Segundo o dicionário, amoral é aquele ou aquela "que não tem senso moral". É assim que adjetivo o novo cardeal português Manuel Monteiro.
Posso estar a cometer uma leviandade, é certo.
O nosso novo cardeal em entrevista ao jornal Correio da Manhã diz, entre outras coisas, que “A mulher deve poder ficar em casa, ou, se trabalhar fora, num horário reduzido, de maneira que possa aplicar-se naquilo em que a sua função é essencial, que é a educação dos filhos.”. Seria uma afirmação brilhante na século XVII ou XVIII, onde a mulher ficava em casa a cuidar de quem cuidava de seus filhos e as 'outras' iam trabalhar. No século XXI esta afirmação é, no mínimo, anacrónica. Amoral, digo e repito eu.
É triste ver um alto dignitário de uma instituição - neste caso a Igreja Católica - tratar a mulher como mero animal de criação.
Querer enclausurar a mulher é, nos dias de hoje, ridículo. Mesmo que essa clausura venha disfarçada de ideais pueris.
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