quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

A Segurança Está Segura?

A segurança é uma matéria que me é querida.
Como militar, desenvolvo a minha actividade na área da segurança. Não segurança aero-portuária.
Mas é justamente sobre a aero-portuária que vou falar, ou melhor, escrever.
Aos voos tendo como origem ou destino os Estados Unidos fica proibido:
Uso de telemóvel, GPS, internet, etc.
A tripulação não pode dar indicação do local nem trajectória/plano de voo, nem haverá recurso aos mapas virtuais de posicionamento da aeronave (isto no espaço aéreo dos EUA).
Não é necessário ser perito em segurança aérea para saber que estas medidas são folclore. Salvo se o receio da CIA e da NSA for de ataque por míssil terra-ar.
A segurança de uma aeronave faz-se no solo. Antes e durante o embarque. Depois da descolagem não há sistemas de segurança, a não ser contra-medidas para míssil.
É claro que há uma intenção nestas medidas “rígidas”. É desviar a atenção. Ao se implementar estas medidas de segurança, que de segurança nada têm, as pessoas acreditam que algo se está a fazer para as proteger e sujeitam-se aos sacrifícios. No entanto estas medidas escondem o cerne da questão: a segurança é feita no solo e, no caso do voo da Delta Air Lines essa segurança falhou. Ou melhor, a CIA e a NSA falharam.
Concordo e defendo que se deve não só intensificar como melhorar a segurança no embarque. Mesmo que isso choque mentes mais sensíveis e preocupadas com a privacidade (ou ausência dela) nessa metodologia de segurança. É um custo que todos temos de pagar para nossa própria segurança.
E nunca nos podemos esquecer: segurança total não existe. O risco está sempre presente. Em segurança a falha, técnica ou humana, nunca pode existir ou pelo menos, tem que ser minimizada a valores residuais. E aqui, não confundir falha com erro; são coisas completamente diferentes.
Quanto ao resto poupem-me.
Ou melhor, poupem os passageiros.

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