segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A Gripe no Desporto

O desporto está doente. Engripado. Com tosse convulsa. Ou será malária?
Que andam muitos 'mosquitos' a picá-lo, lá isso andam. Se são fêmeas do género Anopheles já não sei.
Na minha aldeia – Quintos – antigamente quando alguém praticava desporto era com o objectivo de exercitar o físico e/ou a mente sem qualquer componente monetária associada, obviamente.
Hoje, até mesmo em Quintos sem a componente monetária associada, não há desporto para ninguém (estou a falar do campeonato de futebol do INATEL, sobre o qual me abstenho de fazer mais comentários).

Atletismo: Caster Semenya, atleta sul africana e vencedora em Berlim do Campeonato Mundial de Atletismo na modalidade dos 800 m, vê a sua vitória questionada, não no fotofinish, mas no facto de ser ou não mulher. Independentemente das explicações (ou tentativa) do presidente da Federação de Atletismo da África do Sul, este caso não deixa de ser uma vergonha em pleno século XXI.

Ciclismo: Nuno Ribeiro, ciclista profissional e vencedor da última edição (2009) da Volta a Portugal em Bicicleta, vê a sua vitória questionada, não no fotofinish, mas porque acusou uma substância proibida pela União Ciclista Internacional. O que leva profissionais como Nuno Ribeiro (e mais 2 colegas da sua equipa) a tomar uma substância que sabem que é proibida? Acreditar que podem ludibriar uma análise anti-doping? Que ignorantes! Que falta de profissionalismo!

Louvável, muito louvável a atitude da empresa patrocinadora da equipa de ciclismo de Nuno Ribeiro, a Liberty Seguros. Mal soube do resultado anti-doping positivo dos três ciclistas decidiu retirar o patrocínio à equipa.
Ao recusar pactuar com actos criminosos demonstra – a empresa Liberty Seguros – que é uma pessoa (colectiva) de Bem.

Fórmula 1: Renault, equipa de fórmula um que em 2008 – chefiada por Flavio Briatore – deu ordem a Nelson Piquet Junior para provocar um acidente em pista para beneficiar o seu colega de equipa Fernando Alonso.
A manipulação de resultados na Fórmula 1 é recorrente e é uma vergonha.
Mas maior vergonha é a sentença da FIA: afastamento de Briatore (será sem louvor?), pena suspensa para a equipa Renault e para Nelson Piquet nem uma palavra.

Era bom que os patrocinadores da Renault pusessem os olhos na Liberty Seguros. Mas isso era pedir de mais. Era partir do princípio (errado!) que todas as empresas são sérias.

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