Há
quem gostasse de estar com tempo primaveril – atendendo à época
do ano – mas não está. Está em pleno inverno. Outros há que,
lamentando o tempo que faz, não estranham este inverno em abril, é sua sina o inverno começar a 21 de dezembro e terminar a 20 de
dezembro.
Vem
isto a prepósito da indignação que anda por aí, na moda.
Quem
são estes indignados?
São,
como se dizia nos meus tempos de jovem, os burgueses.
É
uma classe média (baixa, média, alta, é indiferente) que vê
mexerem nos seus rendimentos, nos seus privilégios. E não gosta.
Enquanto
o estado roubava os que pouco ou nada tinham, ainda vá. Publicamente
diziam que estava mal, mas na hora da verdade (eleições) votavam
nos que sabiam defender a Sua Classe.
Imagem tirada daqui |
Agora
as coisas estão a complicar-se e eles estão dispostos a morder na
mão que lhes tem dado de comer.
Como?
Votando
à esquerda?
Jamais!
As
portas da extrema direita estão escancaradas.
Contrariando
a vontade do Poeta, as portas que Abril abriu há muito que foram
encerradas. E entaipadas.
--
Quando
disse que estas manifestações de indignação são moda
não me referia apenas aos betinhos nacionais que de iPhone ou
iPad em punho convocam manifestações como se homens de luta se
tratassem. Elas acontecem também em Espanha, no Egito, na Líbia ou
na Ucrânia. Há uma componente que é comum em todas elas: o ideal
de extrema direita ou nazista nalguns casos.
É
uma nova era, um novo poder que está a nascer.
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