deteta os sinais da doença Alzheimer 20 anos antes de ela se manifestar.
Nada mais falso.
Trata-se de uma interpretação dúbia do trabalho desses investigadores publicado em 01 de agosto na revista Neurology.
É um trabalho de muita qualidade, estes investigadores demonstram que a presença de beta-amilóide no sangue está relacionada com a presença de placas amilóides. Mas ter placas amilóides não significa que se irá desenvolver a doença. Algumas pessoas têm essas placas e nunca ficaram doentes.
Todos os pacientes com Alzheimer possuem essas placas. Esta é uma condição necessária, mas não suficiente.
Fonte: Le Figaro

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Morte Cerebral

Começa assim o artigo de opinião de Clare Wilson na revista New Cientist de julho, 13:
Quando você ler este artigo, Vincent Lambert pode estar morto. Ele está em estado vegetativo desde um acidente de carro em 2008. A semana passada os médicos de Reims, em França, começaram a remover o seu suporte de vida depois de uma sentença do Supremo Tribunal de França. Foi uma longa batalha jurídica entre duas partes da sua família. Neste caso intervieram políticos, o Papa e o Comité das Nações Unidas do Direito das Pessoas com Deficiência.”
Este problema, de uma maneira geral, toca-nos a todos. O problema é que poucos de nós gostam de falar sobre a morte e menos ainda dão um passo importante para garantir que os nossos entes queridos saibam como queremos ser tratos no final das nossas vidas em situações como esta que são bem mais frequentes do que julgamos.
Por nossa causa, e por aqueles que deixamos para trás, todos nós precisamos pensar em como queremos morrer”, diz Clare Wilson.
Fonte: New Scientist 13/07/2019

Curiosidades


Sabe que imagem é esta?
Provavelmente não. Eu também não imaginava.
É areia, isso mesmo, grãos de areia ampliados (+/- 300 vezes).
Foto: daqui

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Recordar Outros Tempos

Barbilho para chibos – Utensílio a ser introduzido na boca dos chibos e a ser atado com um cordel, atrás das orelhas. Assim se evita que eles mamem até a mãe ser ordenhada. Depois retira-se para eles mamarem e volta a ser colocado. Deste modo, os pastores conseguem ter sempre leite para fabricar queijos.
Via: Do tempo da Outra Senhora

quarta-feira, 31 de julho de 2019

Recordar Outros Tempos


Cesto de Asas – Cesto usado em viagens, no transporte de compras ou de merendas. Com duas asas, uma em cada uma das tampas, as quais durante o uso permanecem fechadas por ação de um pauzinho que as une. Em vime, pintado de vermelho.





segunda-feira, 29 de julho de 2019

Amazónia a saque


Mineiros ilegais matam líderes indígenas, enquanto o desmatamento aumenta no Brasil.
Numa invasão na semana passada do território protegido da Amazónia, vários mineiros armados e vestidos como militares esfaquearam pelo menos um líder da comunidade Wayampi até a morte, de acordo com autoridades.
Ultimamente, mais incursões ilegais nos territórios protegidos foram relatadas, enquanto as vigilâncias ambientais da floresta da Amazónia brasileira foram reduzidas pelo governo de Jair Bolsonaro. Até agora, este ano, houve um forte aumento do desmatamento na maior floresta tropical do mundo, considerada o pulmão do planeta. A parte brasileira da Amazónia perdeu mais de 3400 km² de cobertura florestal desde que Bolsonaro assumiu o governo em janeiro.
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Texto e Foto via The New York Times

sexta-feira, 26 de julho de 2019

Formar Crianças



A infância na Holanda é baseada na ideia de que as crianças devem aprender desde cedo a não depender muito dos pais, e que os pais devem aprender logo a deixar que as crianças vejam como resolver os seus próprios problemas. Daí surge um rito a que muitos holandeses recorrem com carinho, por mais estranho que possa parecer: deixar as crianças numa floresta durante a noite, de onde devem conseguir encontrar o seu caminho de casa a pé e com recurso a tecnologia mínima.
É uma tradição holandesa de exploração do meio que nos rodeia conhecida como «dropping», na qual grupos de crianças, geralmente pré-adolescentes, são deixados na floresta, com a expectativa de que eles encontrarão o caminho de volta para sua base. A ideia é desafiadora mas, na maioria dos casos as crianças conseguem encontrar a sua base passadas poucas horas.
Este desafio está inspirado, mas não muito rigorosamente, em exercícios militares. Neste caso os adultos seguem as equipas das crianças a distância relativa, mas recusam-se a orientá-las, embora possam deixar notas enigmáticas como pistas. Para dificultar, os organizadores às vezes até cobrem os olhos das crianças no caminho para onde serão deixadas, ou dirigem várias vezes em círculos para confundir seu sentido de direção/orientação. Outras vezes, escondem-se no mato e fazem barulhos como os de um javali, por exemplo. Se isso parece loucura para si, é porque você não é holandês.

Texto e fotos via The New York Times, 25/07/2019



terça-feira, 16 de julho de 2019

A Perfeição

Tentar a perfeição é uma boa maneira de melhorar nossos processos criativos e de trabalho, mas se isso nos impedir de concluir tarefas, então algo está muito errado.
Fazer as coisas (seja uma decisão a que se tenha que tomar, seja um projeto que tenha que ser feito) vai deixá-lo mais satisfeito do que preocupá-lo pela perfeição.
"Devemos ter em mente que todas as mudanças que fazemos numa criação não melhoram mais, mas simplesmente a tornam diferente (e às vezes pior)", escreveu o psicólogo Alex Lickerman em Psychology Today.
Então, afinal, Voltaire estava certo quando disse que "o ótimo é o inimigo do bom".
Resumindo, faça o que tem que ser feito, mas não pense muito porque, quanto mais se pensa mais erramos (digo eu).
Desenho: Rose Wong
Via: The New York Times

Polilon


  • Menina, que polos conhece?
  • Polo norte, polo sul e polilon, senhor professor.
  • Polilon?!
  • Polilon são os fechos de correr que a mamã usa. A mamã e as outras senhoras.

Publicidade aos fechos de correr da marca Polilon imortalizada pelos Parodiantes de Lisboa.
Este fecho da foto, confesso, não sei se é da Polilon, mas que está bem conseguido, lá isso está!


terça-feira, 18 de junho de 2019

Faça uma pausa no seu dia ...

Foto: Pause Your Day


Com tantas exigências do trabalho, do lar e da família, parece que não há horas suficientes no dia para si. Por que não fazer uma pausa de vez em quando, ler a sua revista favorita e colocar um pequeno oásis no seu dia.
Fazer uma pausa é bom para a sua mente e o seu corpo. Parar um pouco a sua rotina diária refresca sua mente e reabastece a sua energia.
Este texto foi retirado da página da Associação de Editores Profissionais do Reino Unido tem caráter publicitário, mas é uma grande verdade.


quarta-feira, 12 de junho de 2019

A vida secreta de um vampiro



 
A cena ocorre em Galápagos, Equador.
Não, não é nenhum humano, é um pássaro. Tentilhão (Geospiza difficilis septentrionalis), de seu nome.
O tentilhão Geospiza septentrionalis das ilhas Galápagos é um exemplo de evolução: se não encontra sementes ou insetos para comer, com o seu bico extrai sangue de outras aves para se alimentar.
Jaime Chaves, da Universidade de San Francisco em Quito, e Daniel Baldassare, um biólogo pesquisador, analisam se os tentilhões desenvolveram alguma proteína com efeito analgésico ou anticoagulante do tipo que os morcegos vampiros usam quando picam.
"Testemunhar esse comportamento único é uma das coisas mais gratificantes para um cientista", disse Chaves.
Via: The New York Times 11/06/2019
Foto: Jaime Chaves

segunda-feira, 1 de abril de 2019

Javardice


Falta de asseio; acumulação de sujidade; porcaria. São exemplos.
Todos nós metemos, mais do que deveríamos, o pé na poça. Há cargos públicos que exercemos (presente do indicativo ou pretérito perfeito) que nos “proíbem” esse tipo de deslize, a diplomacia é um deles.
Há dias um embaixador português apelidou de javardo um treinador de futebol. Reconheceu, depois, que foi exagerado. Um diplomata nunca pode exagerar.
Uma antiga diplomata portuguesa anda por aí a defender com unhas e dentes um pirata informático. Não questiono o que ele sabe sobre os podres do sistema futebolístico de Portugal e arredores. Há entidades (judiciais e policiais) que têm o dever e obrigação de investigar estes casos, de uma forma legal.
Defender um pirata que conseguiu informação de uma forma ilícita é como defender o uso tortura para obter a confissão que nos interessa.

sábado, 16 de fevereiro de 2019

Pobreza versus saúde



Para que conste, e sem outro tipo de comentário, aqui Vos deixo um pequeno excerto da entrevista de Francisco George ao Diário do Alentejo (15/02/2019):
«Mas se existem fatores individuais, como o fumo, alimentação desequilibrada ou a falta de exercício físico, há um que é “determinante” para a saúde ou para a doença: a pobreza.
A pobreza é, comprovadamente, geradora de desigualdades e cava um fosso entre as famílias com mais e menos rendimentos, de tal forma que as doenças, a incapacidade e a demência surgem 15 anos antes nas famílias mais pobres quando comparadas com outras de mais rendimento.»

Sentença de Mãe!




Mais palavras para quê?


terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Fundamentalismos

 
Foi hoje publicada em Diário da República a Resolução do Conselho de Ministros nº 21/2019 que extingue a expressão “Direitos do Homem” e substitui-a por “Direitos Humanos”.
Esta moda – medo da palavra homem – parece que veio para ficar.
Aguardo com alguma perplexidade a breve extinção do “Dia do Trabalhador” que será substituído por uma aberração qualquer. A expressão “médico de família” também deverá estar em vias de extinção, o “cartão de cidadão” idem e outras se seguirão.

domingo, 27 de janeiro de 2019

Baile da Pinha em Quintos


O Baile da Pinha em Quintos foi durante muitos anos o maior acontecimento cultural da freguesia de Quintos.
No tempo de Salazar e Caetano realizaram-se algumas vezes o cortejo de oferendas com o objetivo de apoiar instituições públicas (hospital de Beja, por exemplo) em que viaturas engalanadas, maioritariamente de tração animal, percorriam os vários montes da freguesia de Quintos onde recolhiam as dádivas (oferendas) para a causa. No final realizava-se uma festa popular com comes, bebes e baile nas traseiras da antiga escola primária.
Nunca este acontecimento atingiu a projeção do Baile da Pinha.
Mais tarde surgiu um outro acontecimento cultural – o almoço de celebração do 25 de Abril. Foi durante décadas o expoente máximo de atividade cultural da freguesia de Quintos.
Hoje, quer o Baile da Pinha quer o almoço do 25 de Abril estão com frequência residual, o primeiro bem mais residual que o segundo. Porquê? Há explicações mas por agora não interessam.
O que interessa é homenagear e dar um enorme Bem Haja a quem ainda teima em manter tradições muito peculiares de Quintos.
Humildemente aqui Vos deixo a todos Vós os meus parabéns!


segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Os sem palavras




Para ler e meditar. Crónica (excerto) de Helena Matos publicado em Observador a 13/01/2019:
«Primeiro os velhos tornaram-se idosos. E um dia, não se consegue já precisar qual, os cegos passaram a invisuais e o morrer tornou-se partir.
O chumbo ou reprovação transformou-se em retenção.
Os gordos passaram a obesos.
Os trabalhadores deram lugar aos colaboradores. Os despedidos a dispensados.
O sexo passou a género.
Os maridos e mulheres deram lugar ao assexuado cônjuge ou, como recomenda a União Europeia, a parceiro/parceira.
Os homens e mulheres são agora indistintamente pessoas.
Os homossexuais tornaram-se gays.
Mas eis que se constatou que tal exercício de busca de sinónimos não era suficiente. Foi aí que chegaram as perífrases ou seja esse bizarro falar por rodeios. E assim os idosos que já não eram velhos passaram a terceira idade. As prostitutas tornaram-se trabalhadoras do sexo.
Os invisuais a quem já não se podia chamar cegos deram lugar às pessoas portadoras de deficiência.
As empresas deixaram de falir e passaram a estar em reestruturação de serviços.
Os trabalhadores despedidos que entretanto tinham passado a colaboradores dispensados começaram a ser designados como elementos cuja colaboração cessou.
As coisas mais simples passaram a ter de ser referidas por sequências de palavras frequentemente sem sentido. As categorias profissionais tornaram-se uma espécie de cabides em que se acumulam palavras como quem pendura casacos: as hospedeiras deram lugar às assistentes de bordo e as funcionárias das escolas tornaram-se auxiliares de ação educativa.
Neste zelo de uma linguagem livre dos pecados do machismo, racismo, homofobia… as expressões aplaudidas num determinado momento logo se revelam desadequadas. E assim, os velhos depois de terem sido idosos e terceira idade tornaram-se seniores.
Os pretos que tinham passado a negros e em seguida a pessoas de cor são agora referidos como africanos. E para não ser acusado de discriminação de género o “Ladies and gentlemen” passou a “Hello, everyone”.
Tornámo-nos uma sociedade em que nada é dito diretamente. Falamos por rodeios. Somos os perifrásticos. Agarramo-nos a expressões neutras como sinal da nossa tolerância; por todo o país empresas e organismos oficiais produzem documentação recomendando que se recorra à linguagem neutra para “promover a igualdade entre homens e mulheres”.
Compomos frases enormes para não termos de dizer o óbvio. Recorremos ao eufemismo para mascarar a realidade. Temos medo das palavras. Usamo-las com mil cuidados não vão elas revelar o que de facto pensamos e não a forma como devemos ver o mundo.»

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Bezerra, em Quintos





Há anos (+ de 30) houve um episódio com uma bezerra, não em Quintos mas com vários jovens de Quintos; um dos protagonistas ficou com o indelével cognome “Zé da Bezerra”.
Hoje, uma bezerra (ou bezerro) jaz junto à antiga estação de caminhos de ferro de Quintos.
No dia 29 de dezembro de 2018 um habitante de Quintos fotografou o dito animal (fotos A e B) e participou o caso à GNR de Beja.
Ontem, 06 de janeiro de 2019 o que resta do animal ainda lá se encontrava (fotos C e D).
Poderia e deveria ‘soltar alguns impropérios’ com esta situação, mas não o vou fazer na esperança que, quem de direito, remova o que resta do animal urgentemente.