sábado, 19 de novembro de 2011

Ela e os números

 
Este é um tipo de diálogo que já aconteceu a muito boa gente.
Há pessoas que, partindo de pressupostos errados, constroem teorias fabulosas. Mas quando são chamadas à razão... Irritam-se!
Com muito humor, como é seu hábito, bagaço amarelo dá-nos um magnífico exemplo sobre uma teoria fabulosa: 11-11-11.
Com a devida vénia, ei-la:


conversa 1847

Ela - Gosto de dias místicos como o de hoje.
Eu - Hoje é um dia místico?
Ela - É dia onze do mês onze do ano onze. É uma data só com onzes...
Eu - O ano não é onze, é dois mil e onze. É um bocadinho forçado dizer que a data só tem onzes.
Ela - Tens a mania de tirar a piada a tudo, não tens?
Eu - Tirar a piada?! Só te estava a informar que estás dois mil anos atrasada na contagem do tempo. Às vezes pode ser-te útil...
Ela - Pronto, já me estragaste a manhã.
Eu - Pelo menos foi só a manhã, não foi o dia todo. É que sendo um dia místico, era chato estragá-lo todo...
Ela - Opá! Saí de casa tão bem disposta, com uma sensação tão boa. Sabia que não devia ter vindo tomar café contigo.
Eu - Se sabias é porque realmente há qualquer coisa de místico no dia. Adivinhaste e tudo...
Ela - Cala-te um bocado, senão entorno-te o meu copo de água em cima.
Eu - Que agressividade latente! Mas o que é que eu fiz?
Ela - Tiraste a piada toda a tudo. Eu andei a ler sobre numerologia por causa disto e podíamos ter tido uma conversa interessante sobre o tema. Mas não, tu nunca deixas...
Eu - Mas se nem sabias em que ano estamos, ainda querias falar sobre numerologia?!
Ela - Socorro! Gosto muito de ti mas às vezes cansas-me.


Publicada por bagaço amarelo em 11-11-2011
 

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