sábado, 27 de novembro de 2010

A morte saiu à rua...

 
Não que não fosse hábito ela andar na rua.
Ela sempre andou.
Mas não com tanto alarido.
Não com tanta força.
Não com tanta violência.
A morte também é violenta quando quer.
Ou será que são os vivos que a querem fazer violenta?!


Rio de Janeiro, 23/11/2010

Na passada semana estive no Brasil.
Não no Rio, mas em Salvador (Bahia) onde fui visitar a minha filha caçula que por lá estuda.
Salvador é também uma metrópole flagelada pela favelização.
Não tanto quanto SP ou Rio (a dimensão da urbe é bastante menor), mas as desigualdades sociais são evidentes.
Diz o povo – e com razão – depressa e bem não há quem.
Como tal não se pode exigir ao Brasil que termine com as favelas de um dia para o outro. Tipo, por decreto-lei.
Aqui nos Estados Unidos elas ainda existem.
Os bairros de lata (favelas ou bidonville) a muito custo e lentamente têm desaparecido das cidades da Europa 'rica'. Mas ainda há 'ilhas'. Com o agravar da crise económica o risco das ilhas se tornarem continentes não é desprezível.
Tenho a certa que um dia o Brasil vai conseguir terminar com as favelas e favelados. Tem riqueza material e humana de sobra para isso.
 

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