Gosto
de futebol, apesar de aqui em San Marcos ser manifestamente residual
e sem brilho. Não sou fanático, felizmente!
Aqui
em San Marcos, TX, o futebol (soccer) e uma coisa tão estranha
quanto é o hóquei no gelo em África, apesar de praticantes e
adeptos nos EUA ter aumentado exponencialmente nos últimos 20 anos.
Sigo,
sempre que posso (a diferença horária é ingrata) o futebol
europeu, em especial o português.
No
entanto, e infelizmente, o senhor Embaixador Francisco Seixas da
Costa está coberto de razão no post que hoje publica no seu blogue
2 ou 3 coisas:
«O
circo chegou
Já
chegou! Mais um ano de irracionalidade, de insultos, de
conflitualidade artificial, de “A Bola”, de
“foi-não-foi-penalti”, do “Record”, de
“estava-não-estava-fora-de-jogo”, de “O Jogo”, de árbitros
insultados, de mentiras, de subornos, de advogados comentadores, de
luvas e comissões, de claques ajavardadas, de “misters”
reverenciados, de “cultura de balneário”, de televisões
incendiárias, de conferências de “imprensa”, de dirigentes
sempre com ar grave e linguagem primária, de “jornalistas” a
fingirem de jornalistas, propalando a sua “verdade” colorida pelo
viés clubista. Já aí está montado o grande circo do ano, onde os
pais ensinam aos filhos que uma falta de um jogador da sua equipa
”não é bem” uma falta, que o adversário é o inimigo a odiar e
combater. Aí está ele, o país sectário que finge que gosta de um
desporto chamado futebol quando, no fundo, apenas pretende alimentar
o culto acéfalo de uma religião criada em torno de um emblema
qualquer, tal como pode ter uma obsessão em favor de um partido ou
de uma igreja. E há muito quem leve isso a sério, como se essa
adesão a uma cor fosse a coisa mais importante do mundo! E da vida!
(E, coitados!, para eles, se calhar, é.) Eu, cá por mim, tendo
também afetividade por um clube, gostando de o ver ter sucesso, mas
estando muito longe de cultivar essa estima de forma doentia, gosto é
de ver futebol. E muito!»
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