Pobres cada vez mais pobres

  

Terça-feira, 27 de março, Madrid, Espanha. Procura-se em todo o lado algo para aconchegar o estômago, até nos contentores do lixo.

  Photo: Pedro Acosta / Associated Press

 

Novo look

 

27 de março em Kiev, a neve não parava de cair.

Photo: Gleb Garanich / Reuters

Três anos

 
Passam hoje três anos desde a publicação do nosso primeiro post.
Acabámos de largar os cueiros, muito nos falta aprender.
Mas, três anos na vida de um blogue não é coisa pouca, atendendo ao facto de termos assistido ao nascimento e morte de muitos blogues.
Satisfeitos com o trabalho realizado?
Não, ficámos aquém das nossas próprias expectativas.
Pensávamos que era mais fácil. E menos doloroso!
Foram vários os colaboradores que por aqui passaram, uns com maior, outros com menor vocação para a escrita.
Foi o que se conseguiu arranjar...
Tem-nos faltado engenho e arte para fazer melhor.
Para o engenho e para a arte as nossas portas estarão sempre abertas a todos os que queiram colaborar.
A todos quantos nos leem o nosso muito obrigado!
 

Está aberta a semana

 

Salvada será, durante uma semana, «sede» do concelho de Beja.
De 26 a 30 de março a câmara de Beja estará de armas e bagagens na Salvada.
Os nossos vizinhos estão em festa. Sim, é uma semana de trabalho, mas receber o executivo camarário durante uma semana numa freguesia rural é sempre motivo de festa e orgulho. E esperança, esta em muita quantidade apesar dos tempos que correm.
Não sei se a freguesia de Quintos será também contemplada com uma Semana Aberta já que o horizonte está demasiado negro com a possível extinção desta freguesia.
Esperemos que o façam ainda em tempo útil.
Para mais informações e programa detalhado clique aqui. 

Lição de português

 
Tive conhecimento desta lição vinda do outro lado do Atlântico através do blogue Juris que fica do lado de cá.
É uma boa lição de português.

Curiosidade: VOCÊ SABE O QUE É UM PALÍNDROMO?  
 
Um palíndromo é uma palavra ou um número que se lê da mesma maneira nos dois sentidos, normalmente, da esquerda para a direita e ao contrário.
Exemplos: OVO, OSSO, RADAR. O mesmo se aplica às frases, embora a coincidência seja tanto mais difícil de conseguir quanto maior a frase; é o caso do conhecido:
SOCORRAM-ME, SUBI NO ONIBUS EM MARROCOS.
Diante do interesse pelo assunto (confesse, já leu a frase ao contrário), tomei a liberdade de selecionar alguns dos melhores palíndromos da língua de Camões...
anotaram a data da maratona
assim a aia ia a missa
a diva em argel alegra-me a vida
a droga da gorda
a mala nada na lama
a torre da derrota
luz a rocelina, a namorada do manuel, leu na moda da romana: anil é cor azul
o céu sueco
o galo ama o lago
o lobo ama o bolo
o romano acata amores a damas amadas e roma ataca o namoro
rir, o breve verbo rir
a cara rajada da jararaca
sairam o tio e oito marias
zé de lima rua laura mil e dez
E sabe o que é TAUTOLOGIA?
É o termo usado para definir um dos vícios, e erros, mais comuns de linguagem. Consiste na repetição de uma ideia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido.
O exemplo clássico é o famoso 'subir para cima' ou o 'descer para baixo'. Mas há outros, como pode ver na lista a seguir:

- elo de ligação
- acabamento final
- certeza absoluta
- quantia exacta
- nos dias 8, 9 e 10, inclusive
- juntamente com
- expressamente proibido
- em duas metades iguais
- sintomas indicativos
- há anos atrás
- vereador da cidade
- outra alternativa
- detalhes minuciosos
- a razão é porque
- anexo junto à carta
- de sua livre escolha
- superávit positivo
- todos foram unânimes
- conviver junto
- facto real
- encarar de frente
- multidão de pessoas
- amanhecer o dia
- criação nova
- retornar de novo
- empréstimo temporário
- surpresa inesperada
- escolha opcional
- planejar antecipadamente
- abertura inaugural
- continua a permanecer
- a últimaversão definitiva
- possivelmente poderá ocorrer
- comparecer em pessoa
- gritar bem alto
- propriedade característica
- demasiadamente excessivo
- a seu critério pessoal
- exceder em muito .

Note que todas essas repetições são dispensáveis.
Por exemplo, 'surpresa inesperada'. Existe alguma surpresa esperada? É óbvio que não.
Devemos evitar o uso das repetições desnecessárias. Fique atento às expressões que utiliza no seu dia-a-dia.
Gostou?
Reenvie para os amigos amantes da língua portuguesa.
E, assim, se fala em bom português.

Prof. Pasquale Neto in Direc02
 

Humor isento de impostos

 
Do semanário «Notícias de Beja» de 22 de março, retiramos com a devida vénia estes dois momentos de boa disposição.

Altruísmo

Uma menina já um tanto amadurecida todos os dias rezava a mesma oração.
- Por favor, meu Deus, não to peço para mim, mas sim para minha mãe!
Por favor arranje-lhe um genro.








Uso das palavras

Na escola a professora diz ao Joãozinho:
Não chores, porque os meninos que choram ficam feios!
Ao que o Joãozinho respondeu:
- Então a senhora chorou muito quando era criança!

Parece fácil

  
Matador de touros Sebastian Castella com uma pose tranquila no passado sábado em Valência, Espanha.

Photo: Jose Jordan / Agence France-Presse / Getty Images

 

Os novos boys

  
O que é necessário para ser boy?
Inteligência?
- Na ótica do utilizador.
Saber?
- Sim, saber ler e escrever.
...
Os novos boys só servem, tal como os antigos, para fazer corar a gente séria que o governo tem.
Todos os governos têm gente séria - uns mais, outros menos - mas todos têm.
Vem isto a propósito do post de João Pinto e Castro no blogue Jugular que transcrevo com a devida vénia e sem mais comentários.

O limpa-neves do Público

O profissional da indignação Pedro Lomba ficou em estado de choque ao descobrir no relatório da Inspeção de Finanças que em certa escola foram descobertas coisas escabrosas como "iluminação decorativa", "estores eléctricos" e "iluminações de parede".
O deslumbramento do Lomba por tudo o que envolve electricidade levou-o a esquecer-se de denunciar que há até estabelecimentos com aquecimento central e que, noutros, nem sequer chove lá dentro.
Além do mais - pasme-se - a Parque Escolar gastou 15 mil euros (15 mil!) em trabalhos de design e publicidade, verba milionária capaz de dar a volta ao miolo a um semi-proletáriario que ganha o seu sustento torturando mentes adolescentes na Faculdade de Direito de Lisboa.
Mas o ponto mais notável do artigo é a frase de abertura, onde o hábil escriba compara esses luxos escolares aos "reluzentes limpa-neves" do aeroporto de Luanda.
Se o moço tivesse querido informar-se, teria sabido que a história é falsa: jamais houve um limpa-neves (muito menos vários) no aeroporto de Luanda; o que houve foi uma fraude de empresários portugueses envolvendo diversas facturas falsas, uma das quais mencionava o tal limpa-neves.
Verdade ou mentira, porém, isso pouco interessa, desde que se produza o desejado efeito de fazer salivar de gozo os racistas que o Lomba procura divertir.
Não havendo limpa-neves em Luanda, existe, porém, um no Público, que, no caso vertente, assume a forma de um calhau com olhos.

João Pinto e Castro in Jugular 21/03/2012
 

Parabéns Pai!

 
Esta pequena frase foi hoje pronunciada, escrita ou pensada milhões de vezes.

Os meus filhos apresentaram-na logo pela manhã e fizeram-na acompanhar de um enorme beijo.
Eu, infelizmente, há mais de quinze anos que a não posso apresentar a meu pai.
A Joana, minha filha mais nova, perguntou-me esta manhã, quem dava os parabéns aos pais que já não têm filhos. Os nossos vizinhos perderam os seus dois filhos recentemente num acidente, talvez daí a sua pergunta.
Comovi-me com a pergunta de minha filha.
Para todos os pais a quem o destino quis levar seus filhos mais cedo, hoje eu sou Vosso filho:
Parabéns Pai!

 

Nova varredora de rua

 
Fiquei sem palavras!
 

Quarta-feira passada em Dangyang, China.

Photo: ChinaFotoPress / Zuma Press

 

Sangue Frio

 
Quinta-feira, 15 de março, sob os céus de Moscovo.
O paraquedas principal enrola-se e não desempenha a sua tarefa (amortecer a descida).
O paraquedista, homem experiente, tem o sangue frio necessário para se livrar do paraquedas defeituoso e acionar o de reserva, aterrando em segurança.
A foto foi obtida por um colega seu que também saltava no momento.

Photo: National News/Zuma Press

 

Riqueza de humor

 
Retirado do blogue Café Margoso, esquecendo-me de pagar os devidos impostos.

 

Estamos a caminhar para o abismo?

 
A pergunta é inquietante; a resposta - se for afirmativa - é aterradora!

Quem gere os nossos destinos está seguramente a fazer o melhor que sabe. Mas estará a fazer o melhor?
O Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Eng.º António Guterres, acha que não. Eu concordo com ele.
António Guterres, numa entrevista dada hoje à Rádio Renascença, afirma que se vive atualmente uma situação de desemprego inquietante, que o presente modelo adotado pode desencadear uma explosão social.
Quem administra os nossos destinos tem o dever e a obrigação de não olhar apenas para números. As pessoas não são apenas números. É disto que os decisores europeus se estão a esquecer. Cometem-se erros crassos com uma análise puramente técnica e esses erros são num futuro próximo irreparáveis e de consequências explosivas. 

Tempo Quaresmal

 

Do boletim paroquial de Quintos “O Sino” edição do corrente mês, retiramos, com a devida vénia, o artigo de primeira página que se segue de autoria do senhor diácono José Rosa Costa:

Tempo Quaresmal

Estamos em plena Quaresma!

Na sua dimensão baptismal, a Quaresma leva-nos, como baptizados, a reviver e a aprofundar as várias etapas da nossa fé. Também na dimensão penitencial, a Quaresma leva-nos a tomar consciência dos nossos pecados, porque é o tempo forte de busca de Deus; tempo de conversão que necessariamente implica participação na luta e sacrifício de Cristo, pois a guerra contra o mal e a renovação interior no pensar, no amar e no agir, não se realizam sem esforço da nossa parte.

Sendo um tempo propício à purificação, devemos vivê-lo como verdadeiros filhos de Deus à luz da penitência, da conversão, da caridade, do amor… como cristãos!

 

José Rosa Costa in 'O Sino' março de 2012

A pouca vergonha

 

Ou melhor, a total falta de vergonha.

É assim que classifico a nomeação de Francisco P. Manso para auditor da ULS da Guarda.

Ana Manso, diretora da ULS da Guarda e esposa de Francisco Manso nomeou o seu marido para auditor. Nem mais!
Não vale a pena falar sobre as qualidades do auditor, mas, como diz e bem António Serrano, não basta ser sério.
E isto não parece sério, nada sério. Só enlameia quem nomeou e quem foi nomeado. Mas há pessoas que não se importam com isso.
Feitios...

Me liga, vai...

 
Carente de carinho também é isto.
Que ternura!

 

 

Colapsou

 
Até parece que foi corto com serra elétrica.
Na passada terça-feira em Astrakhan, Rússia, um prédio de 9 andares colapsou após explosão de gás.
Balanço provisório (na terça-feira), 10 mortos e 12 feridos.
 

Photo: Vladimir Tyukaev / Reuters

Genialidades

 

 

 

A ganância do poder

 

É o poder pelo poder, a qualquer preço.

Uma vergonha.

Se os eleitores ousam abrir os olhos, jogam-lhes areia para os olhos.

Não ponho em causa a questão jurídica, mas a ética sai muito mal tratada.
Os políticos têm um hábito, que lhes está na massa do sangue, de só olharem para o seu umbigo.
Triste de um povo que é governado por políticos desta estirpe.
Somos um povo triste.
Muito triste.

 

A matança

 
Sou defensor do aborto. Ponto.
Não sou defensor do aborto por capricho ou por imposição (dos pais, quando a grávida é menor). Tem que haver regras, como em tudo na vida. Essas regras podem e devem ser discutidas, mas aceites por todos quando têm força de lei.

Vem isto a propósito de um artigo publicado no Journal of Medical Ethics em fevereiro e a que o Público faz hoje referência intitulando "Artigo científico defende como moralmente aceitável a morte de um recém-nascido". O artigo em causa é de autoria de Francesca Minerva, italiana, investigadora da Universidade de Oxford e doutorada em filosofia pela U. Bolonha.
É polémico o texto. A autora tem, seguramente, consciência disso. Em investigação, à falta de meios científicos, há quem utilize a polémica para sair do anonimato. Francesca Minerva conseguiu sair do anonimato... Pela porta mais pequena.
Sou frontalmente contra a tese da doutora F. Minerva. Matar um bebé recém-nascido NÃO É o mesmo que fazer um aborto, tenham paciência...
 

A cigarra e a formiga

 

Em termos económicos andamos todos (todos salvo seja, há muito 'boa' gente isenta ou a pagar uma ninharia apesar de terem contribuído em demasia para este estado de coisas) a pagar uma fatura demasiado elevada. Foram erros que se andaram a cometer durante anos consecutivamente. Comportámo-nos (e aqui não é apenas Portugal, mas adoramos copiar os exemplos dos outros... quando são maus) como autênticas cigarras. Vivemos durante mais de uma década dos rendimentos (que não tínhamos!). Agora comportamo-nos como formigas trapalhonas (para utilizar a expressão fabulosa do Nuno Pratas hoje no Público) e com GPS avariado sem sabermos bem para onde ir. Esta análise assenta que nem uma luva nos políticos que temos - e que já tivemos - e que nos têm empurrado sistematicamente para o precipício.

A nossa responsabilidade é só uma - e não é pequena - somos nós que os elegemos.