sábado, 24 de julho de 2010

Droga: Pesadelo Colectivo

 
O México está a ferro e fogo com os cartéis da droga. São barões contra barões, barões contra polícias e polícias não se sabe bem contra quem.
A maravilhosa cidade de Juárez, no estado de Chihuahua é um triste exemplo disso. A minha residência primária – há mais de 25 anos – no estado do Texas, USA, fica a menos de 30 milhas de Juárez. Era com frequência, 2 ou 3 vezes por mês, que me deslocava a Juárez. Desde que vim trabalhar para a Europa (UK), a frequência caiu para 1 ou 2 vezes por ano.
Todos sabemos – quer de um lado quer do outro da fronteira (México/USA) – quem são estes senhores barões.
Mais, todos sabemos porque existem aqui.
Não é para alimentar o consumo dos drogados de Juárez, Piedras Negras ou Agua Prieta. É para alimentar os consumidores de heroína, cocaína e sucedâneos que residem nos Estados Unidos da América.
Construíram-se muros, electrificaram-se barreiras, vigia-se com câmaras infravermelhas a fronteira, para quê?
Para combater o tráfego de droga?
Não, para combater os emigrantes clandestinos que diariamente tentam entrar nos EUA.
Porquê?
Porque já não fazem falta nos EUA, o desemprego é cada vez maior e a fiscalização à mão de obra clandestina está a castigar os empregadores que a ela recorriam sem escrúpulos.
No entanto, a droga continua a entrar diariamente nos EUA por terra, mar e ar. Sob o olhar desatento de muita gente. Alguns intencionalmente desatentos.

Nota de rodapé:
Este é o meu último post a partir de Londres. Por acordo mútuo, terminarei a minha colaboração em 31 de Julho próximo com a British Petroleum. No princípio de Agosto regressarei a Casa, no Texas.
Também a partir de Agosto, juntar-se-á a nós o padre Philip de Souza que irá semanalmente publicar um pequeno texto religioso.
 

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