domingo, 28 de novembro de 2010

O Ofício de Leitura

 
O Ofício da Leitura visa proporcionar ao povo, e muito especialmente àqueles que de modo peculiar estão consagrados ao Senhor, uma meditação mais rica da Sagrada Escritura e das mais belas páginas dos autores espirituais.
Embora as leituras que hoje se fazem na Missa, todos os dias, formem já um ciclo bastante completo dos textos bíblicos, todavia, o tesouro da revelação e da tradição contido no Ofício de Leitura pode ser de grande proveito espiritual.
São os sacerdotes os primeiros que devem procurar aproveitar-se destas riquezas, de modo que, recebendo eles mesmos a palavra de Deus, a possam dispensar a todos e façam do seu ensino “alimento do povo de Deus”.
Descida de Cristo ao Limbo
Cappella Spagnuolo, Santa Maria Novella, Florença
A leitura da Escritura sagrada deve ser acompanhada da oração, para que seja um diálogo entre Deus e o homem: “a Ele falamos quando oramos, a Ele ouvimos quando lemos os divinos oráculos”. E é por isso que o Ofício de Leitura se compõe também de salmos, hino, oração e outras fórmulas, que lhe dão um carácter de verdadeira oração.
Segundo a Constituição Sacrosanctum Concilium, o Ofício da Leitura, “embora, quando recitado no coro, conserve o seu carácter de louvor nocturno, deve ser reformado no sentido de se poder recitar a qualquer hora do dia; o número dos salmos deve também ser reduzido, e as leituras mais longas”.
Neste sentido, aqueles que por direito particular estão obrigados a manter este Ofício com o seu carácter de louvor nocturno, ou aqueles que louvavelmente assim o queiram fazer, quer o recitem de noite quer de madrugada, antes de Laudes, devem escolher, no Tempo Comum, o hino dentro da série destinada a este fim.
 

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