O
Alentejo já não é o que era, rendeu-se às novas "tecnologias"
agrárias.
Quintos,
porque inserido em pleno Baixo Alentejo, também não foge à regra.
A
cultura do trigo, cevada, aveia, grão e, até mesmo girassol, é
extremamente difícil de vislumbrar. A paisagem alentejana está
repleta de olival de cultivo/produção superintensivo. O
lucro é rápido e muito, os malefícios a médio e longo prazo não
são poucos, mas, isso que importa?! Quem está mal, mude-se...
Alqueva
- a barragem - arrisca-se a transformar, paradoxalmente, o Alentejo
num deserto num futuro não muito longínquo, mas, repetindo uma vez
mais, quem está mal, mude-se. O que interessa é o presente, e no
presente, quem não tem terra aluga-a com contratos a 20 ou 25 anos e
enche-a de oliveiras. É o que está a dar… Em Quintos e não só.
Há
resistentes a este tipo de cultivo, poucos mas há. No entanto, uma
parte significativa destes resistentes opta por um tipo cultivo que
nada tem a ver (ou não tinha) com o Alentejo, plantam pinheiros...
enfim.
Nos
últimos dois ou três anos optaram (em Quintos) por uma outra
modernice, a colza. Dá um colorido bonito à paisagem
alentejana em contraste com o verde da erva ou o castanho da terra
arada. Mas é apenas isso, beleza visual.
Foto: campo de colza
em flor | Luísa Maria in facebook
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