sábado, 11 de agosto de 2018

Circo de feras


Gosto de futebol, apesar de aqui em San Marcos ser manifestamente residual e sem brilho. Não sou fanático, felizmente!
Aqui em San Marcos, TX, o futebol (soccer) e uma coisa tão estranha quanto é o hóquei no gelo em África, apesar de praticantes e adeptos nos EUA ter aumentado exponencialmente nos últimos 20 anos.
Sigo, sempre que posso (a diferença horária é ingrata) o futebol europeu, em especial o português.
No entanto, e infelizmente, o senhor Embaixador Francisco Seixas da Costa está coberto de razão no post que hoje publica no seu blogue 2 ou 3 coisas:
«O circo chegou
Já chegou! Mais um ano de irracionalidade, de insultos, de conflitualidade artificial, de “A Bola”, de “foi-não-foi-penalti”, do “Record”, de “estava-não-estava-fora-de-jogo”, de “O Jogo”, de árbitros insultados, de mentiras, de subornos, de advogados comentadores, de luvas e comissões, de claques ajavardadas, de “misters” reverenciados, de “cultura de balneário”, de televisões incendiárias, de conferências de “imprensa”, de dirigentes sempre com ar grave e linguagem primária, de “jornalistas” a fingirem de jornalistas, propalando a sua “verdade” colorida pelo viés clubista. Já aí está montado o grande circo do ano, onde os pais ensinam aos filhos que uma falta de um jogador da sua equipa ”não é bem” uma falta, que o adversário é o inimigo a odiar e combater. Aí está ele, o país sectário que finge que gosta de um desporto chamado futebol quando, no fundo, apenas pretende alimentar o culto acéfalo de uma religião criada em torno de um emblema qualquer, tal como pode ter uma obsessão em favor de um partido ou de uma igreja. E há muito quem leve isso a sério, como se essa adesão a uma cor fosse a coisa mais importante do mundo! E da vida! (E, coitados!, para eles, se calhar, é.) Eu, cá por mim, tendo também afetividade por um clube, gostando de o ver ter sucesso, mas estando muito longe de cultivar essa estima de forma doentia, gosto é de ver futebol. E muito!»




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